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Coletiva

Exposición / Galería Vermelho / Rua Minas Gerais, 350 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
14 jun de 2016 - 16 jul de 2016

Inauguración:
14 jun de 2016

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galería Vermelho

       


Descripción de la Exposición

Artistas: Ana Maria Tavares, André Komatsu, Carmela Gross, Chelpa Ferro, Cinthia Marcelle, Claudia Andujar, Dias & Riedweg, Dora Longo Bahia, Fabio Morais, Gisela Motta & Leandro Lima, Guilherme Peters, João Loureiro, Lia Chaia, Marcelo Cidade, Marco Paulo Rolla, Marilá Dardot, Maurício Ianês, Nicolás Robbio, Rodrigo Braga, Rosângela Rennó. Na coletiva COLETIVA os artistas expõem seu olhar sobre a conjuntura política brasileira com obras inéditas e também com peças que, colocadas sobre esse contexto, ganham nova dimensão. COLETIVA conta com trabalhos de Ana Maria Tavares, André Komatsu, Carmela Gross, Cinthia Marcelle, Clara Ianni, Claudia Andujar, Dora Longo Bahia, Fabio Morais, Guilherme Peters, Henrique Cesar, João Loureiro, Laís Myrrha, Lia Chaia, Marcelo Cidade, Marco Paulo Rola, Marilá Dardot, Maurício Ianês, Nicolás Robbio, Rodrigo Braga e Rosângela Rennó, além das duplas Dias & Riedweg e Gisela Motta e Leandro Lima e do coletivo Chelpa Ferro. Lia Chaia A instalação sonora Voz do Brasil, de 2005, utiliza a famosa introdução musical do programa estatal de rádio de mesmo nome, em que um trecho da ópera O Guarany, de Carlos Gomes, anuncia alguma notícia dos Poderes Executivo, Judiciário ou Legislativo. Na obra de Chaia, o som é precedido de um longo silêncio para depois voltar a tocar. Dora Longo Bahia Em Farsa - Delacroix (La liberté guidant le peuple) e Farsa - Delacroix (O MST guiando o povo), ambas de 2013, Longo Bahia parte da máxima de Karl Marx que diz "A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa" para traçar um paralelo entre a revolução Francesa, com uma hipotética revolução popular guiada pelo MST. Na primeira pintura, a artista recria a pintura de Delacroix, com as mesmas proporções da original, em tons de verde. Já na segunda, substitui os personagens da original por figuras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Marilá Dardot A República (2016) deriva dos discursos dos deputados brasileiros na sessão de votação da admissão do relatório que resultou na abertura do processo de impeachment da presidente eleita Dilma Roussef. Desses, a artista selecionou aqueles que justificavam seu voto por: Família, Deus e Meus amigos. As formas geométricas da bandeira brasileira foram divididas em três bandeiras brancas cujas figuras geométricas são formadas pela massa textual das justificativas de voto em preto. Em Demão (2016), Marilá Dardot usa slogans, lemas e frases de protestos pesquisados na história política brasileira desde "Independência ou morte", passando por "O petróleo é nosso" e "50 anos em 5". São sentenças sobrepostas cronologicamente com camadas de tinta preta e branca, evocando memória e esquecimento. Lais Myrrha Reparação de danos é uma série de colagens feitas com imagens publicadas em jornais brasileiros a partir de abril de 2016 e que foram usadas para ilustrar alguns momentos da atual crise política pela qual passa o país. Marcelo Cidade Em Banco Brasília (2015), Marcelo Cidade propõe uma articulação iconoclasta em torno da promessa modernista brasileira e das instâncias de poder, através de uma composição que emula, com pratos de comida limpos e garrafas de cerveja vazias, o prédio do congresso nacional. Guiilherme Peters A instalação de Peters, O canto dos esquecidos reverbera pelo edifício da vitória (2016), parte do discurso de posse de João Goulart que, em loop, atravessa uma série de cabos que sobem pela parede em desenho geométrico. Ao encerrar seu caminho pelos cabos, atravessando uma série de pedais de guitarra, o discurso é projetado para o ambiente, via amplificador, completamente deformado. Um fone de ouvido permite ouvir individualmente o discurso antes da deformação. Em Juramento à sombra da república (2013), Peters faz referência à célebre pintura de Jacques-Louis David, O Juramento dos Horácios. A pintura original, de 1784, mostra os três irmãos Horácios fazendo a saudação Romana a seu pai, jurando lutar pelos valores da República Romana. A pintura simbolizava o princípio segundo o qual o dever público, o sacrifício pessoal, o patriotismo e a defesa das convicções tomadas em consciência são valores superiores à própria segurança, ou seja, aos seus interesses, e seu maior símbolo são as espadas dos três irmãos que, na pintura, aparecem glorificadas por seu pai. Na obra de Peters, as espadas se tornam sombras projetadas por sobre as mãos vazias do pai. Claudia Andujar Em 1964, Claudia Andujar registrou com sua câmera a série de passeatas que ficaram conhecidas como Marcha da família com Deus pela Liberdade. As passeatas organizadas e compostas por classes mais altas da sociedade colaboraram para a instauração do regime ditatorial militar brasileiro. Lincon Gordon, embaixador dos EUA no Brasil à época, afirmou, então, ao Departamento de Estado dos Estados Unidos que "A única nota destoante (nas passeatas) foi a evidente limitada participação das classes mais baixas na marcha". Maurício Ianês No neon Tempo/ Tempo (2014), Mauricio Ianês duplica a palavra tempo e a sobrepõe em sentido inverso, propondo um caráter cíclico para o tempo. Na performance Centro de Pesquisa de Ideologia das Imagens (2015), Ianês se coloca instalado na entrada da galeria recebendo os participantes, com quem ele desenvolverá uma conversa. Após esta entrevista pessoal, em que as visões subjetivas de cada participante serão levadas em conta, ele pedirá a este que sugira alguma imagem que simbolize a sua visão da história, da política ou da sociedade contemporânea, local ou global. Juntos os dois farão uma pesquisa na rede online para procurar a imagem sugerida ou alguma semelhante. As imagens escolhidas pelos participantes serão impressas em formato A4 e postas em exibição na parede da sala onde a ação acontece. As imagens são, então, distribuídas e ordenadas pelo artista de modo a tentar criar, com a sua visão externa, uma narrativa da história do país ou do mundo com as imagens escolhidas pelo público. Ianês procurará relacionar estas imagens por proximidade, conectando-as. Centro de Pesquisa de Ideologia das Imagens propõe uma situação de abertura ao público, de modo que o resultado da ação e a sua documentação serão amplamente construídos ativamente junto aos participantes. Clara Ianni Em Tratado (2016), Clara Ianni propõe uma espécie de estudo das cores a partir da cerimônia de posse dos ministros do governo provisório de Michel Temer. O conjunto de ministros escolhidos pelo presidente interino foi criticado pela falta de diversidade de gênero e raça. Rosângela Rennó A série Corpo da Alma (2005) se articula em torno de um conjunto de imagens originalmente publicadas em artigos de jornal, de pessoas que seguram fotografias de parentes ou amigos desaparecidos em situações de guerra, terrorismo ou violência urbana. Com esse procedimento, Rennó desestabiliza uma das principais características da fotografia que é a de congelar o acontecimento, "desmobilizando", segundo as palavras do crítico Paulo Herkenhoff, o sono arquivístico da fotografia, tornando visíveis fatos extras imagéticos. Ana Maria Tavares Coluna com Retrovisor (1997) - As colunas de aço inox com espelhos, de Ana Maria Tavares, colocam em xeque a nossa própria presença nos espaços por conta da forte referência aos sistemas de vigilância que tangenciam nosso cotidiano nas cidades. André Komatsu Na série Diarreia (2016), André Komatsu trabalha com páginas de revistas da década de 1970, cobrindo seus conteúdos com composições que remetem às vanguardas artísticas brasileiras, deixando entrever pequenos fragmentos de notícias acerca do governo ditatorial militar. Carmela Gross Eus (2014) - Carmela Gross confronta a característica fonética do termo do pronome de primeira pessoa do singular em Português (Eu), que contém ditongo, com a possibilidade de transferi-lo para a dimensão de uma ação plural inclusiva. Chelpa Ferro Em Buraco (2009), do grupo Chelpa Ferro, um conjunto de dispositivos construídos para a proliferação da palavra - microfone + caixa amplificadora -, são organizados de maneira autocontida, provocando um som atroador. Cinthia Marcelle Raspadinha (2009 / 2016) - Marcelle parte do dispositivo da raspadinha, um modelo de loteria que, via sorte, transfere posse para aquele que encontra o prêmio escondido em um cartão raspável. Na raspadinha de Marcelle, o prêmio é o Poder, escrito duas vezes de maneira homocêntrica. A repetição da palavra remete as suas variantes como verbo e como substantivo. No verso do bilhete, há um dispositivo gráfico que permite a transferência do prêmio a outrem. Dias & Riedweg A série de back-lights Chapa Quente (2014) mistura fotografias de arquivo das manifestações de junho de 2013 com raios-x da dupla Dias & Riedweg, alterados pelos artistas. Fabio Morais Desenho (2014) é um políptico composto por cinco imagens apropriadas de um livro de desenho geométrico que emolduram cinco termos do dicionário Houaiss: conceituação, argumentação, jurisprudência, explicação e definição. O trabalho estabelece uma analogia entre a geometria, instrumento de construção humana, e os procedimentos que servem de instrumento para a construção do pensamento. A montagem na parede cria, pelo alinhamento dos termos, um desenho sobre a arquitetura, tendo a jurisprudência - que é a quebra da regra, ou um posicionamento inédito que parte diretamente do empírico - como o ponto mais alto do "desenho", cujo final é a definição: o apagamento de todas as outras possibilidades. Já em Fuzilamento (2016), um alfabeto é alinhado na parede, como em um fuzilamento, mas também como se alinham normalmente palavras. Há apenas uma letra caída, a letra "I", que tanto pode ser lida como o "um" em algarismo romano, uma alusão ao único, ao indivíduo, mas também com o "eu" em inglês. Gisela Motta e Leandro Lima Em Controle remoto, JN 1975 (2016), uma casinha de passarinho emite uma luz de sua entrada que faz parecer com que o pássaro que a habita está assistindo à televisão. O som que escapa da casa é uma reportagem do Jornal Nacional (TV Globo), de 1975, na qual Cid Moreira, o então âncora do telejornal, em editorial, tece um elogio ao golpe de 1964. Henrique Cesar Na série de desenhos Bioma (2016), de Henrique Cesar, refinarias de petróleo ganham aspectos de microbiomas. João Loureiro Catete (2015) - A proposta de Catete é produzir e comercializar, em parceria com uma confecção de pijamas, uma versão do pijama usado por Getúlio Vargas no momento do seu suicídio. Composta por calça e camisa, tal versão baseia-se no estado do pijama antes da consumação do suicídio, sem as marcas de tiro, sangue e cortes. Interessa ao artista o modo como um pijama, objeto cotidiano, íntimo, privado, tornou-se símbolo daquele momento histórico. Catete nos leva a pensar como a instituição molda, por contingência, ao longo dos anos e das diversas administrações, uma versão da história, centralizando no pijama de Getúlio Vargas a narrativa sobre os fatos ocorridos em agosto de 1954. Marco Paulo Rolla Discurso Fechado (2015) é composto por dois microfones, feitos em pedra, que se confrontam ligados pelo mesmo cabo. Os microfones se misturam à materialidade da pedra, discorrendo sobre a inércia do discurso contemporâneo. Nicolás Robbio Na videoinstalação de Nicolás Robbio (2016) uma pequena projeção fora de foco mostra os debates na câmara dos deputados do Brasil, durante a sessão que antecedeu a votação da abertura do processo de impeachment da presidente eleita, Dilma Roussef. Uma lupa colocada entre o projetor e a projeção, faz focar apenas o detalhe do tradutor de libras da televisão (língua brasileira de sinais). Rodrigo Braga Na pequena escultura de Rodrigo Braga, titulada 24mm (2001), a ponta de pólvora de um projétil de 24mm foi talhada no formato de uma ponta de dedo.


Entrada actualizada el el 24 jun de 2016

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