Descripción de la Exposición
Dando continuidade ao projeto Divinos Horizontes, KUNSTHALLE São Paulo convida a artista sueca Astrid Svangren (*1972, Gothenburg) para apresentar sua primeira exposição individual no Brasil. Trabalhando principalmente com a instalação e pintura Astrid Svangren produz obras que são mais uma reflexão sobre o processo através do qual são feitos, do que propriamente objetos acabados. A artista não está interessada em contar uma história, o que importa para ela é o tempo que passa no estúdio, e a conexão que se estabelece entre ela e suas instalações. Nesta prática muito intuitiva e meditativa, ela pretende entregar-se, sem medo, e apenas encontrar o seu próprio caminho, entrando em contato com memórias, sentimentos e sensações. Ela tenta pegar um sentimento e transformá-lo através dos materiais.
O fazer arte torna-se um ritual. Da mesma forma como nos rituais da Umbanda brasileira, em que um medium entra em transe e outras entidades falam através de seu corpo, o estado de espírito atingido no estúdio permite que a artista se conecte com sua própria espiritualidade, sem a necessidade de quaisquer estímulos externos. Outros artistas também buscavam este estado de espírito para produzir suas obras, como, Hilma af Klint, também da Suécia, que, da mesma forma como Svangren, era muito ligada às ideias antroposóficas de Rudolf Steiner. Também influenciada por escritoras mulheres, como a franco argelina Hélène Cixous e a brasileira Clarice Lispector, Astrid Svangren produz obras que reafirmam o poder da mulher, mas de uma forma muito etérea e sensual. Através de suas instalações, ela revela uma bela tristeza feminina e quase uma decadência.
Para a exposição na KUNSTHALLE São Paulo, a artista produziu uma instalação sensorial e imersiva, que se assemelha a um palco de teatro, no qual o espectador é convidado a entrar para observar os diversos detalhes. Feitos com materiais naturais, tais como fitas de ráfia, tule de algodão, papel, cera, em sua maioria, na cor da pele, os elementos pendurados no teto concedem à instalação o aspecto de um ser vivo; uma espécie de um imenso casulo, em que o espectador é abraçado e pode sentir o movimento dos objetos, como se fossem borboletas cintilando e dançando ao redor. Além da cor da pele, a artista inclui também outras cores como o roxo, que traz uma característica espiritual e intuitiva para o trabalho, simbolizando um mundo metafísico, e também o amarelo, presente na maioria de suas instalações, que se refere à criatividade, ao otimismo e ao entusiasmo para a vida.
Exposición. 13 dic de 2024 - 04 may de 2025 / CAAC - Centro Andaluz de Arte Contemporáneo / Sevilla, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España