Descripción de la Exposición Exposição Cantigas traz dez conjuntos de esculturas em cerâmica inéditas da artista carioca Simone Kestelman. Sob curadoria de Fernanda Carlos Borges, o trabalho busca o tom ideal para tratar do drama da coisificação da menina-mulher, ainda real nos dias de hoje, em variadas situações e em muitos lugares do mundo. 'Cantigas' é composta de esculturas de vestidos de menina suspensos, moldados em tamanho real e embalados ao som de cantigas de roda. A mostra é gratuita e fica em cartaz na sala Burle Marx do MuBE de 20 de outubro a 3 de novembro de 2013. De acordo com a artista plástica Simone Kestelman, as obras são uma forma de levantar questionamentos a favor da proteção das meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade em diversos pontos do globo. 'Por meio da arte encontrei o melhor meio de expressar meus sentimentos. É difícil pensar sobre a violência contra as meninas e por meio destes trabalhos pretendo conduzir cada vez mais pessoas a perceber, pensar e agir. A exposição no MuBE é uma grande oportunidade para chamar a atenção de todos os brasileiros sobre a violência contra meninas mundo afora. A infância tem que ser protegida', explica. As obras exibem a interpretação do olhar da artista por meio de formas sutis e explícitas de destituição da liberdade, da autonomia e do contato com o próprio desejo, desde a superproteção até o tráfico sexual. Simone Kestelman iniciou a sua carreira como designer, desenvolvendo técnicas próprias e expressivas de pintura em cerâmica e vidro, aplicadas em obras de design. A partir de 2009, decidiu combinar todo seu know how para a criação artística. Em 2011 deu acesso a 190 crianças surdas e cegas a reproduções em vidro de monumentos arquitetônicos e naturais do Brasil, que podiam ser tocadas, na exposição As Maravilhas Brasileiras na Casa Cor. No mesmo ano apresentou a série de esculturas de vidro Caminhos, nas quais expressa suas emoções diante das inúmeras estradas que percorreu em viagens ao estrangeiro, no Corning Museum of Glass, em Nova York. A habilidade na escultura, a paixão pelas crianças, o contato com a diversidade cultural e a conscientização de sua própria condição enquanto mulher despertou em Simone a razão e a maturidade artística que vem conduzindo seu trabalho desde então: o uso artístico de roupas e acessórios, transformados em esculturas e objetos artísticos, como meio para evocar a vulnerabilidade social e cultural da mulher, desde menina. Em fevereiro de 2013 o trabalho Undesired-Indesejadas recebeu a Medalha de Ouro como melhor instalação contemporânea na Artslat, tratando do descarte de meninas na Índia e na China. Em 2013 foi escolhida como artista ativista do ano e recebeu Honra do Comitê internacional da WCA, afiliada a ONU, que reúne exemplos de projetos de arte e ativismo. Atualmente pesquisa sobre gendercídio, mutilação feminina, transtornos psicológicos infantis e violência de guerra contra crianças, temas sobre os quais vem desenvolvendo projetos artísticos.