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Everything is Black and White

Exposición / Galeria Vera Cortês / Rua Joao Saraiva, 16 - 1 / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
25 nov de 2021 - 22 ene de 2022

Inauguración:
25 nov de 2021 / 18:00

Horario:
Tuesday-Friday: 2-7pm / Saturday: 10am-1pm; 2-7pm

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galeria Vera Cortês

Artistas participantes:
John Wood & Paul Harrison

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Correo electrónico
lp@veracortes.com
Etiquetas
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Documentos relacionados
pdf Press release "Everything is Black and White", John Wood and Paul Harrison, 2021.

Descripción de la Exposición

GALERIA VERA CORTÊS tem o prazer de apresentar “Everything is Black and White “, a nova exposição individual da dupla britânica John Wood e Paul Harrison. John Wood and Paul Harrison: Everything is Black And White (Tudo é Preto e Branco) Já que aqui tudo é preto e branco, o espetador não precisa de uma explicação sobre o trabalho de John Wood e Paul Harrison. Na verdade, talvez seja melhor para todos os envolvidos que não seja dada, nem se tente dar, nenhuma explicação. Porque explicar estes trabalhos não vai ajudá-lo a si, nem aos trabalhos. E pior, fazê-lo pode ser prejudicial para a saúde deles. É como o escritor americano E. B. White disse, “pode ser dissecado, como um sapo, mas a coisa morre no processo e as entranhas são desagradáveis para quem não tenha uma mente puramente científica”. Ele estava a falar de humor, mas o mesmo se aplica a estes trabalhos. Por isso, é melhor não os fazer passar por tal suplício. Mas já que estamos ambos aqui, vamos fazer o seguinte: vou referir algumas ideias que pairam no ar ao pé das obras, como nuvens à volta do cume de uma montanha, e vocês continuam a ler. Juntos, vamos trabalhar arduamente na tarefa de não explicar estas peças uns aos outros, enquanto mobilamos o espaço à volta delas com os nossos pensamentos, desta maneira introduzindo algumas curiosidades a esta exposição monocromática. John Wood e Paul Harrison trabalham juntos há mais de 30 anos. Embora reconheçam que eles – e os seus trabalhos – estão agora “um pouco na meia-idade”, a sua produção ainda demonstra uma frescura notável. Isto deve-se em parte à frontalidade do seu discurso e ao tom franco dos seus trabalhos. Outros factores são também as formas despojadas e a reduzida palete de cor que usam. Para além disto, os artistas têm muito jeito para reduzir ao mínimo conceitos e questões difíceis filosóficas e conceptuais, de maneira a que as obras falem por si sem precisarem de qualquer explicação. Ao que outros poderão dedicar parágrafos, ou melhor, capítulos, Wood e Harrison dão-nos numa única situação paradoxal: uma peça de texto pintado que se contradiz fortemente; um par de prateleiras penduradas frente a frente e tão perto que cancelam a utilidade uma da outra; uma pintura inclinada que sem dúvida está tanto torta como direita. O que se vê é o que é, mas temos de olhar pelo menos. O desenho tem sido um pilar da prática artística de Wood e Harrison. Os seus desenhos existem como obras em papel por direito próprio e como esboços preparatórios para esculturas e vídeos. Por outro lado, os seus vídeos e projeções de slides também operam como “desenhos de trabalho em 3D”, animando ideias e frases em narrativas entrançadas em tom irónico que são ao mesmo tempo ambivalentes e inescapáveis. Até à data, a dupla criou dezenas de milhares de desenhos e mais de 65 peças em vídeo. É a sua ambição, nada mórbida, realizar 100 vídeos antes de morrer. Nas suas peças de texto, os artistas reinventam o desenho como escrita, usando palavras e frases para esboçar linhas, formas e figuras de significado. Embora existam correntes distintas que percorrem o trabalho de Wood e Harrison (humor físico e linguístico, e a aceitação e transcendência do aborrecimento ou desespero, etc.), cada obra opera também segundo a sua própria lógica, que depende da sua cor, materiais, e posição dentro de uma série. A consistência lógica de uma peça está também dependente de interações físicas performativas entre os dois artistas, a sua dinâmica filmada ou desenhada dentro dos trabalhos. Como consequência desta lógica construída, cada trabalho desenvolve uma espécie de resiliência existencial que, longe de ser solipsista, faz frente ao escrutínio a partir de perspectivas diferentes. O que estou a tentar dizer, sem querer ser demasiado explícita, é que existe uma validade potencialmente universal nestas obras. Elas apreendem experiências partilhadas por diferentes indivíduos e comunidades: a sensação estranha de testemunhar algo que se repete sem razão aparente; a alegre audácia das expectativas frustradas; a ironia amarga de estarmos condenados a estar separados nesta vida em conjunto; o absurdo da linguagem usada para designar o que claramente está à nossa frente. A maneira, por vezes, como somos apenas ovelhas a olhar umas para as outras à procura de entretenimento. Estas coisas não precisam de ser explicadas, só mostradas. Como exposição, “Everything Is Black And White” [Tudo é Preto e Branco] destila os reinos obscuros dos cinzentos, dentro dos extremos radicais de tom e significado. A claridade é uma virtude enganosa. É também, ironicamente, uma pré-condição da ironia: sem a intensidade dos opostos, não funcionava. A obra intitulada, “Here it is in Black and White” [Aqui está a Preto e Branco], que se apresenta totalmente pintada de branco, sussurra as palavras, “aqui está a preto e branco”, uma afirmação sobre algo que devia ser claro, mas que claramente se contradiz. Em 2020, no vídeo “Demo Tape”, Wood e Harrison seguram uma série de placards para criar uma cadeia de palavras e frases que levam a mente do espectador para zonas tanto pessoais como políticas. Depois de nos guiarem por um grupo encadeado de associações, mudam de rota abruptamente, redirecionando o significado de maneiras inesperadas. Acrescentam “TESTER” a “PRO”, e mais tarde antecedem “ANT WORK ETHIC” com “PROTEST” numa interrupta sequência de trocadilhos, permutações e poesia. É um jogo atribulado de adivinhas para o espectador, no qual a antecipação pela próxima palavra, ou tem uma recompensa ou é uma desilusão. Estes jogos são divertidos, mas este tem mais potencial: temos a sensação que para além de divertido é também eficaz. Transportando-nos através de uma série de dispositivos retóricos e linguísticos com aplicações relativamente inocentes, “Demo Tape” mostra-nos os seus diferentes tipos de uso. Desta maneira, preparando-nos para reconhecer e ler estes truques retóricos num mundo para além da galeria de arte, onde poderão ser usados para justificar abusos ou restringir a nossa liberdade. Os jogos de Wood e Harrison com a linguagem e com o gesto combinam frequentemente destreza e silêncio de uma maneira tão habilidosa que talvez não nos apercebamos o que está em jogo. Podemos discutir se um néon que soletra a palavra “WALL” pendurado na parede é uma tautologia vazia, mas enquanto o fazemos o mundo continua a ser abalado por outros jogos de linguagem mais sinistros. Os seus trabalhos usam as propriedades rítmicas e performativas inatas da linguagem: “A Large Piece of Paper on my Wall” [Um grande pedaço de papel na minha parede] é um trabalho em papel assim como uma declaração que afirma a sua fisicalidade e mesmo, talvez, a sua posição. Explorando o facto das categorias terem tendência a derrapar quando a linguagem é transcrita para texto, os artistas convidam-nos a jogar como parte do nosso treino para aprender a ler o mundo real. Será apenas uma pintura branca ou “A Quiet World” [Um mundo calmo]? São ambas, desde que consigamos ver as coisas a partir de mais do que um ponto de vista. O facto que o trabalho de Wood e Harrison suscita gargalhadas de forma regular talvez seja o seu aspecto mais subversivo. O riso no espaço da arte contemporânea viola a etiqueta e o poder cool da arte moderna, que prefere a admiração silenciosa às gargalhadas ruidosas. Uma escultura que consiste de um extintor pintado com tinta de óleo branca está pendurada, discreta, no canto, disponível para enevoar qualquer histeria não solicitada. A verdade é que não temos de saber nada de especial para nos rirmos desta exposição de arte contemporânea. Nada necessita de explicação para que estes trabalhos façam o trabalho que têm a fazer em nós, transformar-nos das maneiras mais imperceptíveis, antes que regressemos à nossa vida de todos os dias. Por isso, obrigada, por terem ficado comigo até aqui e me ajudado a mobilar o espaço à volta destes trabalhos a preto e branco com algumas noções abstractas. Por aquilo que expliquei, só posso pedir desculpa. Ao contrário de um sapo numa mesa de dissecação, velhos hábitos são difíceis de quebrar. Espero apenas que não se sintam como se tivessem acabado de testemunhar uma autópsia. Ellen Mara De Wachter Outubro 2021 ------------------------------------------- ------------------------------------------- John Wood (Hong Kong, 1969) e Paul Harrison (Wolverhampton, 1966) fazem coisas que se movem e coisas que não se movem, coisas que são planas e coisas que não são, coisas que são ligeiramente divertidas e coisas que definitivamente não são. Fazem obras que formam uma espécie de manual de referência sobre como fazer, criar, construir, ou desenhar coisas que provavelmente nunca se vão querer fazer, criar, construir, ou desenhar. Eles fazem-no por si. Mesmo que não precise delas. Esta tentativa de compilar uma enciclopédia do quotidiano começou em 1993, depois de se conhecerem na faculdade de artes. Entre as exposições individuais recentes incluem-se: ‘Bored’, Gallery Cristin Tierney, Nova Iorque (2021); ‘Words Made of Atoms’, Gallery von Bartha, S-chanf, Suíça (2020); ‘As logical as possible’, Kunstverein Arnsberg, Alemanha (2017). Exposições colectivas recentes incluem: ‘Fresh Window’, MUDAM, Luxemburgo (2019); ‘On Struggling to remain present when you want to disappear’, OCAT Museum, Shanghai, China (2018); ‘[Re]construct’, Yorkshire Sculpture Park, Wakefield (2017). Selecção de exposições individuais em museus: CAMH, Houston, EUA; Mori Museum, Tóquio, Japão; Ikon Gallery, Birmingham, Reino Unido; Frist Centre, Nashville, EUA; Kunstmuseum Thun, Suíça; Chateau de Rochechouart, França; Ludwig Museum, Budapeste, Hungria. Selecção de exposições colectivas: ‘Art Now’, Lightbox, Tate Britain, Londres; ‘Slapstick’ Kunstmuseum, Wolfsburg, Alemanha; ‘Private Utopia’ British Council Touring, Japão; ‘Super 8’, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil; ‘Open Space’, ICC, Tóquio, Japão; ‘Mardin Bienali’, Mardin, Turquia; ‘Made in Britain’, British Council Touring, China; ‘Richard of York Gave Battle in Vain’, Whitechapel Gallery, Londres, Inglaterra; ‘You’ll never know’, Hayward Gallery Touring, Reino Unido; ‘New British Video’, MoMA, Nova Iorque, EUA. Selecção de projecções: MoMA, Queens, Nova Iorque; MOCA, Los Angeles; Tate Modern, Londres; Centre Pompidou, Paris; Moderna Museet, Estocolmo, Suécia; De Appel, Amesterdão, Holanda; National Theatre, Londres. Colecções seleccionadas: Museu de Arte Moderna, Nova Iorque; Tate, Londres; Colecção Arts Council; British Council Collection; Centre Pompidou Collection; FNAC, França; Government Art Collection; Kadist Foundation, Paris; Ludwig Collection, Aachen.


Entrada actualizada el el 16 dic de 2021

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