A Casa-Atelier Vieira da Silva prossegue a sua programação de exposições com a inauguração, a 15 de Julho, pelas 17h, da exposição Exílio, escultura e desenho de Carlos No.
Nesta mostra será apresentado um conjunto de esculturas inéditas criadas para o espaço do ateliê. A partir destas esculturas o artista procura estabelecer contactos formais, no espaço que foi a casa e o local de trabalho, íntimo e privado, de Maria Helena Vieira da Silva; e temáticos, ao remeter para a biografia do casal Vieira/Arpad através da referência a um período marcante na vida de ambos: o exílio no Brasil (entre 1940-1947) no contexto da II Guerra Mundial.
Carlos No retoma os temas sociais que tem vindo a trabalhar ao longo dos últimos anos da sua carreira, e retrata o flagelo que continua a afectar milhares de pessoas em todo o mundo e que há setenta anos afectou a vida e a obra...da maior artista portuguesa do século XX.
A par das esculturas é apresentado um conjunto de desenhos, na maioria inéditos, que fazem parte da série «Souvenirs» que Carlos No vem desenvolvendo desde 2008 e que está relacionada com o tema do exílio e das deslocações forçadas devido a situações de guerra ou instabilidade social.
Exílio é uma reflexão plástica sobre os conceitos de casa, habitação, abrigo, perda, deslocação e ausência. A exposição está patente até 17 de Setembro de 2017 e pode ser visitada no horário do Museu, mediante solicitação no mesmo.
BIOGRAFIA
Carlos No nasceu em Lisboa em 1967. Vive e trabalha na Ericeira. Fez o curso de Pintura no AR.CO – Centro de Arte e Comunicação Visual, 1987-1992, tendo frequentado ainda o curso de escultura em 1987.
Desde 1991 que vem participando em várias exposições colectivas, quer em Portugal quer no estrangeiro, realizando a primeira exposição individual em 1994. Em 1993 recebeu o 1º prémio de pintura na Feira de Arte de Portimão e em 1995 foi seleccionado para a representação portuguesa à Bienal de Jovens Criadores da Europa e do Mediterrâneo, em Rijeka, na Croácia.
Das suas mais recentes exposições podemos destacar as exposições individuais “Fronteira Namban”, realizadas em 2013 e 2014 na Galeria Baginski e no MACE – Museu de Arte Contemporânea de Elvas, respectivamente; a exposição “Printemp Tardif”, na Galerie Elizabeth Couturier, em Lyon; a exposição “Chodci”, na Trafo Gallery, em Praga, as exposições colectivas
“La Grand Migration” no Millenaris Cultural Center, em Budapeste e “Sob o Signo de Amadeu. Um Século de Arte”, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian ou as exposições conjuntas com Pedro Valdez Cardoso – “Ignoto” – no Centro de Artes e no Centro Emmerico Nunes, em Sines, e com Rui Horta Pereira – “Arame” – na Galeria Bangbang, em Lisboa.
Presentemente trabalha com a Galeria Arthobler, de Zurique, na Suíça, com a Galeria Elizabeth Couturier, de Lyon, França e a Galeria Maaret Finnberg, de Turku, na Finlândia.
Está representado em colecções institucionais em Portugal e em colecções particulares no país, Alemanha, Bélgica, Brasil, Espanha, Finlândia, França, Hungria, Macau, México, Países Baixos, República Checa e Suécia.
Entrada actualizada el el 24 jul de 2017
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