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Degas

Exposición / Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP / Av. Paulista, 1578 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
04 dic de 2020 - 01 ago de 2021

Inauguración:
04 dic de 2020

Comisariada por:
Adriano Pedrosa, Fernando Oliva

Organizada por:
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP

Artistas participantes:
Edgar Degas

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Descripción de la Exposición

O Museu de Arte de São Paulo inaugura, em 4 de dezembro, a exposição Degas. Com patrocínio master do Bradesco, curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico no MASP, e Fernando Oliva, curador na instituição, a mostra irá apresentar todas as obras de Edgar Degas (1834-1917) que pertencem ao acervo do museu. São 76 no total, sendo 73 bronzes, dois desenhos e uma pintura. Apenas outros três museus no mundo possuem essa coleção completa de esculturas: Glyptotek de Copenhague, Metropolitan de Nova York e Musée d’Orsay, Paris. Os empréstimos internacionais das pinturas a óleo que estavam programados tiveram que ser suspensos por conta da pandemia covid-19. Assim como as individuais de Hélio Oiticica (1937-1980), Trisha Brown (1936-2017) e Senga Nengudi (1943), essa exposição está inserida no ciclo das histórias da dança, eixo temático ao qual o museu se dedica em 2020. No dia 18 de dezembro, o MASP abre Beatriz Milhazes: avenida Paulista, mostra que também integra essa programação. A última exposição do artista francês realizada pelo MASP foi há 14 anos: Degas: o universo de um artista. A mostra dava início às comemorações de 60 anos de atividade do museu e reunia as obras que pertencem à coleção do MASP ao lado de empréstimos de instituições como Museu d’Orsay (Paris), National Gallery (Londres) e Metropolitan (Nova York). EXPOSIÇÃO O ponto de partida desta mostra será a escultura “Bailarina de catorze anos” (1880), a obra mais icônica de Degas e uma das mais emblemáticas de toda a história da arte ocidental do século 20. Seu protagonismo será reforçado com as releituras feitas por Sofia Borges. A artista brasileira, a convite do MASP, produziu fotografias em grande escala a partir das esculturas de Degas que pertencem à coleção do museu, com destaque para a “Bailarina de catorze anos”. O resultado desse trabalho, cujo processo levou quase um ano, revela e transforma várias das obras de Degas de forma nova e radical e poderá ser visto tanto na exposição quanto em seu respectivo catálogo. Degas conheceu Marie van Goethem, a estudante de balé retratada em “Bailarina de catorze anos”, durante uma de suas frequentes visitas à Opéra de Paris. Pouco se sabe sobre a vida de Marie, jovem que ingressou no balé da Opéra aos 13 anos e era filha de uma lavadeira e de um alfaiate que viviam em constante estresse financeiro. Sabe-se também que uma de suas irmãs foi presa por roubar um cliente no célebre cabaré Chat Noir, localizado no bairro boêmio de Montmartre, em Paris. Depois desse episódio, Marie começou a faltar a várias aulas e acabou sendo dispensada da Opéra. Provavelmente como sua irmã, ela foi forçada à prostituição por sua mãe. Esse tipo de narrativa costuma ser evitado em projetos em torno de Degas desenvolvidos por museus ao redor do mundo, que se ocupam mais de questões estilísticas e formais em relação ao artista. A abordagem de sua obra por meio de uma perspectiva política, social e crítica estará, no entanto, no catálogo Degas: dança, política e sociedade. CATÁLOGO A publicação Degas: dança, política e sociedade possui um caráter singular, não apenas no contexto da história das publicações sobre o artista e ao investir em aspectos que no geral não interessam aos museus tradicionais, mas também no conjunto de monografias publicadas pelo MASP nos anos recentes. Dada a pandemia covid-19, o que começou e foi concebido como um projeto de exposição se tornou também um projeto de publicação. Embora não fosse mais possível realizar a mostra propriamente dita com todos os empréstimos internacionais, optou-se por avançar com o projeto do livro em seu formato e proposta originais. Aliás, sem as dificuldades comuns a tais empréstimos, foi possível incluir no livro muitas obras que teriam sido impossíveis reunir em São Paulo, visando muito mais a uma monografia substancial e necessária sobre Degas do que um catálogo sobre o que teria sido uma exposição. O livro reproduz mais de duzentas obras de Degas e é a primeira publicação ricamente ilustrada a focalizar inteiramente as perspectivas políticas e sociais da sua produção, abordando questões em torno de trabalho, gênero, identidade e sexualidade e assumindo uma postura crítica sobre sua produção. O catálogo reúne ensaios inéditos das pesquisadoras Ana Magalhães, Anthea Callen, Gabriela Gotoda, Isolde Pludermacher, Leïla Jarbouai, Leslie Dick, Norma Broude, Raisa Rexer e Susan Tenneriello, além dos curadores Pedrosa e Oliva. DADOS BIOGRÁFICOS DO ARTISTA Hilaire Germain Edgar de Gas nasceu em Paris, em 29 de junho de 1834. Ele demonstrou interesse pela arte desde cedo, acompanhando seu pai Auguste em visitas a colecionadores. Ele não se destacava, entretanto, nas avaliações de desenho no colégio; suas produções eram consideradas medianas. Para apaziguar as expectativas do patriarca, que não incentivava que o filho seguisse a carreira de artista, matriculou-se na Faculdade de Direito. No entanto Degas estava obstinado a se tornar artista. Cerca de uma semana após a graduação, registrou-se como copiador no Louvre e no departamento de gravuras da Biblioteca Nacional, onde realizava estudos de obras-primas italianas dos séculos 15 e 16. Em 1855, ingressou na Academia Nacional de Belas Artes. Degas não se adaptou aos rígidos métodos da Academia e, em 1856, partiu em uma viagem de três anos pela Itália, para tentar entender, por conta própria, o legado dos mestres italianos. De volta a Paris, o jovem artista produz retratos de amigos e familiares e pinturas históricas de grande escala –mais adequadas para inscrição no Salão Nacional de Belas-Artes. O salão, por sua vez, oferecia melhor chance de exposição para artistas emergentes. Em 1865, é aceito com a obra “Scéne de guerre au Moyen Age” e lá aproxima-se de Édouard Manet (1832-1883), que exibe “Olympia” (1863). Eles passam a frequentar juntos o Café Guerbois, quando Degas é introduzido a figuras como Émile Zola (1840-1902), Claude Monet (1840-1926) e Pierre-Auguste Renoir (1841-1919). Unidos por uma forte oposição aos modos arcaicos e obsoletos da Academia, esses artistas incorporavam o lema da modernidade: il faut être de son temps, “é preciso pertencer ao seu tempo”. A partir dos últimos anos da década de 1860, tendo como pano de fundo o 9º distrito –bairro que era palco da vida moderna parisiense, com seus espaços de música e dança, seus cafés e ateliês–, ele se insere cada vez mais nos círculos sociais de artistas, músicos, cantores e dançarinas. Na década de 1870, sua produção passa a se concentrar nas bailarinas da Ópera de Paris. Por meio delas, fascina-se pela forma e pelo desenho dos movimentos e repousos da dança, retratando seus gestos, movimentos e disposições no palco, nas salas de ensaio, nos bastidores e nos camarins. As bailarinas e seu mundo ocupam o artista até seus últimos trabalhos, já nos anos 1910. A Ópera de Paris era um símbolo da alta cultura, tendo como público figuras importantes da sociedade e membros diversos das classes burguesas e aristocráticas. Assim, os espetáculos de balé eram mais do que a dança: envolviam inevitavelmente relações sociais e políticas em vários âmbitos. Esses aspectos não passaram desapercebidos por Degas, especialmente no que se refere às jovens bailarinas, numa abordagem essencialmente moderna, que o artista também adotou em sua aproximação às demais mulheres trabalhadoras na França do século 19, caso das lavadeiras, passadeiras e modistas representadas em suas obras.


Imágenes de la Exposición
Edgar Degas, Mulher enxugando o braço esquerdo (após o banho), circa 1884. Pastel sobre papel, 58 x 64 cm. Acervo MASP. Doação Geremia Lunardelli,1952. Foto João Musa

Entrada actualizada el el 26 nov de 2020

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