Descripción de la Exposición
Será que tem a ver com a miopia do fotógrafo Bertrand de Gouttes? É possível.
Talvez seja também o uso da fotografia instantânea.
Porque esse nômade, parisiense de coração e alma, nunca viaja sem os seus equipamentos fotográficos, especialmente quando está descendo o rio Amazonas.
Em 2 viagens Bertrand percorreu milhares de quilômetros do Rio Amazonas, desde a fronteira brasileira, em Tabatinga, até Belém, com uma parada em Manaus, para troca de barco. Uma parte das fotografias poderão ser vistas na exposição A Longa Travessia, a partir do dia 10 de maio, na unidade Faria Lima da Aliança Francesa.
O olhar do visitante será, com certeza, surpreendido pelo resultado das imagens: cores estranhas até improváveis, paisagem quase surrealistas, às vezes fantasmáticas...!
Isso porque o trabalho de Bertrand se apoia no aleatório colorimétrico de uma fotografia que resulta do entendimento entre o papel e a química. Sua obra combina o uso de filmes Polaroid vencidos há anos (desde 2007 a produção desses filmes está suspensa) com a base na invenção da fotografia: a câmera obscura, conhecida hoje por sténopé ou pinhole.
Talvez o olhar do visitante seja afetado porque as imagens de Bertrand remetem mais à pintura do que à fotografia, seu trabalho está mais próximo de Cézanne, do que aquele produzido pelo fotógrafo americano David Lachappelle.
A Polaroid ganha cada vez mais adeptos em todo o mundo. A saturação de imagens do meio digital provoca a revisão do papel da arte contemporânea e o retorno a uma estética vintage onde o concreto, o real e palpável conflita com o digital ou imaterial.
Exposición. 13 dic de 2024 - 04 may de 2025 / CAAC - Centro Andaluz de Arte Contemporáneo / Sevilla, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España