Descripción de la Exposición
A expressiva produção feminina nas artes visuais é o grande destaque da quinta edição do Programa ARTEMINAS, que terá as exposições abertas a partir do dia 29 de novembro. Trata-se de uma iniciativa da Fundação Clóvis Salgado que se consolida como um programa voltado às artes visuais mineiras e seus artistas. Este evento tem correalização da Appa – Arte e Cultura.
ARTEMINAS Narrativas Femininas – Sou aquilo que não foi ainda possui curadoria da Gerente de Artes Visuais da FCS, Uiara Azevedo, e da curadora independente Marci Silva, além da assistência curatorial de André Murta. O título da mostra leva o verso de um poema da artista mineira Teresinha Sores, artista plástica e escritora que abarca em sua produção o universo feminino de forma transgressora e antipatriarcal. “O que não foi ainda” nos diz sobre um processo constante de luta feminina – do que estar por vir, e do que se busca fazer acontecer.
Para este ano, foram convidadas as artistas Carolina Bortura, Guilia Puntel e Julia Panadês (Galerias Genesco Murta e Arlinda Corrêa Lima), da exposição coletiva Híbrida, com linguagens e propostas características do universo contemporâneo; Ártemis Garrido, Isabel Saraiva, Maria Clara Cheib e Amanda Vilaça (Galeria Aberta Amílcar de Castro), com a exposição Efêmera, evidenciando a potencialidade do grafite; Os coletivos As Bordadeiras do Curtume e Bordadeiras da Vila Mariquinhas, além das artistas Ana do Baú, Ana Ribeiro, Cássia Macieira, Clemência, Dida, Dionisia, Dona Enedina, Dona Irene, Dona Isabel, Eva, Geralda Batista, Ivanete, Maria de Lourdes, Maria Lira, Mariquinhas, Noemisa, Rosana, Vicentina Julião, Zefa e Zezinha (Galeria Mari’Stella Tristão), revelando o potencial da arte popular na exposição Assim, como acontece; e nomes como Aretuza Moura, Arlinda Corrêia Lima, Fatima Pena, Fayga Ostrower, Juliana Gontijo, Mabe Bethônico, Marcia Xavier, Marina Nazareth e Yara tupynambá (PQNA Galeria Pedro Moraleida), reunidos na exposição Acervo FCS Mulheres.
Pintura, escultura, desenho, bordados e novas formas de trabalhar objetos marcam a produção expressiva dessas várias gerações de criadoras. De acordo com a Gerente de Artes Visuais da FCS e curadora da mostra, Uiara Azevedo, as artistas convidadas para a quinta edição do ARTEMINAS seguem as mais variadas linhas de produção artística, e demonstram a multiplicidade e força de seus trabalhos. “A produção dessas artistas tem uma característica de transgressão e resistência. Existe, em todos elas, cada qual com a sua motivação e forma de trabalho, inquietudes e forças muito singulares, que exploram o universo feminino em suas mais diversas possibilidades”, destaca. Uiara ressalta também que para a Fundação Clóvis Sagado, é de extrema importância abrir as galerias para essas exposições, que propõem um questionamento da produção artística feminina e seus lugares de ocupação.
Marci Silva, que também assina a curadoria do novo ARTEMINAS, destaca a oportunidade de perceber o trabalho artístico feminino em sua completude, atribuindo valor à delicadeza e à força das obras. “Buscamos explorar os conceitos de processo, da troca, e do equilíbrio que permeiam o feminino. Daí surge o trabalho com coletivos, com artistas emergentes, com aquelas em busca de algum espaço para se posicionar. É uma experiência enriquecedora tanto para as artistas, quanto para o público”, destaca Silva.
A realização do quinto arteminas – Sou aquilo que não foi ainda – consolida a iniciativa de estimular e divulgar as artes visuais mineiras, campo no qual o estado tem alcançado destaque histórico. E, mais uma vez, a Fundação Clóvis Salgado reafirma sua vocação pública ao oferecer seus espaços expositivos para inquietações e reflexões artísticas.
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