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Espaços da cor

Exposición / Galeria Raquel Arnaud / Rua Fidalga, 125 - Vila Madalena / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
28 ago de 2012 - 11 oct de 2012

Inauguración:
28 ago de 2012

Organizada por:
Galeria Raquel Arnaud

Artistas participantes:
Cassio Michalany

       


Descripción de la Exposición

Ubicado entre los más respetados pintores de su generación, la nueva exposición de Cassio Michalany [Espacios del Color] presenta 16 obras especialmente concebidas para la sala principal de la galería. Divididas en cuatro grupos de a cuatro, las pinturas varían en términos de soporte -lienzo y madera- así como en formato y color.

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O trabalho de Cassio Michalany da? a ver, por meio de repetições, possibilidades de mudança e alteridade. Em cada exposição, em cada conjunto de pinturas, ha? sempre um tanto de regularidade, na sucessão de coisas com aspectos idênticos, e outro de intermitência, em que se revelam as comutações e as diferenças de comportamento das unidades nas diversas combinatórias. Que seja assim ha? cerca de 30 anos, com uma economia estrita de recursos e procedimentos, diz muito do caráter austero da obra. Mas também sublinha o engajamento, com o sentido de empenho ético, na produção de formas simples e diretas, cujo fundamento esta? na superfície, na extensão uniforme de cores que salteiam o espaço a? vontade, em ordenações voláteis e sem pleitear novidade, enquanto instituem condições de individuação. Ate? que repetir seja passar de um ponto notável a outro.

 

Apesar da franqueza, o trabalho não se deixa apreender numa tacada apenas, ou de um único ponto de vista. A pintura opera por multiplicações e com mobilidade ao assumir o modo de estruturas seriais, compostas, uma a uma, por dois ou mais elementos monocromáticos e autônomos, a fim de travar relações, ou melhor, de abrir as relações entre as partes, a? medida que o conjunto se distribui numa sala. Recomenda-se, por isso, um olhar que seja concentrado, atento a sutilezas, e descentrado, ligado no entorno, a uma só? vez. Afinal não existe nada aqui além dessas áreas de cor, organizadas em modulações de suposta monotonia, senão o que realizam juntas, jamais por efeito cóptico, somente na sustentação de equilíbrios assimétricos, em sua totalidade regrados e variáveis, logo desconcertantes daquelas primeiras impressões.

 

Então, afora os cálculos precisos, as padronizações e o raciocínio sequencial, o que fica de matemático nisso, já? que a ordem 1. dos fatores altera, sim, o produto? Ora, o trabalho estabelece o rigor do método, mas quer ainda a palpitação de seu sistema. Dai? a distensão dos vínculos, o deslizamento das posições, as aproximações volúveis, como se as cores emprestassem lugar umas às outras, como se testassem junções, avizinhamentos, dentre tantos possíveis. O jogo de permutações repõe, assim, a singularização de cada parte - pelo fato de as cores (delimitadas, pintadas em separado) se pronunciarem de maneiras distintas, de acordo com a situação em que se encontram - e conquista, assim, a singularização das estruturas - pois, de saída, o processo evita a generalidade, longe de (considerar a hipótese de) esgotar as alternativas de combinação.

 

Por fim, essas superfícies homogêneas e em série são manufaturadas demais, desde a pintura ate? a montagem dos painéis, para serem confundidas com o resultado de uma produção industrial. O que tampouco quer dizer que são a expressão de uma experiência subjetiva, ao contrário. A aparência anônima do trabalho e? correspondente ao mero preenchimento de extensões de tela e madeira com tinta - esta? mais para ocupação de oficina do que para engenho de pincelada. As cores também são impessoais, não chegam a constituir uma 'paleta de pintor'; podem tanto vir da depuração de misturas definidas pelo artista, como vir prontas de catálogos comerciais. Seja como for, igualmente importantes ou, de modo inverso, igualmente desimportantes, apresentam-se nessas pinturas sem hierarquizar nada nem atender a significações e classificações (ou quentes ou frias ou complementares) que lhes poderiam ser atribuídas com base nos sistemas de cores. Porque as estruturas de Cassio Michalany se afirmam como fato físico, sem retorica. E o que se espalha pelo ambiente onde estão e? um silêncio vibrante, ressonância, talvez, da justaposição de uma coisa a? outra.

 


Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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