Descripción de la Exposición
Conhecido por suas pinturas em óleo sobre tela, o artista traz para a exposição "da menor importância" sua produção mais recente, composta por sete grandes telas e cinco pinturas em formatos menores, todas inéditas. Com abertura dia 24 de fevereiro, às 14h, na Galeria Leme, a mostra permanece em cartaz até 22 de março de 2024 e conta com texto crítico do curador Diego Matos.
A banalidade do cotidiano alimenta o trabalho de Rodrigo: um homem passeando com seus animais de estimação, outro fumando um cigarro durante uma pausa no trabalho, e uma senhora que parece aguardar a chegada ou a passagem de um carro em uma rua qualquer de São Paulo, são algumas das cenas pintadas pelo artista. As figuras retratadas estão de soslaio, de passagem, em uma espécie de jogo de cena que insinua um movimento cinematográfico.
Ao mesmo tempo, nesse conjunto de trabalhos, o artista apresenta um número maior de pinturas em grande e médio formatos, que estabelecem uma relação contrastante entre a arquitetura brutalista da galeria e os cenários comuns de praças, ruas e terraços em suas obras.
"No diálogo entre artista e curador, percebemos um incômodo comum: a banalização da ideia de importância das coisas e do excesso de informação desnecessária, pelo simples desejo de repercutir e expor vidas desinteressantes como se tivessem alguma relevância para a vida comunitária ou pública. O supérfluo ganha estatuto de imprescindível, uma relevância que não condiz com a realidade cotidiana das pessoas", comenta o curador Diego Matos.
Aprofundando seu interesse pela pintura e suas possibilidades, Rodrigo ressalta que, em seus trabalhos mais recentes, têm observado a relação entre as figuras e a forma de representá-las. "Em outros momentos, minha produção estava voltada para a representação de muitos elementos dentro de uma mesma obra. Agora estou buscando manter o caráter narrativo das pinturas com o mínimo necessário de elementos e pensando mais na relação entre eles na composição como um todo", destaca Rodrigo.
Sobre a artista
Brasília, Brasil, 1981.
Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Os quadros de Rodrigo Bivar nascem de imagens capturadas em fotos de viagens, retratos de amigos e cenas na praia. Seu trabalho é fruto de um olhar que se intriga com o que vê e de uma postura de quem está num estágio anterior ao do habitante já acostumado com a banalidade da vida. O olhar distanciado do artista-turista não é aquele que se dirige ao estereótipo, mas de alguém que não compartilha completamente dos valores com os quais depara, portanto é capaz de se surpreender com o cotidiano e com um repertório que pertence a todos. Na pintura de Rodrigo Bivar, o mundo visto é retratado de forma pictórica, mantendo a honestidade do momento porém submetendo-o a sensibilidade do artista. Assim, cada pintura de Bivar torna real um momento fugaz que não existiria novamente no tempo e no espaço.
Graduado em Artes Visuais pela Fundação Armando Álvares Penteado (2005 - São Paulo, Brasil). Em 2020, Bivar recebeu o prêmio da Bolsa Pollock-Krasner Foundation Grant 2020-2021. Também ganhou o Prêmio de Aquisição do Centro Cultural de São Paulo em 2008, quando realizou sua primeira exposição individual na própria instituição.
Exposições individuais: Algum, Galeria Simões de Assis, São Paulo, Brasil (2021); Gema, Galeria Athena, Rio de Janeiro, Brasil (2020); É Umas, Galeria Millan, São Paulo, Brasil (2018); Rodrigo Bivar, Instituto Figueiredo Ferraz, Sao Paulo, Brasil (2017); Lapa, Galeria Millan, São Paulo, Brasil (2015); Turista Azul, Paço das Artes, São Paulo, Brasil (2010).
Exposições coletivas: Construções e Geometrias, Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia, São Paulo, Brasil (2019); Com o ar pesado demais pra respirar, Galeria Athena, Rio de Janeiro, Brasil (2018); Os Desígnios da Arte Contemporânea no Brasil, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil (2017); Os muitos e o um: Arte contemporânea brasileira, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2016); Sesc VideoBrasil: 18º Festival Internacional de Arte Contemporânea, SESC Pompéia, São Paulo, Brasil (2013); Itinerários, Itinerâncias, Panorama da Arte Brasileira, MAM, São Paulo, Brasil (2011); entre outras.
Seu trabalhos integram coleções importantes como: Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, Brasil; Centro Cultural de São Paulo (CCSP), São Paulo, Brasil; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), São Paulo, Brasil; e Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil.