O museu abre a nova temporada de exposições com uma selecção de obras de uma colecção particular de arte contemporânea, construída ao longo das décadas de setenta e oitenta do século XX, por António Pinto da Fonseca.
Não se trata de um recomeço, mas de uma re-visão histórica, não a de António Pinto da Fonseca, pai, mas a de Victor Pinto da Fonseca, filho. A visão curatorial do ponto de vista de quem cresceu com a colecção e acompanhou a sua evolução e que aprendeu sobre a arte e sobre a vida a partir da interação com o seu desenvolvimento.
É uma selecção que alia a razão ao coração, e a memória histórica à memória afectiva: Educação sentimental - A colecção Pinto da Fonseca, funciona a vários níveis, o registo do gosto do coleccionador, o registo geracional da passagem de testemunho de pai para filhos, o registo do reconhecido valor histórico...e artístico do núcleo de obras aqui representado.
Nesta exposição, com cerca de sessenta obras de trinta artistas portugueses, provenientes das décadas de 1960 a 1980, podemos ver trabalhos inéditos e icónicos.
A Educação sentimental abandona a esfera do privado para dar a conhecer ao grande público obras maiores de artistas consagrados (Álvaro Lapa, Joaquim Rodrigo, Menez, Paula Rego, José Guimarães, Dacosta, Vespeira, Rui Chafes, Vieira da Silva e Arpad Szenes, entre muitos outros), que importa integrar na historiografia. São vários os colecionadores portugueses que constituíram conjuntos de obras que, pela sua coerência, valor histórico e artístico, surgem como autênticos núcleos museológicos. A colecção Pinto da Fonseca é um destes casos, especial e indispensável.
A exposição vai ser acompanhada por um catálogo que inclui as obras expostas e outras que não figuram na mostra, uma biografia de António Pinto da Fonseca e um texto crítico de João Silvério. Está igualmente prevista a apresentação de um documentário sobre a colecção.
Entrada actualizada el el 11 sep de 2018
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