Exposición en São Paulo, Sao Paulo, Brasil

Botany

Dónde:
Galeria Estação / R. Ferreira Araújo, 625 - Pinheiros / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Cuándo:
31 mar de 2022 - 30 abr de 2022
Inauguración:
31 mar de 2022
Horario:
Lunes a viernes de 11 a 19 h., sábados de 11 a 15 h.
Precio:
Entrada gratuita
Organizada por:
Artistas participantes:
Enlaces oficiales:
Web 
Descripción de la Exposición
Santídio Pereira traz para a Galeria Estação – que o representa desde o início de sua carreira precoce, aos 19 anos – 21 xilogravuras de tiragem única em grandes e médios formatos, concebidas em 2022. Depois da primeira individual (2016), com curadoria de Rodrigo Naves, e da segunda (2018), com curadoria de Luisa Duarte, nesta terceira mostra na galeria a sua botânica particular evidencia-se sob o olhar do crítico Tiago Mesquita. Nesse período, Santídio, agora com 26 anos, entre outras conquistas, fez residência e exposição em Nova York, mostra coletiva em Paris e Xangai promovida pela Fundação Cartier, individual na Fundação Iberê, em Porto Alegre, ainda em cartaz, além de suas obras alcançarem acervos importantes, como Pinacoteca de São Paulo e Coleção Cisneros. Interessado na diversidade da paisagem natural brasileira – são conhecidas suas séries que retratam flores, pássaros e montanhas –, o artista reúne na exposição algumas das suas maiores ... xilogravuras, nas quais se vê a figuração de trevos, flores, bromélias. “Quanto ao que produzia anteriormente, Santídio mudou sua relação com a técnica e com as cores. O colorido está mais variado, contrastado, vívido”, afirma Mesquita. Segundo o curador, há pelo menos duas paletas nas gravuras: uma mais brilhante, a outra mais sombreada, cores impressas em matrizes recortadas, com formatos diferentes. “As estampas finais são, muitas vezes, a composição, por encaixe, de uma ou mais matrizes em um jogo modular de formas chapadas”, explica. Mesquita, em seu texto sobre a exposição, faz um paralelo entre a objetividade do desenho realizado pelos institutos científicos europeus a partir do século XVIII e a forma contemporânea com que a arte de Santídio se expressa diante da natureza. Segundo o curador, em intenção e no seu repertório formal, estes trabalhos parecem opostos às aspirações cientificistas do positivismo dos naturalistas do passado. “Mais de uma vez, o ouvi falar no encontro com plantas, paisagens e bichos como a busca de uma alegria nostálgica, da saudade de uma vida mais próxima da natureza, de uma sensação de arrebatamento. Portanto, não se trata de reconstruir o objeto, mas de quase aludir a uma sensação, a uma experiência, se é que isso é possível.” Não obstante, continua Mesquita, o seu esquema espacial nos permite aproximar as xilogravuras da figuração científica de outra época. “Como os naturalistas, Santídio também isola as espécies com que trabalha, as centraliza de alguma forma, subtraindo delas o peso e o solo”, completa. Santídio Pereira (Curral Comprido – Piauí, 1996, vive desde os 8 anos e trabalha em São Paulo). Além das conquistas já citadas, Santídio fez parte da exposição dos 10 selecionados do 5º Prêmio EDP nas Artes, do Instituto Tomie Ohtake, em 2016, quando foi convidado a ministrar cursos sobre xilogravura na programação da edição. Em 2017, participou da programação de abertura do Sesc 24 de maio, apresentando ao público o seu processo criativo em xilos de grandes formatos. Foi selecionado e participa da 1 ª Mostra do Programa de Exposições 2018 do Centro Cultural São Paulo, onde também ministrou curso sobre a sua prática. A partir de 2019, tem presença no exterior. O jovem artista Santídio Pereira nasceu em Curral Comprido, um pequeno povoado localizado no interior do Piauí, Nordeste brasileiro. Migrou para São Paulo ainda criança e logo ingressou no Instituto Acaia, uma ONG privada, sem fins lucrativos, que atende crianças e adolescentes residentes próximo ao Ceagesp, local onde também trabalhou. Foi com apenas oito anos de idade, através das “oficinas de fazeres” do Ateliescola Acaia, que Santídio iniciou sua prática artística. E são justamente as imagens das memórias preservadas desde sua segunda infância, tanto de sua terra natal, quanto das experiências posteriores, que compreendem hoje o viés condutor da obra de Santídio Pereira. A xilogravura atendeu aos primeiros interesses do artista, que desenvolveu procedimentos próprios de trabalho, como o que ele denomina “incisão, recorte e encaixe”, ou seja, a composição por meio da combinação de várias matrizes recortadas, como peças de um quebra-cabeça. Além de proporcionar um jogo de cores através de acúmulo e justaposição de tinta, essa técnica permite subverter a função de multiplicidade, tão característica da gravura. Com o tempo, a materialidade das tintas trabalhadas sobre o papel passou a protagonizar a investigação de Santídio, e até hoje norteia sua produção artística. A experimentação no estudo das cores tornou-se vetor importante para expressar suas memórias, sentimentos e sentidos, que são inerentes também à cultura e aos fazeres populares dos lugares por onde esteve. Não à toa, o artista sentiu a necessidade de aumentar a superfície de apreciação das cores, aumentando a escala de suas obras. São duas as séries de xilogravuras representativas de Santídio: “Pássaros” (2018) e “Bromélias” (2019). A memória afetiva levou o artista a investir numa pesquisa iconográfica sobre os pássaros da Caatinga do Piauí. Além de procurar entender os saberes populares e a relação das pessoas com esses animais, Santídio foi estudar biologia e mitologia. Mais tarde, a partir da residência artística Kaaysá, realizada em Boiçucanga, litoral de São Paulo, surgiu a série de bromélias. Da mesma forma que inspirou Roberto Burle Marx, essa planta tropical tipicamente brasileira também foi um grande objeto de investigação de Santídio, que investiu em viagens pelo país para o exercício da observação, além do estudo científico. Em ambas as séries, o conjunto sensível de conhecimentos populares foi associado a um meticuloso estudo de cores, que normalmente emergem da memória visual e das sensações que o artista preserva das experiências da vida. Para ele, reconhecer a relevância dos saberes populares é tão importante quanto entender a importância da natureza no Brasil, principalmente nos dias atuais. Desde o começo da carreira do artista, a investigação com gravura vem abrindo portas para outras técnicas e suportes, sempre atraído pela materialidade e sua representatividade nas artes visuais. A série de pinturas “Morros” (2021) surgiu com o sentimento de liberdade ao se deparar com a visualidade da paisagem natural de Santo Antônio do Pinhal, Serra da Bocaina e da Cantareira, todas em São Paulo, e como ela resgata reminiscências de cores, imagens e sensações. Utilizando tinta offset, a mesma da produção das xilogravuras, Santídio também parte do princípio de “incisão, recorte e encaixe” para criação das composições em pintura sobre papel Hahnemuhle, traduzindo as sensações através das gradações de cores e justaposições. Ultimamente, Santídio vem pesquisando e desenvolvendo trabalhos em aquarela, tinta offset, xilogravura e monotipia.

 

 

Entrada actualizada el el 31 mar de 2022

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