Descripción de la Exposición
Espaços imaginários, oníricos, conduzidos não apenas pela idéia de paisagem, mas principalmente pela escolha da cor. Essa é a síntese das pinturas que o artista Alexandre Wagner exibe em Água-viva, mostra em cartaz a partir de 27 de maio no espaço físico e também na plataforma de Viewing Room da Galeria Marília Razuk.
A exposição reúne cerca de 30 pinturas em pequeno e médio formato, obras realizadas entre 2019 e 2021 – feitas em grande parte dentro do período da pandemia -, nas quais Alexandre convida o espectador a se aproximar das pinturas, a olhar de perto sua superfície. Seus trabalhos sugerem paisagens, pássaros, estrelas, pedaços do mundo que se desmancham através de pontos de cor e pinceladas rápidas.
Nas pinturas de Alexandre, os elementos presentes nas composições podem operar dentro e fora de determinados signos. Um acúmulo de pinceladas sugere uma mata e instantaneamente torna a ser um amontoado de marcas. Nas palavras do artista, a “possibilidade de uma coisa deixar de ser imediatamente o que parece ser” é característica fundamental do processo. “Quando isso acontece, sinto que o trabalho permanece em atividade, que continua gerando sentidos porque não pôde ser nomeado de forma definitiva. Se três traços se parecem com pássaros, o trabalho diz que antes de tudo são tinta, são marcas sobre uma superfície”, diz Wagner.
À este artista mineiro e radicado em São Paulo também interessa se relacionar com coisas pequenas e abandonadas. Suas obras ganharam nomes de espécies de plantas como Assa-peixe, Cambará e Apaga-fogo, tipos de plantas invasoras comuns em terrenos baldios e beiras de estrada. Nomeiam as pinturas também alguns pequenos locais de Minas Gerais como Santa Luzia ou Heliodora. São parte da construção do imaginário do artista, ponto que evidencia sua intenção de estabelecer um certo estranhamento nas possíveis relações entre os trabalhos.
Sobre o artista
Alexandre Wagner (1986) – Nascido em Belo Horizonte, atualmente vive e trabalha em São Paulo. Cursou artes visuais pela UFMG com Habilitação em pintura, em 2011. Desde 2013 participou de diversas exposições coletivas, destacando-se a 11ª edição do Abre Alas, na Galeria Gentil Carioca, Rio de Janeiro, com curadoria de Lívia Flores, Michelle Sommer e Daniel Steegmann Mangrané, a coletiva Oito Artistas na Galeria Mendes Wood DM com curadoria de Lucas Arruda e Bruno Dunley, e Um desassossego, na galeria Estação a convite de Paulo Pasta, com curadoria de Germana Monte-Mór, e a recente um lugar lugar nenhum: paisagens contemporâneas, com curadoria de Rodrigo Andrade. Em 2018 fez suas duas primeiras exposições individuais: Sol da Noite Galeria Bolsa de Arte e Pequenos Formatos na Baró Galeria, São Paulo.
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