Descripción de la Exposición
Sempre que ocorre um acidente aeronáutico, a principal fonte de informações para os investigadores é a chamada caixa-preta. Mesmo quando o avião se reduz a ínfimas partes e a tripulação desaparece, há a esperança de encontrar aquele aparelho intacto: afinal, nele, está registrado tudo que se passou durante o voo – das conversas mais banais entre os pilotos e o pessoal de terra até os diálogos mais dramáticos que acompanham panes, choques, quedas, dos dados rotineiros de qualquer viagem até os dados derradeiros dos momentos críticos.
Mesmo quando nenhum acidente acontece, a caixa-preta é uma espécie de secreto e inquietante companheiro de viagem, que sempre está lá, sem que os passageiros saibam muito bem onde, a registrar exatamente o não-acontecimento, mas já aí como entrevisão da possibilidade da catástrofe. Na caixa-preta, coexistem, portanto, informação decisiva (o que realmente aconteceu) e excesso semiótico (o máximo de sinais pode equivaler, na ausência de acidente, ao mínimo de significado).
Talvez tenhamos aí uma boa metáfora para pensarmos a relação entre arte e mundo – e mais especificamente entre algumas obras de arte e o atual momento político do país e do mundo, mas também entre essas obras e o sistema das artes. É generalizada a percepção de estarmos vivendo um momento de crise (crise política, crise econômica, crise da “representação”, crise dos “valores” etc.), assim como é generalizada também a sensação de uma certa apatia que não seria condizente com a violência dessa crise múltipla. Em que medida, podemos nos perguntar, essa aparente apatia não esconde formas mais sutis de reação e registro, condizentes com uma noção de história – do mundo, mas também da própria arte – como sucessão de acidentes?
Esta exposição reúne algumas caixas-pretas singularíssimas: caixas-pretas a serem localizadas, abertas, interpretadas e reinterpretadas se queremos ver e dar a ver o sentido do que nos acontece.
Artistas: Alfi Vivern | Augusto de Campos e Julio Plaza | Caio Fernando Abreu | Carlos Augusto Lima | Carlos Fajardo | Carlos Zilio | Chelpa Ferro | Daniel Jacoby | Daniel Nasser | Dirnei Prates | Eliseu Visconti | Fabiana Faleiros | Fernando Corona | Eva e Franco Mattes | Frederico Filippi | Gabriela Greeb e Mário Ramiro | Gilberto Perin | Guilherme Peters e Roberto Winter | Iberê Camargo | Jac Leirner | Jeronimus Van Diest | Jordi Burch | José Marchand Assumpção | Kevin Simón Mancera | Letícia Lopes | Manabu Mabe | Marília Garcia | Mauro Restiffe | Nuno Ramos | Oscar Niemeyer | Pedro Motta | Pedro Victor Brandão | Rafael Borges Amaral | Regina Parra | Rodrigo Matheus | Runo Lagomarsino | Telmo Lanes e Rogério Nazari | Waltercio Caldas | Wilfredo Prieto
Actualidad, 22 ago de 2018
#loquehayquever en Brasil: las artistas latinoamericanas más radicales llegan a São Paulo
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‘Radical Women: Latin American Art, 1960-1985' es la primera monográfica que reivindica la aportación de las artistas latinoamericanas a la práctica experimental contemporánea. Incluye obras de Ana Mendieta, Lygia Clark y Marta Minujín, entre ...
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España