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Construtor de memória

Exposición / Galeria Nara Roesler - Ipanema / Rua Redentor, 241. Ipanema / Rio de Janeiro, Brasil
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Cuándo:
23 nov de 2023 - 17 feb de 2024

Inauguración:
23 nov de 2023

Horario:
De lunes a viernes de 10 a 19 h., sábados de 11 a 15 h.

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galeria Nara Roesler

Artistas participantes:
Fabio Miguez

ENLACES OFICIALES
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Descripción de la Exposición

Nara Roesler Rio de Janeiro tem o prazer de apresentar Construtor de memória, individual de Fabio Miguez que reúne em torno de 30 pinturas realizadas ao longo de 2023 e que representam novos desdobramentos da sua série Atalhos. Os exemplares mais recentes da pesquisa se dividem em dois percursos principais desenvolvidos a partir de fragmentos de seu campo referencial pessoal e afetivo: pinturas em pequeno formato feitas a partir de releituras de fragmentos de obras de mestres renascentistas e experimentos combinatórios e geométricos derivados da planificação esquemática de volumes. A mostra abre ao público no dia 23 de novembro e segue em exibição até 17 de fevereiro de 2024. Mais do que o nome de uma série, Atalhos é um conceito norteador da prática de Miguez. “Atalhos permite a junção de trabalhos formando sentenças. Dependendo da vizinhança, eles ganham, inclusive, outro sentido. Essa é a ideia do atalho, a passagem de um campo referencial a outro que se dá na criação desses conjuntos propondo possivelmente novos sentidos”, revela o artista. Nos últimos anos, Miguez tem se dedicado a releituras feitas a partir de fragmentos de obras de mestres renascentistas como Giotto, Fra Angelico, Simone Martini e Piero della Francesca. Pioneiros no domínio da espacialidade, da perspectiva e do ilusionismo no campo da pintura a partir de fins do Século XIII, estes mestres construíram em suas representações composições inovadoras que incluíam estruturas arquitetônicas complexas, em geral como cenários para acontecimentos de cunho religioso. Ao revisitar essas antigas pinturas, Miguez remove os episódios narrativos das representações, dando protagonismo ao espaço, destacando a geometria presente nestes fragmentos deslocados pelo artista. Ao enfatizar o aspecto espacial das composições pré-renascentistas, o artista também estabelece um ponto de contato entre elementos da história da pintura europeia com a arte brasileira, em especial os movimentos do século XX ligados à tradição construtiva, que se detém com mais profundidade na forma e na espacialidade. O segundo atalho da série nos leva a outra dimensão da investigação que deriva de uma pesquisa iniciada através da planificação de caixas de papel: por meio dos esquemas por elas obtidos, Miguez passou a observar a estrutura combinatória ali presente, as regras que compunham o conjunto e as exceções sugeridas por essas regras, por meio das quais o trabalho foi se desdobrando em uma série de possíveis composições e novos arranjos formais. Essa lógica de combinações, regras e exceções também pode ser observada no modo como os conjuntos de obras estão organizados na exposição. Seja nos conjuntos que reúnem as releituras dos mestres ou no conjunto que reúne as derivas combinatórias alcançadas através do exercício de planificação, o espectador é convidado a desvendar as exceções produzidas pelas regras criadas pelo artista. Sobre Fabio Miguez A pesquisa pictórica de Fabio Miguez (n. 1962, São Paulo, Brasil) é voltada para a espacialidade e a materialidade. Assim como os demais membros fundadores do ateliê Casa 7, Carlito Carvalhosa, Nuno Ramos, Paulo Monteiro e Rodrigo Andrade, Miguez, na década de 1980, era influenciado pela pintura neoexpressionista alemã. No período, seus trabalhos são marcados pelo acúmulo de matéria e pelas tonalidades escuras em composições que remetem à paisagens. Durante os anos 1990, começou a produzir, simultaneamente a seu trabalho pictórico, a série de fotos Derivas, que foram publicadas no livro Paisagem zero (2013). Sua pesquisa passa a se debruça sobre a luz, em composições abstratas, em que a gestualidade expressiva vai dando espaço à uma geometria frouxa, e as cores claras e transparentes ganham protagonismo. Nos anos 2000, Miguez investiga a pintura no campo tridimensional, criando instalações com a sobreposição intervalada de placas de vidro pintadas, assim como suas valises que comportam objetos que permitem a interação do espectador, recombinando os diversos elementos ali presentes. Sua formação em arquitetura traz uma influência construtiva, que se manifesta em trabalhos da época em que o espaço vai ganhando contornos cada vez mais definidos. Desde 2010, Miguez se dedica à série Atalhos, em que se apropria de fragmentos e detalhes de pinturas de grandes mestres, reelaborando-as em pinturas de pequenas dimensões, empregando repetições e operações de inversão e espelhamento. Um desdobramento desse conjunto são as pinturas da série Volpi, na qual o artista se apropria de um fragmento de uma fachada do pintor itálobrasileiro, reelaborando-a em grandes pinturas. Fabio Miguez vive e trabalha em São Paulo, Brasil. Principais individuais incluem: Alvenarias, na Nara Roesler (2022), em São Paulo, Brasil; Fragmentos do Real (Atalhos) – Fabio Miguez, no Instituto Figueiredo Ferraz (IFF) (2018), em Ribeirão Preto, Brasil; Horizonte, Deserto, Tecido, Cimento, na Nara Roesler (2016), no Rio de Janeiro, Brasil; Paisagem Zero, no Centro Universitário Maria Antonia (CEUMA) (2012), em São Paulo, Brasil; Temas e variações, no Instituto Tomie Ohtake (ITO) (2008), São Paulo, Brasil; Fabio Miguez, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2003), em São Paulo, Brasil. Participou de diversas bienais, como: 18ª e 20ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1985 e 1989); 2ª Bienal de La Habana, Cuba (1986); 3ª Bienal Internacional de Cuenca, Equador (1991); e a 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2005); além de mostras retrospectivas, como Bienal Brasil Século XX (1994) e 30x Bienal (2013), ambas promovidas pela Fundação Bienal de São Paulo. Coletivas recentes incluem: Coleções no MuBE: Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz – Construções e geometrias, no Museu de Ecologia e Escultura (MuBE) (2019), em São Paulo, Brasil; Oito Décadas de Abstração Informal, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) (2018), em São Paulo, Brasil; Auroras - Pequenas Pinturas, no Espaço Auroras (2016), em São Paulo, Brasil; Casa 7, na Pivô (2015), em São Paulo, Brasil. Possui obras em diversas coleções institucionais, como: Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo, Brasil; Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), Ribeirão Preto, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brasil; e Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil. Sobre Nara Roesler Nara Roesler é uma das principais galerias de arte contemporânea do Brasil, representa artistas brasileiros e latinoamericanos influentes da década de 1950, além de importantes artistas estabelecidos e em início de carreira que dialogam com as tendências inauguradas por essas figuras históricas. Fundada em 1989 por Nara Roesler, a galeria fomenta a inovação curatorial consistentemente, sempre mantendo os mais altos padrões de qualidade em suas produções artísticas. Para tanto, desenvolveu um programa de exposições seleto e rigoroso, em estreita colaboração com seus artistas; implantou e manteve o programa Roesler Hotel, uma plataforma de projetos curatoriais; e apoiou seus artistas continuamente, para além do espaço da galeria, trabalhando em parceria com instituições e curadores em exposições externas. A galeria duplicou seu espaço expositivo em São Paulo em 2012 e inaugurou novos espaços no Rio de Janeiro, em 2014, e em Nova York, em 2015, dando continuidade à sua missão de proporcionar a melhor plataforma possível para que seus artistas possam expor seus trabalhos.


Entrada actualizada el el 17 nov de 2023

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