Inicio » Agenda de Arte

A Sua Estupidez

Exposición / Fortes D’Aloia & Gabriel - Carpintaria / Rua Jardim Botânico 971 / Rio de Janeiro, Brasil
Ver mapa


Cuándo:
09 jul de 2022 - 20 ago de 2022

Inauguración:
09 jul de 2022 / 15 a 18 h.

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Fortes D'Aloia & Gabriel (ex-Galería Fortes Vilaça)

Artistas participantes:
Bárbara Wagner & Benjamin de Burca , Erika Verzutti, Gokula Stoffel, Iran do Espirito Santo, Ivens Machado, Jorge Velloso Borges Leão Teixeira - Barrão, Lenora de Barros, Márcia Falcão, Mauro Restiffe, Rivane Neuenschwander, Rodrigo Cass, Rodrigo Saad - Cabelo, Tiago Carneiro da Cunha, Yuli Yamagata

ENLACES OFICIALES
Web 

       


Descripción de la Exposición

Apropriando-se da expressão “reserva de valor”, chavão do mercado financeiro por vezes usada para definir o investimento na compra de uma obra de arte, aplica-se aqui uma interpretação mais subjetiva. A obra de arte é de fato reserva de valor, é um objeto no qual o artista depositou imensas cargas de valores, é uma coisa continente que preserva em si valores caros ao artista, valores muitas vezes ameaçados mundo afora. A arte é a experiência dos valores encarnados nos objetos, valores que são ativados em nossa relação com a obra. As 26 obras integrantes dessa exposição coletiva disparam vivências de valores e princípios diversos, porém não divergentes. Mesmo tendo sido criados em tempos e ambientes distintos, ao serem expostos juntos agora, todos os trabalhos convergem para o campo sociopolítico atual. Um conjunto se forma ocupando esse campo com força e fisicalidade, ressoando um valor comum: o valor do protesto. Há pouco mais de dois meses para a eleição presidencial que poderá nos aliviar do nosso martírio nacional, esse protesto em forma de exposição de arte vem nos empurrar para o sentido de urgência. A Sua Estupidez torna-se então uma mensagem direta remetida coletivamente ao inominável que nos governa. A Sua Estupidez é a expressão da denúncia, a encarnação da revolta, a manifestação da liberdade de negar o que se despreza, a representação do que não nos representa. A exposição se desdobra como um percurso de epifanias possíveis. Cabe ao visitante tomar para si os elementos disparadores, absorvê-los, traduzi-los em sensações e pensamentos. De cara, a transposição das estrelas outrora presentes na colorida bandeira brasileira para a seda preta na obra de Iran do Espírito Santo. Em frente, o vídeo Terremoto Santo de Bárbara Wagner & Benjamin de Burca (atualmente também em cartaz no New Museum de Nova York), retrata uma comunidade de fiéis crentes cantadores de Gospel no território Brasilis. Na sequência, as fotos-performance de Ivens Machado, seu corpo atado com gaze, tensão e pressão em plena ditadura militar. Sua escultura de cacos de vidro encrustados em cimento pesa sobre o olhar, assim como pesa a escultura imagética de Espírito Santo, na forma de uma janela reflexiva de granito preto. Nas pinturas de Gokula Stoffel e Cabelo, seres delineados em vermelho parecem pressionados por pinceladas grossas e intensas que adensam o ambiente compositivo. A figura de Exu em forma de escultura serve de suporte para Luz com Trevas, videoclipe de Cabelo que se apropria de trechos de filmes do cinema marginal — como O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla — para convocar à união dos povos por liberdade e direitos. O relevo de bronze de Erika Verzutti se nomina em forma e título: Demônio! Também nominal e direta, a Hydra Pantanal de Rivane Neuenschwander reinterpreta um inferno Dantesco na era capitalista. As fotos de Mauro Restiffe estabelecem o contraste dos empossamentos em Brasilia, a capital dos desmandos atuais. Tiago Carneiro da Cunha, em pintura e escultura, nos apresenta personagens arquétipos da perdição, ao mesmo tempo assustados e assustadores. Rodrigo Cass, em uma escultura e um vídeo, trata da instabilidade e da ruptura, de armas brancas que rompem corpos frágeis, de quebras. Márcia Falcão nos obriga a encarar a dor do corpo feminino violentado, o sangue na matéria da tinta. Lenora de Barros protesta o silêncio com marteladas ruidosas, violentas. A violência que também se encarna nos relevos pictóricos de Yuli Yamagata, de onde saltam olhos esbugalhados e mãos tesas, como num filme B de terror. Ao fim, como uma mensagem de rádio para o futuro próximo, a escultura de Barrão acena com uma bandeira branca, um gesto de amor, um apelo. Porque, afinal, isso tem que mudar. Porque, como bem disse a canção, a sua estupidez não é normal!


Entrada actualizada el el 14 jul de 2022

¿Te gustaría añadir o modificar algo de este perfil?
Infórmanos si has visto algún error en este contenido o eres este artista y quieres actualizarla.
ARTEINFORMADO te agradece tu aportación a la comunidad del arte.
Recomendaciones ARTEINFORMADO

Premio. 17 sep de 2024 - 27 nov de 2024 / España

VII Puchi Award

Ver premios propuestos en España

Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España

Darse la mano. Escultura y color en el Siglo de Oro

Ver exposiciones propuestas en España

Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España

Hito Steyerl. Tiempos líquidos, tiempos feudales

Ver cursos propuestos en España