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Em Suspensão

Exposición / Galeria Izabel Pinheiro (antes Virgilio) / Rua .Dr. Virgilio de Carvalho Pinto 445 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
05 feb de 2019 - 02 mar de 2019

Inauguración:
05 feb de 2019

Organizada por:
Galeria Izabel Pinheiro (antes Virgilio)

Artistas participantes:
Alberto Bitar, Alexander Pilis, Ana Calzavara, Armando Queiroz, Celina Yamauchi, Elaine Arruda, Ernesto Bonato, Felipe Góes, Manuela Costalima, Marília Del Vecchio, Mônica Rubinho, Paul Setúbal, Renata Pedrosa, Ulysses Bôscolo de Paula

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Descripción de la Exposición

Vinte artistas abrem 2019 na Virgilio com a Mostra Coletiva Em Suspensão. São obras que se aproximam e se inclinam para deixar ver a interrupção prolongada ou a pausa breve em que a arte dá sinais do tempo. Em sua maneira de dar e de ser. Tempo politicamente atemporal, bom perceber. Tempo sempre presente em imagens, inscrições, registros, artefatos e intenções sobre o adiamento, a interrupção, o intervalo, o estado de estar em suspensão, a paralisia e a perplexidade. Em suspensão é uma mostra rápida e reflexiva. Diversa e coesa. Os dias estão quentes, sob quase todos os aspectos, e o cenário histórico parece anunciar uma interrupção prolongada, a colocar esperanças em suspensão, vidas em perigos, diferenças sob vigia e ameaças. As opiniões supõem que não conseguimos ver a existência como permanência e a vida seguindo, persistente e indiferente às repetições da História. Vêm a nós turvadas de alegorias, metáforas, palavras-muros sobre palavras-fúrias. A vida precisa seguir, a existência permanecer, as palavras parecem suspensas, mas a arte entra, transborda e dá outros sentidos à realidade, às maneiras de viver. A arte repinta a natureza. Solta-se das margens. Entra, transborda e chama nossa atenção, invoca nosso olhar para enxergarmos o largado, o esquecido e o deixado de lado, o abandonado. Para vermos a lama tóxica que se encosta e marca metros a mais, suspendendo a vida. Para encontrarmos no paredão estável as figuras minúsculas que buscam chegar mais acima e ver diferente, e se tornarem grandes. Para encontrarmos a cidade escura imaginada por pontos reluzentes. E a vida pousada, arrumada e encenada, nas festas. Naquilo que parece paisagem e impressões em suspensão, a arte sugere vestígios da vida por trás do esquecido. Das armas. Das flores. Das pessoas, lugares e objetos parados no tempo. Desimaginados e suspensos, no sentido de afastados, surgem deixados de ser aquilo que haviam sido para serem revistos como outros, em um lugar do sensível. Lugar onde somente o desmanche do cotidiano e o resgate de novos sentidos para a realidade alcançam. Onde a arte sempre se estabelece e coloca a realidade suspensa, em suspensão, sob suspeita de iludir e de estranhar. De exaurir. A obra, em sua autonomia de expressão, deixa de fazer parte de um tempo definido para inspirar uma nova maneira de ver o tempo e de acomodar essa percepção em uma condição de existência, em uma expectativa de vida. Deixa de dizer alguma coisa circunstancial ou evidente do artista para se aproximar de quem a percebe e a toma como perspectiva de ver de outro canto e de outra maneira. Toma como referência deixar por perto, se aproximar, até onde possa a vista imaginar que alcance e, vista, dizer algo diferente. Resgata a escuridão que tenta deixar as coisas suspensas, encobrindo a luz. Mostra que nem mesmo a mais intensa escuridão, que a tudo vivido deixa em suspensão e se afirma para sempre, impede a luz de surgir.


Entrada actualizada el el 04 abr de 2019

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