A Paralelo apresenta a performance inédita Corpo-teto Corpo-chão, de Angela Freiberger, uma das pioneiras na vertente artística no Brasil desde os anos 1990, com curadoria de João Paulo Siqueira Lopes e Maria Vittoria Oliveira.

Na performance, Angela é sustentada por uma estrutura de escalada coberta de tecidos brancos, de onde interage através de perguntas 'materializadas' por meio de lãs e pregadores. Seu vestido, com cauda de mais de 2,5m de comprimento, traz em seu interior o único feixe de luz que incide na galeria.

Esse trabalho faz parte da pesquisa de Angela Freiberger, que há anos estuda o corpo como instrumento, a relação entre seres de atmosferas distintas, a passagem entre o estado mental e o real, entre o estado físico e o concreto. Com duração de uma hora, a performance tem como ... objetivo intrigar o público com questões aleatórias, simultaneamente instigantes e banais, mas que permeiam a vida cotidiana de cada um. A ideia é despertar sensações inesperadas e reversas, automaticamente destruindo a hierarquia entre artista e espectador, obra e espaço, alto e baixo, erudito e vulgar.

A galeria, por sua vez, pretende afirmar seu papel de fomento à criação, principalmente investindo em meios ousados e mais experimentais. Além da realização da performance, Angela Freiberger expõe na Paralelo cinco esculturas em mármore e cinco fotografias.