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A paisagem no desenho de Millet e na poesia de Baudelaire

Exposición / Museu Calouste Gulbenkian - Fundação Calouste Gulbenkian / Av. de Berna 45A / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
21 feb de 2022 - 25 jul de 2022

Inauguración:
21 feb de 2022

Horario:
De 10 a 18 h. Cerrado los martes

Organizada por:
Fundação Calouste Gulbenkian

Artistas participantes:
Jean-Françoise Millet

ENLACES OFICIALES
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Etiquetas
Dibujo  Dibujo en Lisboa  Paisaje  Paisaje en Lisboa  Pintura  Pintura en Lisboa 

       


Descripción de la Exposición

A crítica de Charles Baudelaire à pintura de Jean-François Millet é o ponto de partida desta exposição de três obras da coleção Gulbenkian. Quando Charles Baudelaire (1821-1867) escreve uma severa crítica acerca da pintura de Jean-François Millet (1814-1875), por ocasião do Salão de 1859 em Paris, este não admite incertezas quanto ao tema da figuração na obra deste pintor. A dimensão e esforço da vida humana arduamente dedicada ao campo, que Millet procurava retratar, não passava de um desejo imaterializado que não causaria qualquer admiração ou espanto ao olhar crítico de Baudelaire. Na representação desta figura-tipo nos campos, sob a luz do amanhecer ou do entardecer, Baudelaire viu um romantismo frágil, uma encenação forçada que arruinaria, na pintura de Millet, «todas as belas qualidades que primeiro lhe atraem a atenção». Mas pode colocar-se agora a questão: poderia o crítico e poeta Baudelaire experienciar verdadeiramente a paisagem de Millet se esta não representasse a «monótona» figura-tipo na obra do pintor? Abrindo esta hipótese no presente, e propondo uma reflexão em torno da experiência da paisagem e do lugar que ocupamos diante dela, apresentam-se três obras pertencentes à Coleção Calouste Gulbenkian: um desenho de paisagem de Jean-François Millet, «Paisagem ao Entardecer» (1851-1852), e dois poemas de Charles Baudelaire reunidos em duas edições da sua conhecida obra «Les Fleurs du Mal» (1857). Esta é uma reunião que se estabelece com o propósito de dar a conhecer a evocação do mundo e dos sentimentos que esta suscita. A experiência da paisagem como uma permanente construção da imaginação mediante a representação da sua grandeza, beleza e extensão, neste caso, muito em particular, no desenho e na poesia.


Entrada actualizada el el 16 mar de 2022

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