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Agora: Right Now

Exposición / Galeria Nara Roesler - São Paulo / Avenida Europa, 655 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
28 may de 2022 - 23 jul de 2022

Inauguración:
28 may de 2022

Precio:
Entrada gratuita

Comisariada por:
Claudia Calirman

Organizada por:
Galeria Nara Roesler

Artistas participantes:
Berna Reale

ENLACES OFICIALES
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Etiquetas
Fotografía  Fotografía en Sao Paulo  Instalación  Instalación en Sao Paulo  Pintura  Pintura en Sao Paulo 

       


Descripción de la Exposición

Nara Roesler São Paulo tem o prazer de apresentar Agora: Right Now, individual de Berna Reale com curadoria de Claudia Calirman. A mostra abre ao público dia 28 de maio e permanece em exibição até 23 de julho de 2022. Reale, conhecida por sua prática performática de contundente discurso político, apresenta um novo corpo de trabalho, entre fotografias, instalações e, pela primeira vez, pinturas. Agora é uma palavra que comunica a urgência, convocando nossa atenção para os acontecimentos do presente, assim, a escolha do título da terceira individual de Reale na Nara Roesler visa ressaltar a ideia de atualidade. Para isso, Berna Reale busca na linguagem da moda, em suas cores e abordagens publicitárias, as formas para comunicar o modo como a mídia contemporânea lida com a violência. Assim como as passarelas e revistas ditam tendências que serão superadas instantes depois, os veículos de comunicação passam de um crime a outro, sempre com imagens impactantes a serem consumidas pelo público. Por outro lado, a mostra nos lembra que o tempo da violência é também o tempo presente, tendo em vista que, a cada instante, em algum lugar do mundo, alguém é vítima de alguma forma de agressão. Observando isso, Reale criou uma série de fotografias que poderiam facilmente estar em publicações de moda e outdoors, se não fosse a estranheza dos acessórios que elas parecem anunciar, tais como algemas, em Cabeças raspadas (2022), e tornozeleiras eletrônicas, em Ligadas (2022) e Acorda Alice (2022). Apesar de serem imagens construídas pela artista, Reale não visa celebrar ou estetizar ações abomináveis, justamente por compreender os riscos da banalização da violência. Na realidade, para revelar seus efeitos, apontar os algozes e evidenciar os modos como a violência é fetichizada e espetacularizada na cultura, a artista recorre muitas vezes à alegoria como estratégia, construindo imagens cuja força reside justamente na abertura de sentidos possíveis e na abrangência com que lida com o tema da violência. Em uma das salas da galeria, revestida – das paredes ao chão – de prateado, encontram-se seis pinturas à óleo sobre chapas de metal, portando representações de corpos violentados. Essas pinturas de Reale são, nas palavras da artista, “sobre a realidade, sem serem realistas”. A artista não está preocupada em representar a violência tal como ela a encara em seu trabalho como perita criminal no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém, mas de recriá-la de modo a evidenciar a ambiguidade de nossa relação com essas imagens. Como os títulos dos trabalhos apontam - Olhe para mim, Ela disse não, e Desistir, para citar alguns - essas pinturas instauram o fascínio e o horror, o desejo e a abjeção. Reale também apresenta, uma instalação que, assim como O tema da festa (2015), joga com a ambiguidade entre a celebração e a violência. A artista constrói uma mesa, sobre a qual estão dispostas diversas formas de bolo de metal, em diferentes tamanhos e formatos. A superfície imaculada do metal, contudo, é marcada por perfurações que criam representações de armas brancas, criando riscos e reentrâncias que são rastros de gestos agressivos capazes de modificar, de modo incontornável, o material. Em especial, Reale se debruça sobre temas que lhe são caros: a violência contra identidades subalternizadas em nossa sociedade, como o feminicídio e a lgbtfobia, sem, contudo, se restringir à elas. O que interessa à artista é, por fim, nos retirar do estado de indiferença disseminado pela banalização da mídia. Suas imagens provocadoras têm o poder de nos perturbar e nos acompanhar, mostrando a urgência de lidar com as políticas da violência do presente. Como sintetiza a curadora Claudia Calirman “Ao disparar contra diversas formas de injustiças sociais, o trabalho de Berna Reale tem uma mira certeira. Criando situações limite, sua obra é lúdica ao mesmo tempo em que beira o absurdo causando espanto e desconcerto. O tempo retratado por Reale na exposição Agora: Right Now é o presente impregnado da violência que está em todo lugar, profanando e devastando o aqui e agora.” Berna Reale Berna Reale é uma das artistas mais importantes no cenário brasileiro atual, sendo reconhecida como uma das principais expoentes da prática de performance no país. Reale iniciou sua carreira artística no começo da década de 1990. Seu primeiro trabalho de grande impacto, Cerne (25º Salão Arte Pará, 2006), intervenção fotográfica realizada no Mercado de Carne do Complexo do Ver-o-Peso, conduziu a artista ao Centro de Perícias Renato Chaves, onde passou a trabalhar como perita a partir de 2010. Desde então, Reale tem explorado seu próprio corpo como elemento central da produção de suas performances, fotografias e vídeos. Seus trabalhos, marcados pela abordagem crítica aos aspectos materiais e simbólicos da violência e aos processos de silenciamento presentes nas mais diversas instâncias da sociedade, investigam a importância das imagens na manutenção de imaginários e ações brutais. A potência de sua produção reside na contraposição entre o desejo de aproximação e o sentimento de repulsa, ressaltando a ironia que resulta da combinação entre o fascínio e a aversão da sociedade pela violência. A fotografia, nesse contexto, desempenha um papel fundamental. Ela não é apenas o meio de registro de suas ações, capaz de perpetuá-las, mas um desdobramento de seu processo de criação. Nascida em Belém do Pará, Brasil, em 1965, Berna Reale vive e trabalha em sua cidade natal. Algumas de suas exposicões individuais recentes incluem: While You Laugh, na Galeria Nara Roesler (2019), em Nova York, Estados Unidos; Festa, no Viaduto das Artes (2019), em Belo Horizonte, Brasil; Deformation, no Bergkirche (2017), e Berna Reale – Über uns / About Us, na Kunsthaus (2017), ambas em Wiesbaden, Alemanha; Berna Reale: Singing in the Rain, no Utah Museum of Contemporary Art (UMoCA) (2016), em Salt Lake City, Estados Unidos; Vazio de nós, no Museu de Arte do Rio (MAR) (2013), no Rio de Janeiro, Brasil. Entre mostras coletivas recentes, encontramos seus trabalhos na: 3ª Beijing Photo Biennial, China (2018); 56ª Bienal de Veneza, Itália (2015); além de Brasile. Il coltello nella carne, no Padiglione d’Arte Contemporanea Milano (PAC-Milano) (2018), em Milão, Itália; Video Art in Latin America, II Pacific Standard Time: LA/LA (II PST: LA/LA), no LAXART (2017), em Hollywood, Estados Unidos; Artistas comprometidos? Talvez, na Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) (2014), em Lisboa, Portugal. Suas obras fazem parte das coleções do: Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Kunsthaus Wiesbaden, Wiesbaden, Alemanha; Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; e JW Collection, Atlanta, Estados Unidos. nara roesler Nara Roesler é uma das principais galerias brasileiras de arte contemporânea, representando artistas brasileiros e internacionais fundamentais que iniciaram suas carreiras na década de 1950, bem como artistas consolidados e emergentes cujas produções dialogam com as correntes apresentadas por essas figuras históricas. Fundada por Nara Roesler em 1989, a galeria tem consistentemente fomentado a prática curatorial, sem deixar de lado a mais elevada qualidade da produção artística apresentada. Isso tem sido ativamente colocado em prática por meio de um programa de exposições criterioso, criado em estreita colaboração com seus artistas; a implantação e estímulo do Roesler Curatorial Project, plataforma de iniciativas curatoriais; assim como o contínuo apoio aos artistas em mostras para além dos espaços da galeria, trabalhando com instituições e curadores. Em 2012, a galeria ampliou sua sede em São Paulo; em 2014 expandiu para o Rio de Janeiro e, em 2015, inaugurou um espaço em Nova York, dando continuidade à sua missão de oferecer a melhor plataforma para seus artistas apresentarem seus trabalhos.


Entrada actualizada el el 20 jun de 2022

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