As obras de Rita GT apresentadas nesta exposição não são órfãs. Antecede-lhes um trabalho continuado sobre o papel das mulheres e dos corpos na prossecução de igualdade, de entendimento e do bem comum, do irromper de um status quo que se alimenta de silêncios (mas também da surdez pública), de impassividade, de desconhecimento, de desigualdade de corpos sujeitos a discriminações de género, idade, localização, etc. CUM LAUDE é resistência como prática, metodologia e vontade. Em CUM LAUDE, cada acção é e foi (im)prevista, pois é guiada, simultaneamente, por ímpeto criativo e consciência ético-estética, a que Rita GT não consegue escapar. No impulso do gesto artístico prevalece uma consciência política de desiderato feminista. CUM LAUDE é o resultado desta acção. CUM LOUD é grito quando ninguém nos parece querer ouvir.
Entrada actualizada el el 25 nov de 2021
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