Descripción de la Exposición
As galerias Martins&Montero e Nara Roesler apresentam Lydia A imaterialidade em tudo, mostra panorâmica da artista nipo-brasileira Lydia Okumura (São Paulo, 1948). A exposição acontecerá simultaneamente nas duas galerias, abrangendo três décadas da carreira de Okumura – dos anos 70 aos 90, e apresentará cerca de 30 obras, incluindo pinturas, esculturas e instalações em grande escala, sendo algumas destas inéditas.
Por mais de cinquenta anos, Okumura empregou a abstração geométrica para investigar a compreensão e a experiência do espaço, expandindo suas possibilidades através de forma e cor. Utilizando materiais como barbante, arame, tinta acrílica, vidro, alumínio, carvão e grafite, Okumura concebe instalações sitespecific que se relacionam diretamente à arquitetura do espaço expositivo. Nelas, planos são pintados nos cantos das paredes que se conectam por fios, resultando em formas geométricas que se projetam no campo espacial e criando a ilusão de objetos tridimensionais. Embora a sua prática possa ser enquadrada na tradição minimalista, a op art também está em jogo. Através de intervenções modestas, porém engenhosas, Okumura questiona a percepção da nossa presença corporal no ambiente.
No campo da pintura e desenho, práticas adotadas a partir do início dos anos 70, Lydia se mantém fiel aos seus questionamentos e segue propondo as mesmas questões espaciais. Suas composições abstratas simulam configurações geométricas em espaços arquitetônicos onde o uso da cor é crucial para sugerir tridimensionalidade através de variações cromáticas.
Lydia faz parte de grupo de artistas como Tomie Ohtake, Lygia Clark, Lygia Pape e Mira Schendel, que ajudaram a definir a arte conceitual como a conhecemos. Através de pinturas, instalações e esculturas produzidas com recursos mínimos, as obras da artista desafiam conceitos pré-concebidos de espaço. Dada essa relevância e status de referência, Lydia justifica um grande movimento colaborativo entre duas das mais proeminentes galerias do país, visando a expansão da sua presença em um momento que celebra sua carreira e contribuição à arte.
Sobre a colaboração nesta projeto, as galerias compartilham visões muito claras. “Colaborações entre galerias é uma tendência super atual e, em nossa visão, uma evolução saudável e bem vinda ao nosso setor. Para nós, a união de potências representa oportunidades para ampliar a presença de uma artista seminal como a Lydia”, comenta Jaqueline Martins, sócia fundadora da Martins&Montero.
“Acreditamos que a obra de uma artista como Lydia Okumura pode render diálogos muito interessantes e prolíficos com os artistas de nosso programa. A parceria com a Martins&Montero surgiu da vontade em comum que temos em fazer com que a obra de Okumura possa alcançar públicos cada vez maiores dentro e fora do Brasil”, acrescenta Alexandre Roesler, sócio e diretor da Nara Roesler.
Sobre lydia okumura
Lydia Okumura iniciou sua carreira artística na década de 1970. Tendo inicialmente se interessado pela cerâmica, cursou artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) entre 1970 e 1973, momento em que tomou contato não apenas com o legado deixado pela abstração geométrica brasileira, como também com movimentos artísticos internacionais que lhe eram contemporâneos, como a Arte Conceitual, cada vez mais forte no Brasil, e o Minimalismo. Dessas investigações, surgem trabalhos em diferentes suportes, como desenho, serigrafia, litografia e xilogravura, se destacando em especial as obras instalativas site-specific, que constituem parte bastante expressiva de sua poética. Ao lado de Genilson Soares e Francisco Inarra, entre 1970 e 1974, integrou o grupo Equipe3, através do qual realizou trabalhos e ações, além de ter participado da 12ª Bienal Internacional de São Paulo (1973).
Com uma pesquisa visual que parte de elementos abstratos essenciais: planos, linhas e cores, a artista estuda as relações estabelecidas entres os mesmos, porém levando em conta um fator extra, e crucial em seu trabalho: o espaço expositivo. Utilizando materiais como cordas, chapas de ferro, lápis e carvão, cria trabalhos que transitam entre o bi e o tridimensional, se projetando da parede até o espaço expositivo.
sobre nara roesler
Nara Roesler é uma das principais galerias de arte contemporânea do Brasil, representa artistas brasileiros e latino-americanos influentes da década de 1950, além de importantes artistas estabelecidos e em início de carreira que dialogam com as tendências inauguradas por essas figuras históricas. Fundada em 1989 por Nara Roesler, a galeria fomenta a inovação curatorial consistentemente, sempre mantendo os mais altos padrões de qualidade em suas produções artísticas. Para tanto, desenvolveu um programa de exposições seleto e rigoroso, em estreita colaboração com seus artistas; implantou e manteve o programa Roesler Hotel, uma plataforma de projetos curatoriais; e apoiou seus artistas continuamente, para além do espaço da galeria, trabalhando em parceria com instituições e curadores em exposições externas. A galeria duplicou seu espaço expositivo em São Paulo em 2012 e inaugurou novos espaços no Rio de Janeiro, em 2014, e em Nova York, em 2015, dando continuidade à sua missão de proporcionar a melhor plataforma possível para que seus artistas possam expor seus trabalhos.
Exposición. 12 nov de 2024 - 09 feb de 2025 / Museo Nacional Thyssen-Bornemisza / Madrid, España