Descripción de la Exposición
Desde 2005 sem uma individual em São Paulo, Ascânio MMM ganha mostra de abordagem retrospectiva na Casa Triângulo. Com curadoria de Paulo Miyada, a exposição propõe um mergulho cronólogico que discute o sofisticado jogo de escalas e espacialidades na produção do artista luso-brasileiro.
Nascido em em Fão, Portugal, em 1941, o artista vive e trabalha no Rio de Janeiro desde 1959. Sobrinho-neto de um dono de estaleiro, o artista cresceu familiarizado com a marcenaria e a criação do objeto. Suas peças evoluíram das ripas de madeira, a princípio pintadas de branco para salientar o movimento e depois expondo os veios pictoricamente, até chegar à manipulação do alumínio e o domínio dos grandes volumes.
A relação entre escultura, arquitetura, matemática e filosofia fixou-se como questão central do seu trabalho a partir da década de 1970. Período em que o artista emprega módulos de ripas de madeira pintadas de branco, desenvolvendo progressões em torções verticais e horizontais, explorando a questão da luz e sombra em formas sinuosas e harmônicas. É também neste período que ele cria as caixas lúdicas, sobre as quais o espectador pode deslocar molduras vazadas, em formato quadrado, intercaladas, e de tamanhos decrescentes.
Na década de 1980, com os relevos e esculturas o ritmo das formas dá lugar a linhas retas, e o escultor passa a incorporar a cor e a textura da madeira crua, passando a explorar as cores naturais de diferentes espécies (cedro, mogno, pau marfim, ipê, freijó, etc), potencializando as qualidades visuais específicas do material e explorando ainda a tensão entre matéria e forma.
Já no final dos anos 1980 surgiram as primeiras Piramidais de madeira. Nos anos 1990, a questão das grandes dimensões e o espaço público tornaram-se uma preocupação central para Ascânio e as pesquisas com perfis de alumínio se intensificaram. O alumínio tornou-se então a base para a criação de novos trabalhos, sempre utilizando o módul. As esculturas desta fase caracterizam-se pelos tubos retangulares de alumínio cortados, que geram esculturas de grandes dimensões com vazios internos e sucessões de transparências e opacidades, tornando-as quase imateriais conforme a posição do espectador.
"Praticamente todas as suas obras desde meados da década de 1960 podem ser reconstituídas como fórmulas matemáticas enxutas e cristalinas. Fenômenos concretos, suas esculturas e relevos possuem correspondentes no território da lógica abstrata. Por mais sinuosas as curvas que desenhem no ar, por mais surpreendentes suas topologias, mantém sempre a legibilidade das razões numéricas que fundamentam a invenção e a construção efetiva de cada peça." comenta o curador no texto crítico que acompanha a exposição.
Exposición. 05 sep de 2016 - 08 oct de 2016 / Casa Triângulo / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España