Jorge Ricciardi explora o subconsciente através da pintura, tendo iniciado o seu caminho pelas artes de uma forma original e atribulada, o que lhe garante uma profunda capacidade de reflexão e um conhecimento sólido sobre formas de expressão, para além do que é estabelecido.
O contacto social com o privilegiado mundo da arte contemporânea de Nova Iorque nos anos 80, foi determinante na sua experiência pessoal. Nesta época, Jean-Michel Basquiat e Andy Warhol estiveram presentes no círculo Nova Iorquino de Jorge Ricciardi.
Uns anos mais tarde, tendo começado a materializar a sua expressividade através da pintura, em tela e papel, todas estas referências de vida foram marcantes no seu subconsciente, tendo motivado a sua vocação artística para além de épocas e contexto.
A sua linguagem plástica, em que o desenho se cruza com a pintura, é aparentemente diversificada, tanto no uso dos materiais como nos vários suportes que utiliza sem hierarquias. O uso...da côr na pintura está muito próximo do expressionimo abstracto norte-americano, influência decisiva do contexto artístico que frequentou e que revela também uma forte pulsão experimental, gestual e compulsiva.
Os trabalhos mais recentes, desenhos de menor dimensão executados a pastel e crayon, têm um carácter mais autoreferencial, revelando uma expressão imediata da mão na evocação de figuras que rementem para um universo mais psicológico, de memórias que transitaram desde a sua infância e que acompanham o imaginário do artista.
O que Jorge Ricciardi transporta consigo e nos consegue transmitir são as ‘Cores’ vivas que nos despertam para um entendimento do mundo desprovido de taboos, aproximando-nos no entanto de uma natureza quase primitiva, que culmina num experimentalismo puro.
Entrada actualizada el el 14 feb de 2017
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