A Imagem Paradoxal

Exposición / MNAC-Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado / Rua Serpa Pinto, 4 / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
13 oct de 2016 - 29 ene de 2017

Inauguración:
13 oct de 2016

Comisariada por:
Emília Tavares, Victor dos Reis

Organizada por:
MNAC-Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado

Artistas participantes:
Francisco Afonso Chaves

       

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Descripción de la Exposición

Este projeto apresenta, pela primeira vez, uma exposição retrospetiva da obra fotográfica, em estereoscopia, do eminente naturalista açoriano Francisco Afonso Chaves. O extenso trabalho fotográfico de Afonso Chaves acompanha toda a sua vida pública e privada, e foi estudado por Victor dos Reis no âmbito do seu pós-doutoramento, sendo por isso o suporte à realização de três exposições distintas e complementares: no MNAC-MC e no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC | Universidade de Lisboa, em 2016, e no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada, Açores, em 2017. Afonso Chaves teve um papel fulcral no desenvolvimento científico em Portugal, sendo vastos os seus interesses, desde a biologia, a geologia, a geofísica, a vulcanologia, a sismologia à meteorologia. Foi nesta última área que se destacou como um dos subscritores dum serviço meteorológico internacional, assim como o primeiro responsável pelo Serviço Meteorológico dos Açores, em 1901. O carácter cosmopolita e moderno da sua vida, interesses, ação científica e fotografia, contribuem para que o interesse da sua obra fotográfica seja muito ampliado, tocando múltiplos saberes e revelando um açoriano no centro do mundo. As suas imagens estereoscópicas representam um vasto álbum inédito sobre aspetos científicos, mas também revelam o fotógrafo inquieto e cativado pelos acontecimentos, pela natureza, pelo puro deleite das formas do mundo, pelos instantâneos sociais, pela fotografia de viagens ou pela natureza mágica da imagem mecânica. Imagens que revelam também um mundo novo, na transição do século XIX para o século XX, desvendado pela racionalidade da ciência, ou evidenciam todo o paradoxo e dualidade da imagem fotográfica entre a verdade e a sua representação, entre o seu princípio mecânico e a sua interpretação sensível. Representam assim, um raro e criativo diálogo entre arte e ciência, representação e percepção visual, e uma das mais originais contribuições para a história da imagem fotográfica em Portugal. Esta exposição é mais um contributo do MNAC-MC para o estudo e divulgação da fotografia portuguesa do século XIX, revelando mais um dos seus carismáticos criadores. Realiza-se em estreita colaboração com os investigadores, com o Museu Carlos Machado, que detém a maior parte do espólio, e ainda com a coleção particular da família.

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