Descripción de la Exposición
Gustavo Eandi apresenta individual 'Ángel Caído' na galeria Fita Tape.
Mostra marca a sexta vez que o artista expõe no Brasil.
O artista Gustavo Eandi, de Mar del Plata (Argentina), pensou sua nova exposição aproveitando o contexto específico da Fita Tape: uma galeria de arte contemporânea que coexiste com uma sala de teatro, da notória companhia Os Satyros. Conhecido por seus intrincados desenhos em grafite e pela potência gráfica de suas composições, que transitam entre galerias e museus de arte, mas também em capas de disco e publicações, Eandi parte de sua falta de familiaridade com a dramaturgia para construir uma estranha narrativa visual com desdobramentos performáticos.
Na exposição 'Ángel Caído', o artista recupera lembranças pessoais, um tanto distantes e curiosas, sobre sua relação com o teatro, que de certa forma fazem parte do inconsciente coletivo na Argentina. A diluição do imaginário e da iconografia clássica do teatro na internet, assim como uma imersão nos arredores da Praça Roosevelt, com seus teatros, aonde está localizada a galeria Fita Tape, também influenciaram a direção das obras. Nessa mistura de memória e pesquisa, Eandi altera e recontextualiza imagens, incluindo vídeos, e atuações, colaborando com atores em uma performance que acontece durante a noite de abertura da exposição.
O traço do artista está presente em desenhos como, por exemplo, a composição abstrata em grafite sobre papel "Improvisacíon de Contacto", aonde formas geométricas praticam o conhecido exercício de improvisação corporal. Em outros casos, o trabalho manual está disfarçado de impressão, como nas intervenções tipográficas pintadas em acrílico sobre três posteres de filmes antigos. E em algumas obras, o traço desaparece por completo, com serigrafias sobre vidro, fotos e um baixo relevo em mármore, ainda assim coerentes em sua estranheza.
Entre a grande variação de técnicas e de estratégias expressivas apresentadas na exposição, surge uma narrativa experimental, entre a comédia e o drama, entre a arte contemporânea e o design gráfico. O atrito entre as diferentes linguagens e mensagens manipuladas pelo artista é intencional e característico de sua obra, mas agora recebe um protagonismo sem precedentes.
Sobre o artista:
Gustavo Eandi (Mar del Plata/Argentina, 1981) é um artista de formas e mensagens complexas, muitas vezes enigmáticas. Eandi ficou conhecido por criar imagens que lidam com temas tradicionalmente acadêmicos da arte, mas que também apresentam um âmago definitivamente underground. Suas principais exposições individuais incluem Disciplina (LOGO, São Paulo, 2013), Guided By Tourists (Galeria I /_, Buenos Aires, 2011), New Bored (Atelier Vanntårnet, Kongsvinger, Noruega, 2010). Dentre as coletivas, destacam-se Fonte (galeria Fita Tape, Porto Alegre, 2014), Lista II (LOGO, São Paulo, 2013), Além da Forma (Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, 2012), Oh Hell (Insight Gallery, Los Angeles, 2012), B.C. #2.1 (Beach London, Londres, 2012), B.C. #2 (Mexico Project Space, Leeds, 2012) e Preguntame Como! (LOGO, São Paulo, 2011). Eandi publica zines de arte regularmente, trabalhando inclusive com editoras como a inglesa Landfill Editions e a australiana Smalltime Books. É um colaborador gráfico constante do cultuado selo musical norte-americano Stones Throw Records. Suas obras integram as coleções do Instituto Figueiredo Ferraz e da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Sobre a galeria Fita Tape:
A galeria Fita Tape foi fundada em 2009 por Lucas Ribeiro, mais conhecido como Pexão, após cinco anos de atuação como curador e galerista na pioneira galeria Adesivo, ambos espaços em Porto Alegre. Em sua primeira fase, a Fita Tape realizou 15 exposições, mostrando o trabalho de mais de 60 artistas.
Com a mudança de Lucas para São Paulo, trabalhando na curadoria da versão paulistana da mostra TRANSFER (que aconteceu no Santander Cultural em 2008 e no Pavilhão das Culturas Brasileiras em 2010) e na posterior fundação da galeria LOGO (que existiu de 2011 a 2015), à partir de 2013 a Fita Tape deixou de ter um endereço fixo. A trajetória da galeria seguiu através de projetos em espaços expositivos pop-up, em parceria com marcas e instituições, em Porto Alegre, no Rio e, no ano passado, participando da feira SP-Arte/Foto.
Em 2016, a galeria Fita Tape voltou a ter um endereço fixo, desta vez na cidade de São Paulo. O novo e amplo espaço da galeria localiza-se na renovada Praça Roosevelt, dentro do centro cultural Estação Satyros, que também conta com uma sala de teatro. A relação com a praça, seu público, incluindo muitos skatistas, e com a dramaturgia enriquece o programa da galeria, que, além do interesse em linguagens visuais, já conta com pesquisas relacionadas a skate, performance e narrativa.
A nova fase da Fita Tape marca a entrada da belga Julie Dumont para a sociedade da galeria. Mais conhecida pelo trabalho como adida de cooperação entre a Bélgica e o Brasil, Julie, que também atua como curadora em projetos independentes, desenvolve as relações internacionais com artistas, instituições, curadores e outras galerias. Neste novo momento, a Fita Tape também estabelece, pela primeira vez, uma relação de representação com artistas, iniciando os trabalhos com Lilian Maus, Gustavo Eandi, Patricia Furlong e Sesper.
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