A exposição traz obras significativas do percurso artístico de Betty King, ligado ao debate entre a segunda geração de artistas abstratos brasileiros e o desejo por uma arte internacional. Nascida em New Orleans, em 1932, sua formação cosmopolita trouxe contribuições significativas para o circuito nacional durante as décadas de 1960 e 1970, em especial o período onde residiu na cidade de Salvador, entre os anos de 1958 e 1976.
Betty foi aluna de Hans Hoffmann na Universidade de Louisiana, em Provincetown, entre 1950 e 1953. Este pintor abstrato foi uma das grandes influências neste circuito, inclusive para seu amigo, Jackson Pollock, com o qual a artista teve contato. As características internacionais da obra da artista se devem também ao tempo que frequentou escolas francesas, a la Grand Chaumière e a École Nationale Superieure des Beaux-Arts, de 1954 a 1955.
A exposição conta com cerca de 100 obras, desde pinturas em óleo sobre...tela, apresentando suas investigações sobre o plano e a cor e os trânsitos entre a figuração e a imagem abstrata, por meio de relevos em papel e suas inovadoras séries de "Aluminium": chapas do metal gravadas por processos químicos e industriais produzidas pela artista a partir de 1967. Será possível observar, em especial, a dedicação desta artista, radicada no Brasil, na busca de novas técnicas e linguagens ao longo de mais de três décadas.
"Betty King é uma artista da experiência. Assim, em um cenário de questionamentos, tanto sobre a tradição acadêmico-realista, quanto sobre a nova abstração, Betty King foi uma mulher expoente em suas renovações artísticas, buscando acompanhar através de experimentações técnicas os inúmeros fluxos vanguardistas", afirma Emanoel Araujo, diretor curatorial do Museu Afro Brasil.
Entrada actualizada el el 17 jun de 2015
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