Descripción de la Exposición A artista plástica Fernanda Naman abre a exposição individual Desejos na Arte Aplicada Galeria de Arte. A mostra traz 28 trabalhos fotográficos com sobreposição de imagens de vitrines de lojas, com silhuetas de pessoas que param diante do vidro, desejando os artigos em exibição. O que inspira a artista nessas obras é a reação das pessoas em frente às vitrines. De acordo com Fernanda, os objetos desejados representam sonhos, que servem como uma fuga para os problemas do cotidiano. 'O mundo precisa de sonhos, independente da classe social', comenta. A produção da série apresentada nessa mostra foi iniciada em Paris, o berço da moda. O local não poderia ser mais apropriado. Fernanda Naman se focou nas lojas de grifes famosas devido à arquitetura imponente e por vezes até dramática desses estabelecimentos. A série em exibição na Arte Aplicada traz ainda registros feitos em lojas de outros dos principais redutos da moda, tais como Nova York, Roma e Miami. Para a realização dessas imagens, Fernanda saiu pelas ruas dessas cidades pela manhã, antes mesmo da abertura do comércio, e fotografou as fachadas vazias, inserindo depois imagens de pessoas, após transformá-las em silhuetas negras. Em algumas das obras de Desejos, contudo, as tais silhuetas não aparecem. Nesses trabalhos, impressos em espelho, é a própria imagem do espectador da obra que aparece refletida na vitrine imaginária. Esse artifício casa perfeitamente com a comparação que a artista faz entre moda e arte: 'Hoje, as pessoas param para admirar as vitrines como parariam na frente de uma obra de arte dentro de um museu, pois as vitrines se tornaram verdadeiras instalações'. -------------------------------------- No princípio deste ano, envolvi-me num projeto beneficente e fui a algumas galerias e casas de artistas amigos pedir doações para um leilão. Na Arte Aplicada, generosamente, Sabina de Libman, abriu-me à escolha diversas obras de seu acervo. Elegi três, uma delas a fotografia da fachada de uma casa de alta costura em Paris, com uma pequena silhueta feminina no primeiro plano. O encanto resultava sobretudo da utilização de um recurso simples (aumentar o tempo de exposição e girar a zoom enquanto o diafragma está aberto), criando-se assim um movimento de formas e luzes desfocadas e um certo clima de fantasia - se não mistério. Só depois fiquei sabendo que a autora era Fernanda Naman, cujas jovens pinturas eu vira há alguns anos. Várias das fotos desta exposição são irmãs da que mencionei. Apenas ampliam, um pouco, a manipulação da realidade - já que as silhuetas são produzidas em separado do fundo e introduzidas, depois, com o Photoshop. O mesmo programa é usado para outros efeitos, em outros trabalhos, e visto que a arte é essencialmente artifício, ficção, mentira, não vai nisso nenhum problema - é claro. Ao longo da história da arte, novas técnicas vão-lhe naturalmente enriquecendo os domínios, e todas valem, quando bem empregadas. O diabo é quando o artista perde a mão e o limite, abusa dos efeitos, e/ou adere a um novo academismo. Na fotografia atual, o desfoque pelo desfoque, por exemplo, virou uma simples receita da moda. Felizmente Fernanda escapa a ela e a fórmulas empobrecedoras. Está em busca de suas próprias descobertas, sensivelmente, sem complicar nem rebuscar. Se gosto mais de umas que de outras (isto é subjetivo), no todo só me cabe elogiar-lhe esta primeira individual de fotografia. Contente com o talento e a competência da jovem artista, auguro-lhe um bom trabalho e um merecido sucesso. Olívio Tavares de Araújo Agosto de 2011
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España