Descripción de la Exposición
RICARDO BECKER FAZ SUA PRIMEIRA MOSTRA SOLO NA BIANCA BOECKEL GALERIA
Registros de um percurso reinterpretados através dos textos críticos de Cristina Bach, Fernando Cocchiarale, Fernando Gerheim e Glória Ferreira
A Bianca Boeckel Galeria exibe a mostra individual do artista plástico carioca Ricardo Becker: “Espelho seu e os outros". A curadoria de Bianca Boeckel selecionou 30 trabalhos que perfazem um recorte da bem-sucedida trajetória do artista proporcionando ao público paulistano um primeiro contato com suas criações no espaço da Vila Nova Conceição. Em todas as obras o artista evidencia a inviabilidade do detalhe e a possibilidade do todo como uma rede aberta, condição inerente à sociedade contemporânea.
Os diversos significados possíveis na interpretação de suas obras, compostas por estranhamentos e paradoxos, enfatizam questões apresentadas no mundo presente: elementos de composição de um labirinto provido de portas; chaves para escapes que negam hipóteses; reflexos difusos que chegam a confundir a visão.
Em um grupo de trabalhos selecionados por Bianca Boeckel, os componentes indagam através da percepção, a questão da identidade e do ser. Um conjunto de lupas - já exibido na mostra Belvedere, onde preenchia o espaço expositivo apresentando questões sobre o olhar na arte contemporânea e a impossibilidade de contemplação da obra sob um único ponto de vista. Como define Ricardo Becker, “as lupas fazem parte integrante de uma visão total que a contemporaneidade não mais nos oferece. A instalação se impõe ao detalhe integrando-se ao ambiente, possibilitando e exigindo uma imersão completa.”
Já nas obras da série Espelhos, provoca-se uma experiência integral do visitante, que participa como reflexo. Nas palavras do artista, “Colocar o vidro diante do espelho é como querer refletir o transparente – um paradoxo.” Um terceiro elemento nega mais uma vez a imagem: o talco. O espelho reflete o talco no vidro – além de transparente o vidro é também refletor – que reflete o talco no vidro refletido no espelho que reflete o talco no vidro refletido e assim sucessivamente. O vazio entre as duas superfícies é preenchido por uma névoa imagética. “Esses trabalhos indagam através da percepção a questão da identidade e do ser”, discorre o artista.
As chaves matemáticas, presentes em diversas obras na mostra, evocam um signo de conhecimento e decifração e inscrevem-se no espaço provocando a reflexão com caráter estimulante. Esse trabalho fez parte da exposição “Entre Algum Lugar Nenhum”, onde sugeriu uma série de significados: o símbolo de pertencimento, o abrir e o fechar.
As fotografias que registram o “Passeio da Sombra”, instalação na Cinelândia, convidam a percorrer um labirinto formado por portas que, ao se interporem à passagem, propõem a busca do desconhecido. A simbologia associada às portas sugere opções de escape onde o local de passagem é lugar de experiências. Um convite a perceber o aqui e o agora - signos do passado e possibilidades para o futuro.
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España