O sput&nik thewindow comemora 8 anos, e mostra de que forma os artistas na sua prática refletem a complexidade problemática do contexto político / económico / social e de que forma é que este influencia a sua essência.
Artistas: Ana Efe + All Brain, Ana Luísa Garcia, André Alves, André Silva, Cláudia Lopes, Dalila Gonçalves, Daniel Moreira + Rita Castro Neves, Fabrízio Matos, Inês Amado, João Pedro Trindade, José Maçãs de Carvalho, Luísa Sequeira, Oswaldo Ruiz, Reis Valdrez, Rita Senra, Sama, Veejay Villafranca, Zbigniev Koniek.
Entretanto
À medida que nos afastamos do calamitoso século XX, dia após dia, começa a surgir uma imagem mais clara do que foi o século passado. Podemos ver agora que a primeira metade, convulsionada pelas terríveis e prolongadas guerras civis da Europa, foi retomada com a culminação e o lento suicídio do imperialismo. A segunda metade foi marcada indelevelmente pelos resultados. As guerras e as revoluções desde 1945,...dezenas delas, tiveram suas raízes na rutura dos grandes impérios que começaram então - não apenas os impérios da Europa Ocidental, desde a década de 1950 até a década de 1970, mas também o império russo no início da década de 1990.
Na primeira metade do século XX, autocracias e ditaduras falaram em nome das massas, manipulando-as, dando-lhes os seus slogans. Mas na segunda metade do século não houve uma reação intensa. O protesto tornou-se o motor da mudança política. Às vezes, atrasado por forças policiais secretas efetivas e medo público. No entanto, uma década passada em pleno século XXI, o processo chegou até aos países árabes, com seus sistemas ativos de espiões e informadores. A realização chave é que as pessoas podem sair às ruas, desafiar o estado e sobreviver. Nem sempre foram bem-sucedidos, é claro; um governo determinado o suficiente para permanecer no poder pode disparar contra os manifestantes e com o confronto - pelo menos temporariamente. Mas as chances mudaram. O sucesso é mais provável, estatisticamente, do lado de quem protesta do que do lado do estado.
Em 2017, temos Trump nos EUA, Temer no Brasil, Theresa May em Inglaterra, Putin na Rússia, Angela Merkel na Alemanha. A Síria por resolver, a Venezuela num impasse e a Coreia do Norte a testar mísseis intercontinentais…
Entrada actualizada el el 06 sep de 2017
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