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Brasil: Tradição, Invenção

Exposición / Paço Imperial / Praça XV Novembro, 48 / Rio de Janeiro, Brasil
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Cuándo:
13 jun de 2021 - 20 ago de 2021

Inauguración:
13 jun de 2021

Comisariada por:
Samuel de Vasconcelos Titan Junior, Sergio Burgi

Organizada por:
Paço Imperial

Artistas participantes:
Marcel Gautherot

ENLACES OFICIALES
Web 
Etiquetas
Fotografía  Fotografía en Rio de Janeiro  Fotografía de Arquitectura  Fotografía de Arquitectura en Rio de Janeiro 

       


Descripción de la Exposición

arcel Gautherot (1910-1996), fotógrafo francês que viveu a maior parte de sua vida no Brasil, produziu extensa documentação fotográfica sobre o país. Viajando por todo o território brasileiro, construiu uma obra de extraordinária qualidade estética nos dois domínios que privilegiou − a fotografia etnográfica e a fotografia de arquitetura. Parisiense, filho de pai operário e mãe costureira, aos quinze anos ingressou no curso noturno da École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs, começando a trabalhar com design e arquitetura de interiores. Na década de 1930, atuou como arquiteto e fotógrafo no Museu do Homem, em Paris. Conviveu e colaborou com os integrantes da agência fotográfica Alliance Photo, como René Zuber, Emeric Feher, Pierre Boucher e Pierre Verger. Em 1936, viajou a serviço do museu para o México e, em 1939, para a região norte do Brasil (Amazônia e Pará). Com a eclosão da guerra na Europa, serviu o exército francês em Dacar e, depois do armistício, retornou ao Brasil, estabelecendo-se em definitivo como fotógrafo no Rio de Janeiro. Na então capital do país, Gautherot logo formou um círculo de relacionamentos que lhe permitiu inserir-se rapidamente num meio de intelectuais e artistas semelhante ao que frequentara na década anterior na França. Nomes como Rodrigo Melo Franco de Andrade, Carlos Drummond de Andrade e Lucio Costa – reunidos no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), criado em 1937, vinculavam a preservação do patrimônio colonial brasileiro à consolidação da arquitetura moderna no Brasil e à construção de uma nova identidade nacional. A formação de Marcel Gautherot como arquiteto decorador e sua experiência museográfica levaram Lucio Costa a incumbi-lo, ainda no início dos anos 1940, de organizar o acervo e a exposição permanente de estatuária do recém-constituído Museu das Missões, no Rio Grande do Sul. A partir de então Gautherot tornou-se um colaborador permanente do Sphan e percorreu todo o país fotografando edifícios históricos, festas populares, danças, artesanato e atividades folclóricas de diversos estados brasileiros, principalmente da região Nordeste.Estes trabalhos o levaram também a atuar junto à Comissão Nacional do Folcore (criada em 1947) e à Campanha de Defesa do Folclore Nacional (lançada em 1958), ambas capitaneadas pelo historiador Edison Carneiro. Ao mesmo tempo, tornava-se o principal fotógrafo da arquitetura moderna no país, dedicando-se em especial ao registro dos grandes projetos de Oscar Niemeyer, como o conjunto arquitetônico da Pampulha e a construção de Brasília. Com Niemeyer manteve uma estreita e duradoura amizade e colaboração, marcada por afinidades estéticas e políticas, em uma relação muito semelhante à colaboração do fotógrafo Lucien Hervé com Le Corbusier. Com Burle Marx Gautherot estabeleceria uma colaboração igualmente de décadas, registrando extensivamente as principais obras do grande mestre do paisagismo brasileiro. A obra de Gautherot desempenhou um papel fundamental na construção de um imaginário brasileiro. Seu grande projeto documental – realizado ao longo de mais de cinqüenta anos de atividade no Brasil até o seu falecimento no Rio de Janeiro em 1996 e cristalizado em imagens icônicas que integram seu acervo de mais de 25.000 fotografias, hoje preservadas no Instituto Moreira Salles – mapeou, documentou e interpretou a trama de território, tradição e invenção que deu forma ao Brasil moderno. Esta exposição retrospectiva de Marcel Gautherot, realizada durante as comemorações dos 80 anos do IPHAN no Paço Imperial do Rio de Janeiro, edifício símbolo da luta pela preservação do patrimônio brasileiro, constitui importante homenagem ao seu profundo legado no campo da fotografia, promovendo, simultaneamente, o reencontro de sua obra com as origens e os protagonistas deste projeto patrimonial tão essencial para o país e sua cultura. Instituto Moreira Salles


Entrada actualizada el el 10 jun de 2021

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