Angela Detanico e Rafael Lain (Caxias do Sul, Brasil) começaram a expor em 2001.
Os seus trabalhos relacionam-se com várias tendências artísticas que animaram as vanguardas modernistas brasileiras, como sejam o concretismo, a poesia visual do grupo de Noigandres ou a arte digital. Numa época em que muitos aspetos destas vanguardas integram o quotidiano, a sua referência apresenta uma dimensão lúdica, senão mesmo irónica, a partir das ambiguidades produzidas pelas suas obras. Nestas, a linguagem parece ter tomado conta de tudo, pois constroem-se a partir de um uso voluntariamente impróprio do trabalho de codificação e descodificação, que carateriza o fluxo da informação nas sociedades contemporâneas. É nestes desvios do impróprio que encontramos o infinito trabalho da linguagem, compondo e decompondo o mundo. E assim a linguagem pode aceder de novo à sua experimentação plena.