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Abalo II

Exposición /
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Cuándo:
27 sep de 2018 - 06 oct de 2018

Inauguración:
27 sep de 2018 / 19:00

Horario:
Terça feira a Sábado, das 14h00 às 20h00

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galeria Foco

Artistas participantes:
Nádia Duvall

       


Descripción de la Exposición

A galeria Foco apresenta "ABALO II", uma exposição de Nádia Duvall que vem de uma longa investigação durante o período de mestrado na FBAUL da artista. "ABALO II" segue em continuidade da exposição "ABALO I" actualmente patente na Galeria MUTE. A pele encobre profundas revelações. E, quando se revela…. É um abalo quase impossível de olhar… Os olhos e a boca são engolidos, enquanto que o ser (na sua imensa elasticidade) curva-se sobre si mesmo, perante o seu corpo vazio.... completamente despojado. O mundo existe e deixa de existir. É tudo. É nada. É uma imensidão…um grito. Surge o riso, o choro e talvez (com sorte) a morte. As memórias são a minha cruz. Carrego-as penosamente ora ansiando ora temendo a amnésia. Memórias… Tudo se revela através delas e no entanto toda a ficção brota louca desse lugar mnemónico. O que é real? O que é ficção? Quem sou eu? Que processo é exigido para que a pele se dispa e se revele? Para que o corpo dance nu até morrer de orgasmo? Nesta exposição são-nos re-veladas as várias intermitências da pele e dos seus respectivos processos. O non sense é colhido e composto numa instalação, onde coletivamente adquire significados, do nada passa a tudo, ou pelo menos a qualquer coisa. Uma máquina epilética, uma mostra esquizofrénica de olhos arregalados. Esta instalação é uma alegoria ao meu próprio atelier. Foi organizada inspirada nos quartos dos heterónimos que habitavam esse lugar. É uma exposição desse espaço íntimo, escuro e primordial e está dividida em cinco sectores: primeiro entramos e percorremos um corredor escuro onde vozes se interpelam e sobrepõem numa cacofonia esquizofrénica. Ao fim do corredor, Matilde fala-nos “Eu, Matilde, digo e afirmo que Deus parou precisamente aqui”. A partir deste momento entramos nos “quartos”, ou pelo menos num vislumbre desse lugar. No terceiro sector além dos auto-retratos em polaroid, encontramos o espaço de Louise Duvall, com “peles” penduradas, uma “receita para fazer um corpo” e parte da sua pesquisa alquímica em busca da “pele perfeita”. Entramos no quarto sector: nele fotografias polaroid surgem-nos. Do seu instante, revelam-nos corpos, rostos, próteses, ambientes. Revelam-nos partes de cada uma das mulheres que me habitam: Alice, Mar, Odette, Emily, Matilde, Louise, Helena, o Demónio-Pássaro e por fim Constança, recentemente falecida. Ao centro, numa cama branca, uma escultura repousa. Uma traqueia ou uma coluna vertebral? Talvez seja o que sobrou de um corpo que saiu correndo, eufórico... Aos pés da cama descobrimos um carro vermelho de brincar, uma memória de Alice. À cabeceira um instante do corpo do Demónio-Pássaro, autopsiado. É um morto-vivo. Enquanto isso, na sala ao lado outras vozes falam. Agora mais claras… São elas. São minhas. Talvez não sejam… Talvez apenas o sejam. É um corpo a sete vozes e berros de um pássaro… daqueles que gritam porque não sabem cantar…daqueles jurássicos que engolem um Homem por inteiro. Escutamos…ouvimos… Entramos. Aqui as vozes são mais fortes. É proibida a entrada! O Demónio-Pássaro não pode sair… “Olhos cegos, olhos cegos, o ânus está prestes a parir!” [disse Constança, dissertação, p.99] Memórias, ficção, desejo… é o processo da pele, um processo de intermitências, um processo de amor, um processo de morrer… …vezes e vezes sem conta… texto por Emily Ham -------------------------------------- A artista Luso-argelina nasceu em 1986 e a sua obra revela-se essencialmente auto-biográfica, fundindo a pintura, literatura, performance, video e instalação. Licenciou-se em Artes Plásticas pela ESAD, Caldas da Rainha em 2008. Neste mesmo ano é galardoada com o Prémio REVELAÇÃO do BANIF, tendo como juris José Augusto França, Silvia Chicó e Rui Mário Gonçalves. Em 2010 recebeu o prémio/bolsa da DG Artes com o "PROJECT SKIN". Em 2016, ganhou a Bolsa/Prémio Jovens Criadores do Centro Nacional de Cultura, com o projeto "TITHEMI" no qual desenvolve o seu conceito de “próteses mentais” do heterónimo Helena. Em 2018 terminou o Mestrado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes (FBAUL), Lisboa onde dedicou a sua investigação à pele, heteronímia e processo através da psicanálise e da filosofia, temas que terão a sua continuidade na sua investigação de Doutoramento. Desenvolve o projeto "THE CAVE" no qual o atelier é aberto ao público relevando os quartos de cada um dos heterónimos (actualmente 8). Ususfruiu do mecenato do BANIF atribuindo-lhe este um atelier de 2008 a 2017. Em 2018 criou a editora de livros Edições de Buraco para publicar os seus textos literários e dos seus heterónimos. Expõe regularmente em exposições individuais e colectivas desde 2006 em território nacional e internacional.


Imágenes de la Exposición
Nádia Duvall — Cortesía de la Galeria Foco

Entrada actualizada el el 26 sep de 2018

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