Descripción de la Exposición ------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------- Conceição Silveira Suportes do Gesto É curioso como os diferentes olhares sobre as obras de Conceição Silveira nos obrigam a uma dupla exigência perceptiva: porque, se é verdade que os meios não se reduzem a uma tal simetria, havendo um último plano rico em pleonasmos, o que primeiro impressiona os suportes de cada resolução visual surge em síntese num esquema binário de sobreposição. Os muros que esta pintora organiza no campo plástico quase parecem decorrer de sucessivas aproximações da representação vertical. As texturas, os materiais de cada operação e o modo como se colam em placas, tudo isso nos realiza uma parte do visível, simulando módulos empilhados e justapostos, todos presos por uma matéria semelhante ao gesso ou à argamassa pintada de branco. A pintura tende a gerar-se nesta continuidade rítmica dos elementos parietais, entre a espessura e a organização ortogonal. Mas o discurso não acaba assim. Num outro tipo de memória, tantas vezes ligada aos graffiti primários ou garatujas de idades formadoras menores, Conceição Silveira parece desdobrar-se em denegação do muro bem aparelhado: há dois tempos e dois modos de trabalhar o campo, desde a modelação linear (e com gradações de cinza e terra) até um gestualismo posterior, resolvido com tinta preta, em dois tempos também, escorridos impulsivos ou enovelados, poeticamente certeiros, pelos quais o arranjo inicial surge salpicado de duas manchas desenhadas em termos de circularidade, com centros mais ou menos espessos. Ora essa acção, contrária à anterior, dualiza o papel do autor e personifica-o de duas maneiras, por dois tipos de comportamento, complementares ou antagónicos. Pilar Abril Diálogo Matérico Na mesma exposição, Galeria Prova de Artista, Pilar Abril, espanhola, com estudos de arte semelhantes aos de Conceição Silveira, em faculdades de belas-artes, parece procurar confrontos ou diálogos matérico de forma menos conceptual do que Silveira. Mas não se trata de uma diferença abismal: as duas propostas relacionam-se na cor e no encaixe de módulos ou manchas. Esta última relação é mais difusa em Pilar, dado que o aceno da pintura, em diversos registos matéricos, ainda aponta a pintura abstracta que tanto se explorou no século XX. Há obras de Pilar em que a geometria se acha de alguma maneira também convocada. O ajustamento de módulos variáveis, como síntese niveladora de manchas menos contornadas, aponta simultaneamente para a projecção ortogonal pura e para essa projecção em parte distorcida, apontando para uma espécie de aparências perspéctica. Os lançamentos plásticos desta pintora, lembrando, nos casos de maior recorte, o modo de formar de Poliakoff, são mais contrapontísticos, umas vezes surdos, outras mais abertos, mais paisagísticos. Pilar, contudo, não segue sempre a mesma finalização, como se insinuou atrás. O caso aqui proposto, obra de recorte e contraste, mais linear em volta das cores, comporta sinais de corte, ponteados que parecem assinalar uma tesoura posterior e um particular cozimento de costura. O olhar passeia por isso mas resolve-se em percepções de diferentes espacialidades. ROCHA DE SOUSA Galeria Prova de Artista, até 31 Maio | Horário 10h-18h
En este Diálogo Matérico encontramos creaciones abstractas en silenciosa quietud, donde la materia adquiere su propio pulso vital. Son texturas son de enorme riqueza, incrementadas por la variedad de pinturas y pigmentos. Los artistas hacen de la obra un ejercicio de acción y reacción, a través del cual la forma, el color y la textura, la configuran el verdadero espejo de su expresionismo.
Exposición. 17 nov de 2024 - 18 ene de 2025 / The Ryder - Madrid / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España