Descripción de la Exposición
Na exposição “Além do Limite” marcamos um encontro com a Arte de boa qualidade.
Essa, resultante do Talento de pessoas que ultrapassam qualquer obstáculo para manter um diálogo social, expressando-se com Amor e Competência.
A diferença não faz parte do vocabulário desse grupo de artistas, embora a manifestação artística e linguagem sejam individuais e diversas.
A técnica é pessoal, e na maioria das vezes, inicialmente, resultado de tentativa e erro, e não de formações acadêmicas.
As formas, as cores, os tamanhos são distintos, mas o cuidado é o mesmo, e com alto nível de exigência.
Com tantos aspectos contrastantes, o que de fato reuniu os participantes dessa Mostra?
Todos têm como Alvo a Perfeição
A produção e curadoria desta mostra, sob a responsabilidade do Espacio Uruguay e Mauricio Moura, compreendem que aqui se construiremos uma ponte de igualdade, com alicerces de sonhos realizados.
Trata-se uma exposição inclusiva.
A exposição, por sua importância cívica, e senso estético, atraiu a atenção de Amigos das Artes, Designers de Joias, que se incorporaram ao Projeto trazendo para a Mostra, suas peças, também resultantes de tanta sensibilidade.
OS ARTISTAS
Artistas Plásticos: Alexandre Kiyoshi, Anna Bonucci, Cida Dehira, Daniel Ferreira, Dante Falla, Giorgia Bueno Gino, Gonçalo Borges, Jadson Moisés Luna, João Maia, Marcos França, Mario Giacoya, Nathalia Lopes Vieira, Osmar Santos,
Paula Regina Furtado, Pérola Ventura, Rony Diskin, Sidney Tobias, Valdir Gonçalves.
Designers de Jóias: Biane Motta, Elissa Inoue, Gislaine Ribeiro, Marcia Mizutah, Raquel Queiroz.
Designer Convidada: Kristhel Byancco
Curadoria: Carla Mourão e Mauricio Moura
Todas as peças dessa exposição poderão ser comercializadas, e os adquirentes levarão, além de sua compra, um Certificado de Cidadania Inclusiva.
PALAVRAS DA CURADORIA
ALÉM DO LIMITE
A exposição “Além do Limite”, realizada no Espacio Uruguay, busca resgatar o protagonismo de pessoas com deficiência, na sociedade, através da exibição, de algumas de suas obras de arte, sejam elas plásticas, música, literatura, teatro, cinema, dança, fotografia, entre outras.
Nosso objetivo é eliminar barreiras, principalmente as atitudinais, que são as maiores responsáveis pela manutenção da invisibilidade imposta às pessoas com deficiência, e que fazem com que suas competências e potencialidades criativas permaneçam cerceadas. Queremos conhecer seus trabalhos, suas técnicas, suas motivações, apreciá-los e torná-los acessíveis a todos os públicos. O objetivo de todo artista é ser reconhecido como tal, ter suas obras divulgadas, expostas e receber o retorno do público sobre os seus trabalhos.
Temos certeza de que, ao tomar contato com os artistas e as obras desta exposição, o público poderá aprender um olhar novo e transformador. Ao explorar a arte, as ideias, as produções e os relacionamentos sociais de pessoas com deficiência, estaremos estimulando o desenvolvimento legítimo de ações que promovem o empreendedorismo, a inclusão social, o trabalho e geração de renda para esses cidadãos, além de uma troca de experiências muito rica entre todos os presentes.
Será ocasião também de discutir a necessidade de bons projetos destinados à implementação das políticas públicas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência – seja ela física, intelectual, auditiva, visual ou múltipla.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% da população possui algum tipo de deficiência. No Brasil, cerca de 45.606.048 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o equivalente a 23,9% da população geral, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Essa deficiência pode ser visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Ainda segundo o censo do IBGE de 2010, a deficiência mais recorrente no Brasil é a visual (18,6%), seguida da motora (7%), da auditiva (5,10%), e, por fim, da deficiência mental ou intelectual (1,40%).
É necessário, portanto, que a sociedade se transforme no sentido de proporcionar uma inclusão efetiva. Para isso, precisamos incentivar a realização de campanhas de conscientização pública, objetivando o respeito pela autonomia, equiparação de oportunidades e inclusão social da pessoa com deficiência, eliminando todas as formas de discriminação contra a pessoa com deficiência, incluindo crianças, idosos e pessoas com restrições temporárias ou permanentes, propiciando assim sua plena inclusão à sociedade.
Pessoas com deficiência não podem ser privadas de apreciar ou praticar quaisquer atividades artísticas, por isso devemos ficar atentos se instituições ou órgãos estão respeitando a acessibilidade dessas pessoas. A falta de espaços culturais com acessibilidade plena reafirma uma lacuna na vida das pessoas com deficiência, impedindo-as de usufruir a vida como as demais pessoas e fazendo, assim, com que se sintam excluídas.
Vale lembrar, no entanto, que acessibilidade não é apenas implantação de rampas de acesso ou banheiros adaptados. Trabalhar em prol da inclusão exige investir sistematicamente na transformação do meio social. Para isso, são necessárias mudanças constantes no ambiente, capacitação de funcionários e uma série de medidas, com efeito, no curto, médio e longo prazo.
A Constituição de 1988, em seu Art.5º prevê a igualdade entre todos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e os estrangeiros residentes do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade no País a inviolabilidade...e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, Lei n° 13.146, de 6 de Julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) foi instituída para assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando a sua inclusão social e cidadania.
Especificamente, no artigo 42 a LBI-Lei Brasileira de Inclusão determina que a pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Sendo assim, é de responsabilidade não só do governo como de toda a sociedade criar condições capazes de fazer com que as pessoas que enfrentam situações desiguais consigam atingir os mesmos objetivos.
Além disso, a falta de informação e de convivência são fatores que geram preconceitos e discriminação; são barreiras que precisam ser superadas. Atualmente, apesar de tantas dificuldades, devemos reconhecer que um processo de transformação está acontecendo, ainda que lentamente.
Procurando o bem para nossos semelhantes, encontramos o nosso. (Platão).
Evidências arqueológicas nos fazem concluir que no Egito Antigo, há mais de cinco mil anos, a pessoa com deficiência integrava-se nas diferentes e hierarquizadas classes sociais (faraó, nobres, altos funcionários, artesãos, agricultores, escravos). A arte egípcia, os afrescos, os papiros, os túmulos e as múmias estão repletos dessas revelações. Os estudos acadêmicos baseados em restos biológicos, de mais ou menos 4.500 A.C., ressaltam que as pessoas com nanismo não tinham qualquer impedimento físico para as suas ocupações e ofícios, principalmente de dançarinos e músicos.
Língua de sinais apresentada por Pablo Bonet em seu livro Reduction de las letras y arte para ensenar a hablar los mudos.
O BRAILLE é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos. Cada célula permite 63 combinações de pontos. Podem-se designar combinações de pontos para todas as letras e para a pontuação da maioria dos alfabetos. Vários idiomas usam o BRAILLE. Pessoas com prática conseguem ler até 200 palavras por minuto.
Pesquisa e Texto de Marcia Peçanha e Mauricio Moura
Exposición. 05 dic de 2018 - 21 ene de 2019 / Espacio Uruguay / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Exposición. 14 nov de 2024 - 08 dic de 2024 / Centro de Creación Contemporánea de Andalucía (C3A) / Córdoba, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España