Descripción de la Exposición
Bordalo em Trânsito é o título da proposta que prepara a renovação da exposição de longa duração do Museu. No intervalo, acolhemos os visitantes com a mesma honra de sempre, prestando homenagem ao nosso artista maior, Rafael Bordalo Pinheiro. Convidamos a um percurso através da obra do artista, num ensaio que revisita os seus temas de eleição e oferece uma leitura plural e informada do seu talento, criatividade e notável capacidade de trabalho.
A exposição Bordalo em Trânsito apresenta-se como uma proposta de releitura dos temas bordalianos à luz do presente, com a preciosa nota de que o espírito crítico e o humor podem ser os aliados perfeitos para a construção de uma cidadania ativa, participada, construtiva.
Organizada em três núcleos – Bordalo ao espelho, Zé Povinho, Identidade e Política e Bordalo à Mesa -, a mostra abre no dia 9 de julho de 2021 e durará aproximadamente um ano, até à inauguração na nova exposição permanente do Museu Bordalo Pinheiro.
NÚCLEOS EXPOSITIVOS
Bordalo ao Espelho imagina uma biografia muito divertida: através do autorretrato, em que foi mestre, o artista apresenta-se, transfigura-se, desafia o sentido de observação dos mais incautos, convida ao riso e convoca o espanto: quantos Bordalos cabem num Bordalo só?
Em Zé Povinho, Identidade e Política, a principal criação de Bordalo, o glorioso Zé Povinho, mostra a sua garra e, naturalmente, a falta dela também. Esta representação simbólica do povo português apresenta um caráter e atitudes perante o poder que vão da indiferença e da passividade à vontade em reagir e assumir um papel de cidadão ativo e responsável. Zé Povinho põe à prova a paciência da Maria enquanto se encolhe sob a albarda com que o carregam ou devolve aos “carrascos” um valente manguito, libertando-se da carga – assumindo o gesto a filosofia possível. A genialidade desta criação de Bordalo faz-se pela prova do tempo e pela estimulante apropriação que outros artistas continuam a fazer da personagem, quase 150 anos depois.
Bordalo à Mesa celebra um tema que lhe era querido ao corpo e ao espírito: a boa mesa. Os alimentos e a gastronomia enriquecem registos gráficos e peças de cerâmica de opulência real. Em ambientes realistas ou humorísticos, desde o mais simples legume à mais cerimoniosa refeição, a comida serve, também, como metáfora para a crítica política e social – sem papas na língua. São também dadas a conhecer referências a bons cozinheiros e a bons lugares onde saciar a fome, tão opiparamente quanto se deseje, e mostrados rótulos e publicidades que o artista realizou enquanto designer ou peças utilitárias e decorativas de que são exemplo os dois serviços de mesa produzidos na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha.
Exposición. 13 dic de 2024 - 04 may de 2025 / CAAC - Centro Andaluz de Arte Contemporáneo / Sevilla, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España