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Construções Planares

Exposición / Mul.ti.plo Espaço Arte / Rua Dias Ferreira 417/206, Leblon / Rio de Janeiro, Brasil
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Cuándo:
29 jun de 2023 - 22 sep de 2023

Inauguración:
29 jun de 2023 / 18 a 21 h.

Horario:
De lunes a viernes de 10.00 a 18.30 h., sábados con cita

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Mul.ti.plo Espaço Arte

Artistas participantes:
Renata Tassinari
Etiquetas
Acrílico  Acrílico en Rio de Janeiro  Pintura  Pintura en Rio de Janeiro 

       



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Descripción de la Exposición

Mostra traz ao Rio obra da artista paulistana reconhecida pelo virtuosismo no uso da cor. Renata Tassinari apresenta suas inusitadas pinturas sobre acrílico que, antes utilizado como moldura, ganha status de tela. São 12 obras de cores luminosas, inclusive espelhadas, que parecem se desprender do suporte, ganhando materialidade e solidez. Composta por trabalhos inéditos, a mostra “Construções Planares” abre no dia 29 de junho com texto crítico de Paulo Venancio Filho, ficando em cartaz até 18 de agosto, no Leblon. A Mul.ti.plo Espaço Arte, no Leblon, inaugura exposição individual de Renata Tassinari, prestigiada artista paulista que se destaca pelo domínio primoroso no uso da cor. Na mostra, Renata apresenta uma série de 12 pinturas sobre acrílico transparente. A novidade fica por conta da combinação com o acrílico espelhado, material incorporado recentemente à sua produção, resultando num conjunto de obras de surpreendente beleza e luminosidade. Em formatos tridimensionais inusitados, as pinturas de Renata ganham ares de objeto, num jogo de percepção entre o industrial e o manufaturado. Com texto crítico de Paulo Venancio Filho, a mostra “Construções Planares” abre no dia 29 de junho, às 18h, e fica em cartaz até 18 de agosto, no Leblon. O fundamento do trabalho de Renata Tassinari é a cor. Sua paleta tem cores únicas, preparadas por ela mesma, a partir de misturas. “As cores são usadas levando em conta qualidades como transparência, opacidade, reflexos, texturas, num uso calculado e variado de experiências visuais. Esse domínio também se manifesta na escolha dos materiais – madeira, acrílico, espelho –, que se incorporam à pintura”, explica Paulo Venancio, professor titular do Departamento de História e Teoria da Arte da Escola de Belas Artes da UFRJ. Com a combinação virtuosa desses elementos, as cores de Renata Tassinari parecem se desprender do suporte, ganhando materialidade. Uma particularidade do trabalho de Renata, que pode ser conferida na exposição da Mul.ti.plo, é a pintura sobre o acrílico. Antes utilizado como moldura, a artista decide incorporar o material à sua obra, conferindo-lhe o status de suporte. Sobre ele, pela frente ou por trás, a artista aplica generosas camadas de tinta óleo ou acrílica. O resultado são cores ainda mais pulsantes e um acabamento mais limpo e sintético. “Depois de pronto, o trabalho pode até ter certa identidade industrial, mas na verdade é profundamente artesanal. São obras de imensa qualidade, que instigam o olhar, nos convidando a escapar de um mundo contaminado pelo excesso de imagens. A obra de Renata nos convoca a reagir a essa atrofia da percepção”, reflete Maneco Müller, sócio da Mul.ti.plo. No trabalho singular de Tassinari destaca-se também a sua capacidade de espacialização. Suas obras têm geometrias variadas, como formas de L ou U. É o caso de Vermelho Dois L (235 x 200 cm). Algumas são criadas a partir da combinação de elementos diferentes, como Padaria III (40 x 120 cm). As bordas, inclusive, podem ser pintadas, como em Mata II (40 x 120 cm). “Entre as obras há também os múltiplos Leblon, criados especialmente para essa exposição, formados por 3 cores, que funcionam tanto na vertical como na horizontal”, conta a artista. “Outra novidade da pintura de Renata são os formatos alongados, fora de qualquer convenção pictórica”, como em Marola-Narciso (194 x 350 x 5 cm). O título da mostra pretende revelar o caráter planar de uma pintura que se constrói como objeto tridimensional. “A pintura de Renata é uma construção, feita de elementos separados em geral, que ela junta como se fossem objetos. É uma pintura tridimensional, construída como se fosse um objeto”, explica Venancio. Extremamente prestigiada entre críticos, curadores e seus pares, Renata Tassinari iniciou sua carreira há mais de 30 anos. Sua primeira exposição foi em 1985, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. “Ela poderia ser enquadrada na turma da Geração 80, mas sua pintura é diferente do que se fazia na época, abstrata. Assim como é diferente também da pintura atual, de algumas décadas para cá. São muitas sutilezas que, combinadas, fazem do trabalho dela uma obra única”, conclui Paulo Venâncio. A última mostra individual da artista no Rio foi em 2018, na galeria Lurixs. Antes, ela expôs no Paço Imperial, em 2015. Sobre Renata Tassinari São Paulo, SP, 1958. Formou-se em Artes Plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado, FAAP, em 1980. Paralelamente, estudou desenho e pintura no ateliê dos artistas Carlos Alberto Fajardo e Dudi Maia Rosa. Nos anos 80, realizou estampas com motivos indígenas para a Arte Nativa Aplicada-ANA. Nos últimos anos, a pintura de Renata Tassinari transformou-se em um campo fértil de pesquisas e inovações. O quadro deixou de ser um elemento neutro e passou a fazer parte da estrutura da obra. A artista pinta sobre uma superfície de acrílico, que, numa abordagem mais tradicional, seria parte do enquadramento de uma obra. Ao mesmo tempo, deixa a moldura de certas seções da obra cobrir apenas um papel em branco. Onde deveria haver a transparência do acrílico protetor de uma folha de desenho, passa a haver pintura e, inversamente, onde a folha de papel se deixa ver, há apenas o branco do papel que assim se transforma em cor. De início, os procedimentos acima se desdobravam em séries que alternavam as cores acrescentadas sobre o acrílico e o branco emoldurado das folhas de desenho. Com o tempo, ela passa a tratar partes do quadro como coisas, também outras coisas poderiam ser elementos das obras. Madeiras de diferentes colorações e ranhuras, e a inversão do avesso de uma moldura de acrílico, têm sido a prática mais recorrente. A cor sempre foi um elemento fundamental na obra da artista. Colocar cores num quadro e pelo quadro habitar o mundo com cores, essa é uma breve descrição do ela sempre buscou. Entre o mundo e o quadro - ao tratar partes da obra também como coisas do mundo, como coisas palpáveis- agora surgem relações mais próximas, e percebemos um trinômio obra/cor/mundo sempre insinuando-se em seu trabalho. -------------------------------------------- Construções Planares Paulo Venancio A pintura de Renata Tassinari é, verdadeiramente, uma construção especial. O tratamento flexível do quadro, a articulação variável das partes, faz a pintura experimentar sucessivas alterações sem que a morfologia construtiva desapareça. Mais: ela e a cor são as fundações que permanecem e sustentam tais alterações e/ou variações – um processo em que o quadro vai se tornando uma “construção planar”, e sua tradicional conformação adquire outras sucessivas conformações. Nesse processo, a operacionalidade do trabalho faz surgir uma pintura/objeto ou um objeto/pintura, sintetizando qualidades visuais e materiais. Qualidades como transparências, opacidade, reflexos e texturas vão propor um uso calculado e variável de experiências visuais. Essa variedade também se manifesta nos materiais: madeira, acrílico, espelho se incorporam à pintura. Resulta daí que a materialidade tradicional da tela é frequentemente dispensada. Por outro lado, a ordem geométrica permanece inalterada. As formas básicas, quadrado ou retângulo, podem ser esticadas e alongadas, horizontalizadas ou verticalizadas. Ou fazer surgir pinturas em L, como se o descolamento de cantos da moldura produzisse pinturas inscritas num ângulo reto. Uma discreta naturalidade pop mobiliza essas cores tão intactas, diretas, imediatas na sua visualidade aparente. Também precisas, íntegras, sólidas como coisas. Perfeitamente definidas, são, em si, elementos da construção e relação de posicionamento e agrupamento. Formam peças que vão se encontrando em justaposições precisas, poeticamente dosadas. Nada está ao acaso nessas construções precisamente calculadas. Mesmo o instável do espelhado – uma novidade recente - nada mais é do que uma extensão da luminosidade que a as cores exalam. Assim essa “forma/cor” se expande e se comprime para caber nos espaços delimitados. Aqui me ocorre a famosa colagem “O Caracol”, de Matisse. É como se as cores tão matisseanas dessa pintura fossem retiradas diretamente dos papéis colados, como se fosse possível retirar e transportar a “matéria cor”. E, tal como na colagem, as formas aqui são blocos de cor que se combinam por vizinhanças em espaços vizinhos, definidos pela própria cor. Tal tendência à solidez que a cor manifesta leva à madeira, ao acrílico, o que faz relembrar a processualidade da minimal em utilizar materiais existentes. Uma elegante combinação da dureza da matéria e da luminosidade cromática. Há pintores construtivos, monocromáticos, mas poucos emprestam à cor a solidez das cores de Renata Tassinari. Digo a solidez de uma matéria impenetrável tal como a dureza de uma coisa. É o que se observa diante de suas pinturas, mesmo nas cores mais tênues. A cor está ali fixa, distinta, imóvel, sólida – uma matéria manipulável à vontade, de acordo com as exigências do trabalho. O formato é a cor, e a cor dá o formato. Conteúdo e continente, uma coisa só. Uma pintura que não é “pintada”, é construída, ao modo como as coisas são hoje. Vejo aí uma acercamento da realidade em volta. Um pop que não é de imagens, mas um processo similar ao pop atravessa aqui as cores; ou seja, a disponibilidade da monocromia pura, distinta, inequívoca, dá corpo à pintura. A cor é “objetivada” como “imagem”. É ela agora que se “instala” nos formatos mais diversos. Ao experimentar um formato longilíneo e alongado, sugere a aproximação a um limite; o quadro se torna uma “fresta”, um espaço mínimo, divergindo da aparição tradicional da pintura. Por outro lado, o acrílico espelhado reforça seu caráter material. Ainda assim, o quadro é cada vez mais uma estrutura formada por elementos simples: um objeto construído. Por meio de um processo de adição - soma de partes –, resulta o alocamento de cada seção de matéria cor; presenças luminosas tal como escalas, progressões, andamentos. Enfim, uma só, construções planares e cromáticas.


Entrada actualizada el el 04 ago de 2023

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