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Esconjuro

Exposición / Instituto Inhotim / Rua B, 20 / Brumadinho, Minas Gerais, Brasil
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Cuándo:
13 abr de 2024 - 30 abr de 2025

Inauguración:
13 abr de 2024

Comisariada por:
Júlia Rebouças, Marilia Loureiro

Organizada por:
Instituto Inhotim

Artistas participantes:
Paulo Nazareth

ENLACES OFICIALES
Web 
Etiquetas
Instalación  Instalación en Minas Gerais  Pintura  Pintura en Minas Gerais 

       


Descripción de la Exposición

NOTA: LA FECHA DE CIERRE INDICADA ES SÓLO ORIENTATIVA. Partindo das relações entre história, território e deslocamentos, Paulo Nazareth traz ao Inhotim a exposição monográfica Esconjuro (2024), na qual tempo-espaço são alargados e conjugados em quatro estações: ou- tono e primavera em 2024 e verão e inverno no ano de 2025, confirman- do a obra do artista como uma pre- sença viva e dinâmica ao longo de 18 meses no Instituto Inhotim. A partir da Galeria Praça e ocupando tam- bém outros espaços do Inhotim, a primeira configuração de Esconjuro é composta por obras que apontam diversas maneiras de se relacionar com a terra, seus ciclos e as trans- formações que suscitam no meio ambiente. Mas também indicam as práticas de exploração e disputa his- toricamente conhecidas no território. Ao longo dos seus meses a exposi- ção será modificada três vezes, em ações chamadas reformas. Cada uma dessas reformas será baseada na troca e no reposicionamento de obras na galeria, assim como a inclu- são de trabalhos nas áreas externas do Inhotim. Essas reformas vão resul- tar em quatro versões diferentes da mesma exposição, sendo cada uma delas relacionada a uma estação do ano. A exposição abre ao público no outono de 2024 e será reconfigura- da na primavera de 2024, no verão e no inverno de 2025. Casa de Exu (2015-2024), instalada nos arredores da Galeria Praça, foi a primeira obra construída no contexto de Esconjuro. Importante símbolo da chegada do artista ao Inhotim, ela co- munica uma presença e um processo de criação que visa se desenvolver no decurso do tempo, propondo uma nova relação entre tempo e espaço. A obra pode ser interpretada como ofe- renda, proteção, mas também busca confundir quem se aproxima da en- cruzilhada que antecipa a galeria, gra- ças ao cheiro da aguardente da cana- -de-açúcar que atinge o olfato antes dos outros sentidos. Para Esconjuro, Paulo Nazareth deu início à formação de um bananal, localizado em uma das fronteiras fí- sicas da instituição. A banana é uma fruta constante em todas as estações do ano, muito frequente nos quintais de casas e sítios de periferias e su- búrbios. Bananal (2024), enquan- to obra de Nazareth, se configura a partir de uma espécie de fruta que há anos habita o território, antes mesmo do Inhotim, alimentando trabalhado- res da região e suas famílias. No cen- tro dessa obra-plantação, ancorada abaixo do solo, está uma bananeira fundida em bronze. Na obra comissionada Sambaki II (2024), o artista propõe simulacros de banana prata de concreto, con- feccionados nos ateliês de produção do Inhotim, agrupados em forma- to de um grande monte e ladeado por duas escoras em madeira, onde dois alto-falantes reproduzem o som de uma conversa no idioma criou- lo. Registrada por Nazareth, na Vila Perus, em São Paulo, o áudio traz um diálogo com trabalhadores imigrantes da Guiné-Bissau, que o auxiliavam na produção das primeiras bananas de concreto, em 2013. Em Sambaki I, o artista combina simulacros de bana- nas, confeccionados em madeira, e simulacros de bananas de dinamite. Se a madeira foi a primeira riqueza ex- traída do território brasileiro, a prática da mineração, que dá nome ao terri- tório de Minas Gerais, permanece em plena atividade, configurando as pou- cas instâncias do país com permissão na utilização da dinamite. O acúmulo, monumento e ruína, resultados dos diferentes ciclos de exploração, resul- tam em experiências e memórias que permanecem cravadas na terra. Somam-se a esses trabalhos séries de pinturas de Paulo Nazareth, co- mo Caramuru, Vuadora Arruasza, Briga de rua (2019-2022); a série de lambes Bandeira (2022); obras externas, como Pato [Pago ou Pato feio], 2024; os vídeos Allégorie d’une Révolution (2018-2024); Hasta que se puede andar sobre el água (2013) e Agudah (2013); peças e instala- ções Gameleira (2024); Alguidar (2024); Marco Temporal e Iemanjá (2023-2033); além de uma série de imagens de sua mãe, Ana Gonçalves da Silva, representada em diferentes suportes e linguagens – reunidas como Centro de Cultura, Memória e Lembramento. É assim que o tra- balho de Paulo Nazareth convoca Inhotim e suas equipes para um outro modo de fazer, outras manei- ras de negociar, planejar, construir, celebrar e colher seus frutos num amplo e generoso gesto de rein- venção. Esconjuro conta com a Vale como mantenedora master e com o patrocínio master da Shell, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Para Paulo Nazareth, Esconjuro é uma mostra em expansão, que ocupa não somente o lugar do visual, mas tam- bém o vínculo com outros sentidos. “Meu desejo, mais do que tudo, é que exista uma conversa com o público, com os funcionários, com a comuni- dade local. O desejo é que essa mos- tra seja viva, algo que esteja aconte- cendo sempre. É uma abertura que precede outras aberturas dentro de si mesma”, comenta o artista. Paulo Nazareth complementa: “A mostra é tanto para humanos, quanto para não humanos ou para diferentes formas de humanidade, como apontam os kaiowás e os boruns. Encher a Casa de Exu com aguardente, por exemplo, precede a abertura no dia 13 de abril. Para mim, esse trabalho transita en- tre os seres viventes e não viventes. Interessa o espaço da exposição no antes, durante e no depois, que é tam- bém o tempo do Bananal, a possibili- dade desse trabalho servir a diferen- tes formas de vida, que os pássaros, os micos e outros bichos venham ha- bitar o Bananal ou comer das bana- nas que aí cresçam”.


Entrada actualizada el el 10 jun de 2024

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