Descripción de la Exposición
Duplo Negativo é a mais ampla exposição realizada por Miguel Leal (Porto, 1967) em contexto institucional. Nesta intervenção, especificamente concebida para o espaço expositivo do CIAJG, o autor põe em evidência algumas das principais características do seu trabalho — sensibilidade ao espaço e ao tempo, atenção à construção do dispositivo e às condições de apresentação e uma capacidade discursiva marcada pelo engenho narrativo.
Para esta exposição, concebeu um conjunto inédito de peças que cobrem um largo espetro de linguagens (objetos, escultura, instalação, desenho, pintura, vídeo) que, a partir de uma particular atenção aos mecanismos do tempo e da articulação da palavra, da imagem e do som propõem uma experiência da dissolução dos limites e das fronteiras territoriais e conceptuais. Mas, para além das diferentes peças, sobressai a escala arquitetónica da intervenção e a forma como transformou o espaço, desafiando o espectador a uma experiência tanto sensorial quanto intelectual, propondo diferentes modos de receção, abrindo o leque percetivo de quem o habita.
É particularmente notória nesta exposição uma voluntária indistinção de pólos normalmente opostos: em Duplo Negativo — título que participa do uso da linguagem como coisa performativa, que não se enuncia somente, mas que se realiza, enquanto objeto ou imagem —, Miguel Leal é, a um tempo, artista e curador, fazedor e pensador, humano e animal, cultura e natureza, cabeça e corpo, linha e mancha, opacidade e transparência, tempo e espaço.
A exposição propõe pensar a origem das coisas, a necessidade dos gestos e a potência dos conceitos. Miguel Leal faz-nos aceder ao fascínio do aparecimento e à permanência das figuras arquetípicas sondando os lugares matriciais (grutas), os instrumentos de medição (relógios, sondas), o trânsito entre a materialidade da realidade e da imagem, a falsa simetria, jogando com figuras da linguagem como a suspensão (um corpo sem tempo) e a projeção (uma antecipação do futuro). Em Duplo Negativo, a proposta artística oscila permanentemente entre existir como hipótese e como realidade, talvez o grande desafio que realmente hoje se nos coloca.
Actualidad, 13 feb de 2018
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