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As uvas de Zeuxis

Exposición / Casa das Artes / Rua Ruben A 210 / Porto, Portugal
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Cuándo:
Desde 14 sep de 2019

Inauguración:
14 sep de 2019

Comisariada por:
Oscar Faria

Organizada por:
Casa das Artes

Artistas participantes:
Hernâni Reis Baptista

       


Descripción de la Exposición

É como uma dança Por Óscar Faria Na última década da sua vida, Matisse dedicou-se a criar obras desenhadas com uma tesoura, os “papéis recortados”. Estes trabalhos, que lhe recordavam o cinzelar dos escultores, declinaram-se em muitos motivos: animais, plantas, algas, estrelas, figuras e formas abstractas. Entre as inspirações do artista francês contavam-se os ícones bizantinos e uma antiga viagem ao Taiti. O resultado destas coloridas experiências pode ser hoje observado em livros, murais, colagens, vitrais, papéis de parede, etc. Segundo um relato de Hilary Spurling, na sua biografia do artista, nesses anos do pós II Guerra Mundial, já com mais de 75 anos, “Matisse trabalhava sem tatear ou hesitar, comparando-se repetidas vezes nessa época a um acrobata ou a um malabarista. A mente, a mão e o olho fluíam juntos sem esforço (“É como uma dança”, disse ele). Aqueles que o observavam acabavam hipnotizados por seus dedos deslizantes.” A exposição “As uvas de Zeuxis”, de Hernâni Reis Baptista, primeira parte de um díptico, que terá a sua continuidade em “A cortina de Parrásio”, a inaugurar em Novembro, no Sismógrafo, dá seguimento ao trabalho que tem vindo a ser apresentado pelo artista, nomeadamente aquele onde se detecta uma aproximação a questões relacionadas não só com as vidas animal e vegetal, mas também com os diálogos interespécies e respectivas mutações. Na Casa das Artes, será revelado um novo conjunto de trabalhos, por onde passa uma série de tropos comuns à arte e à natureza. Ideias relacionadas com mimesis, camuflagem, ilusão, engano, trompe-l'œil e ruína emergem de obras onde se observam plantas, animais e minerais, que têm em comum a capacidade de se confundirem com o meio ambiente, iludindo assim o olhar. Existe ainda uma outra camada, por agora invisível, que adensa o mistério acerca destas peças também possíveis de interpretar como memoriais de um mundo em vias de extinção. São como danças, estes recortes de um impossível puzzle, pois muitos dos elementos desapareceram pelo caminho, persistindo apenas neles esse desejo de resistir com o mundo, mesmo recorrendo a estratégias de sobrevivência que passam pela criação de uma ficção, seja ela uma fábula ou um manifesto. Apresentadas do avesso, estas obras, também pinturas abstractas, peles manchadas por uma nódoa, uma queimadura ou um desejo, participam dessa vontade de celebrar a diferença das formas, das cores, das espécies. O caranguejo é a begónia. O leopardo é o polvo. Todos são todos. Do outro lado, o invisível já está diante de nós. A vida era assim. Por aqui. It’s like a dance Por Óscar Faria In the last decade of his life, Matisse devoted himself to creating works drawn with scissors, the "cut-outs". These works, which reminded him of the sculptors' chiselling, developed into many motifs: animals, plants, algae, stars, figures and abstract forms. Among the French artist's inspirations were Byzantine icons and an old trip to Tahiti. The result of these colourful experiments can be seen today in books, murals, collages, stained glass windows, wallpapers, etc. According to a report by Hilary Spurling, in her biography of the artist, in those post-World War II years, now over 75 years old, “Matisse worked without fumbling or hesitation, comparing himself repeatedly in these years to an acrobat or juggler. Mind, hand and eye flowed effortlessly together (“It’s like a dance,” he said). People who watched him found themselves almost hypnotised by his gliding fingers.” The exhibition “The Grapes of Zeuxis”, by Hernâni Reis Baptista, first part of a diptych, which will have its continuity in “The Curtain of Parrhasius”, to be inaugurated in November, in Sismógrafo, is a follow-up of the work that has been presented by the artist, namely the one where we detect an approach to issues related not only to animal and plant life, but also to interspecies dialogues and their mutations. In Casa das Artes, a new set of works will be revealed, through which passes a series of tropes common to art and nature. Ideas related to mimesis, camouflage, illusion, deception, trompe-l'œil and ruin emerge from works where plants, animals and minerals are perceived, having in common the ability to blend in with the environment, thus deluding the eye. There is still another layer, for now invisible, that deepens the mystery about these pieces, that we can also understand as memorials of an endangered world. These cut-outs of an impossible puzzle are like dances, for many elements have disappeared along the way, persisting only that desire to resist with the world, even using survival strategies that include the creation of a fiction, whether it is a fable or a manifesto. Presented inside out, these works, also abstract paintings, skins stained by a stain, by a burn or a wish, participate in this desire to celebrate the difference of shapes, colours, species. The crab is begonia. The leopard is octopus. All are all. On the other side, the invisible is already before us. That was life. Here. Hernâni Reis Baptista (Vila do Conde, 1986) vive e trabalha no Porto. É licenciado em Artes Plásticas - Multimédia, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde foi selecionado com o prémio de aquisição da exposição de finalistas em 2013. Começou a expor em 2011, de onde se destacam as exposições colectivas “CAVE”, na SOLAR, Galeria de Arte Cinemática (Vila do Conde, 2012), “Sem Quartel”, no Sismógrafo (Porto, 2014), "Quando alguém morria os gregos perguntava: tinha paixão” (Porto, 2016) e "Não é ainda o Mar" (Gaia, 2018), ambas com curadoria de Óscar Faria, entre outras. Apresentou individualmente “Mesa” e “Falha” no Espaço Campanhã (Porto, 2011 e 2013), “Tropismos”, no Espaço Vésta (Porto, 2015), “T-1000”, na Floating Islands, Maus hábitos (Porto, 2015), “Dog eat dog, no Sismógrafo (Porto, 2016, Curadoria de Óscar Faria) e "Intraduzibilidade, Untranslatability, Unu¨bersetzbarkeit”, no Klub Genau, a par do festival de arte “KARAT, the ocean and the river” (Colónia, Alemanha, 2013), “The Confession of the flesh”, na Kubik Gallery (Porto, 2018), entre outras. O seu trabalho está representado em coleções privadas e instituições internacionais, como a Fondazione Sandretto re Rebaudengo, Torino, Italia, entre outras. Participou também em residências artísticas na qual se destaca a “360º Context and Process”, pela Triangle Network no espaço Hangar (Lisboa, 2015) e Inter.Meada (Alvito, 2017). Trabalha maioritariamente com instalação, escultura, video, e diversos processos digitais. Hernâni Reis Baptista (Vila do Conde, 1986) lives and works in Porto. He has a degree in Fine Arts - Multimedia, from the Faculty of Fine Arts of the University of Porto, where he was selected with the acquisition prize in the finalists exhibition in 2013. He began to exhibit in 2011, highlighting the group exhibitions “CAVE”, at SOLAR, Cinematic Art Gallery (Vila do Conde, 2012), “Sem Quartel”, at Sismógrafo (Porto, 2014), "When someone died the Greeks asked: did he had passion ”(Porto, 2016) and "Não é ainda o mar" (Gaia, 2018), both curated by Óscar Faria, among others. Individually he presented “Mesa” and “Falha” at Espaço Campanhã (Porto, 2011 and 2013), “Tropismos”, at Espaço Vésta (Porto, 2015), “T-1000”, at Floating Islands, Maus hábitos (Porto, 2015) , “Dog eat dog", at Sismógrafo (Porto, 2016, Curated by Óscar Faria) and “Intraduzibilidade, Untranslatability, Unu¨bersetzbarkeit ”, at Klub Genau, part of "KARAT, the ocean and the river" art festival (Cologne, Germany, 2013), “The Confession of the flesh”, at Kubik Gallery (Porto, 2018), among others. His work is represented in private collections and international institutions, such as Fondazione Sandretto re Rebaudengo, Torino, Italia, among others. He also participated in artistic residencies like “360º Context and Process” by Triangle Network in Hangar (Lisbon, 2015) and Inter.Meada (Alvito, 2017). He works mainly with installation, sculpture, video, and various digital processes.


Entrada actualizada el el 11 sep de 2019

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