Descripción de la Exposición
Na exposição Arquivo botânico, o artista Bruno Côrte convida a um passeio na memória da natureza. A natureza é o mundo dele. Sempre o foi, desde a sua infância na Ilha da Madeira.
O artista observa as plantas. Regista-as em monotipias, leves e amplas como paisagens.
Da imensidão da vegetação recolhe fragmentos vivos. Constrói um arquivo onde guarda a memória das plantas e das flores. Depois de se apoderar dos elementos naturais, abre a mão. Deixa a vida seguir o seu curso natural. No diálogo entre os vários tipos de registo expande-se a memória.
Lut Caenen
Excerto do texto do catálogo
Com formação em pintura e ilustração na Universidade da Madeira e na AR.CO, respectivamente, começou a expor em 1998. Em 2001 vence o primeiro prémio do II Concurso Regional de artes Plásticas, na Casa das Mudas, Ilha da Madeira com Landscape Study e em 2003 vence o segundo prémio no mesmo concurso com duas fotografias de grande formato. Foi seleccionado em 2003 para o III Prémio de Escultura City Desk, no Centro Cultural de Cascais, onde apresentou a peça Guarda-Folhas. Em 2008 vence uma bolsa de viagem ao Japão atribuída pela Bienal de Cerveira de modo a prosseguir com um projecto de pesquisa em torno da paisagem, um tema que tem vindo a ser pesquisado e explorado de diversas formas, quer na pintura, instalação e mais recentemente com a fotografia. A utilização de espaços fechados para a realização de plantações e uma evidente reinterpretação da natureza têm sido aspectos relevantes no seu trabalho, onde se destaca Landscape Room, no Teatro Municipal, Funchal, 2002 e Private Underground, no Museu de Arte Contemporânea, Funchal, 2003. A apropriação e posterior utilização e acumulação de diversos elementos da natureza, tais como folhas, flores, ramos de árvores e plantas tem sido outra predominância, por vezes associados a objectos de jardinagem, Me and my nature, na Casa da Cultura de Santa Cruz, 2002; Sementes e outras naturezas, na Galeria Serpente, Porto, 2004; Chlorophyll Room, no Museu de Arte Contemporânea, Funchal, 2007; Paisagem, Galeria Trema, Lisboa, 2011, onde cobriu três paredes da galeria com flores ou Estudos para paisagem na Galeria dos Prazeres em 2013 são exemplos. Neste momento a sua pesquisa artística incide principalmente na gravura e fotografia. Uma nova abordagem da paisagem tem marcado o seu trabalho. A analogia entre o homem, a natureza e o próprio artista, assim como uma nova interpretação e disposição do tempo natural das estações do ano, das intempéries e do crescimento das plantas são alguns critérios a destacar nesta observação, in loco ou à distância, metódica e quase minimalista. Expõe regularmente na Galeria Serpente, no Porto.
Exposición. 12 nov de 2024 - 09 feb de 2025 / Museo Nacional Thyssen-Bornemisza / Madrid, España