Descripción de la Exposición
Com obras de Alan Tod, Amy Youngs, Andy Gracie, António Caramelo, Brandon Ballengé, Carla Rebelo, Erich Berger, Felipe Shibuya e Pedro Cruz, Ken Rinaldo, Robertina Sebjanic e Lena Ortega, Victoria Vesna.
Marta de Menezes, a bio-artista portuguesa cujo reconhecimento nacional e internacional a distingue no panorama global, aceitou o desafio de pensar uma exposição que inscreve as relações entre arte, ciência, ambiente e sociedade no âmago da arte contemporânea.
A curadora desafiou um grupo de artistas para uma exposição que se propõe funcionar à semelhança do sistema imunitário de um organismo vivo. Procura-se assim criar um efeito de escala (da escala orgânica das células, tecidos e órgãos à escala planetária, com os ecossistemas), atualizando os questionamentos que revelam que as relações complexas e entrelaçadas das comunidades locais e mundiais, compostas por membros humanos e não humanos, são absolutamente fundamentais e críticas para a adaptação de nós mesmos a um futuro possível, e para a nossa (re)inclusão no complexo e maravilhoso sistema de vida que faz parte do nosso planeta.
A exposição Alter(ação) assume assim um potencial híbrido, explorando as possibilidades do físico e do virtual, bem como as da contaminação entre arte e sociedade (ou artista e públicos), valorizando o pensamento e a criação na busca de estratégias adaptativas que temos urgentemente de desenvolver para enfrentar as mudanças rápidas e repentinas pelas quais estão a passar as nossas vidas, sociedades, ecossistemas e meio ambiente.
Alter(ação) inclui obras de artistas nacionais e internacionais sobre temas relacionados com a biodiversidade, o colapso de civilizações, questões de evolução, de adaptação e ecologia. Obras que refletem os tempos em que vivemos, os constrangimentos que enfrentamos, a vontade de repensar o que o futuro nos pode trazer.
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Marta de Menezes é uma artista portuguesa, licenciada em Belas Artes pela Universidade de Lisboa, mestre em História da Arte e Cultura Visual pela Universidade de Oxford, e doutoranda na Universidade de Leiden. Tem vindo a explorar a interseção entre Arte e Biologia, trabalhando em laboratórios de investigação e demonstrando que novas tecnologias biológicas podem ser usadas como um novo meio para a arte.
Em 1999, Menezes criou a sua primeira obra de arte biológica ao modificar os padrões das asas de borboletas vivas. Desde então, tem utilizado diversas técnicas biológicas, incluindo a ressonância magnética funcional do cérebro para criar retratos onde a mente pode ser visualizada; sondas de DNA fluorescente para criar micro-esculturas em núcleos de células humanas; esculturas feitas de proteínas, de DNA ou incorporando neurónios vivos ou bactérias.
Atualmente é a diretora artística do Ectopia, um laboratório de arte experimental, em Lisboa, e Diretora da Cultivamos Cultura, no Sul de Portugal.
Exposición. 17 dic de 2024 - 16 mar de 2025 / Museo Picasso Málaga / Málaga, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España