Descripción de la Exposición
Em setembro, entra em cartaz, na Fundação Vera Chaves Barcellos, a exposição Aã. A àrea externa, que já foi palco de performances e abriga uma obra de Antoni Muntadas, desta vez, será ocupada por diversas obras – algumas delas criadas exclusivamente para a exposição, estabelecendo uma viva interação entre arte e natureza.
Aã, expressão que dá titulo à mostra, refere-se ao equilíbrio de duas partes de uma fórmula. A concisão do título tem dupla função: almeja a ideia de síntese, ao mesmo tempo em que busca justapor, em equilíbrio, partes que parecem inicialmente opostas em um sistema: o peso e a leveza; o acaso e a ação consciente; a paisagem e a propriocepção; a clareza e a indefinição. Esta reflexão parte das indagações do duo de artistas Laura Cattani e Munir Klamt – que assinam como Ío –, ao desempenhar o papel de curadores.
Fotografias, litografias, vídeos, pinturas, objetos e instalações de artistas de diferentes gerações e nacionalidades integram Aã. A mostra articula obras do acervo da FVCB com elementos distintos, como peças trazidas de coleções particulares e museus, agentes do ecossistema que cerca a Fundação (cupins, pássaros), e alguns trabalhos desenvolvidos especialmente para a mostra.
Conforme os integrantes de Ío: “a proposta curatorial de Aã parte do Torus (ou Toro) – uma figura que corresponde a um espaço topológico homeomorfo ao produto de dois círculos, que funciona como se dobrássemos a realidade – como uma lâmina – e tornássemos conectados pontos que em um universo tridimensional fossem afastados. Conceitualmente, o Torus nos permite entender cada obra que compõe a exposição Aã, assim como a própria área em que esta está inserida, como pontos de passagem, alçapões ou trilhas que se conectam no agenciamento das ideias, no escasso uso cromático, na concisão e na pulsão das formas.”.
Artistas Participantes: Angela Detanico e Rafael Lain | Angelo Venosa | Antônio Augusto Bueno | Bruno Borne | Cao Guimarães e Rivane Neuenschwander | Carlito Carvalhosa | Carlos Pasquetti | Cildo Meireles | Claudia Paim | Dennis Oppenheim | Elaine Tedesco | Elcio Rossini | Elida Tessler | Frantz | Guilherme Dable | Iolanda Gollo Mazzotti | Jaume Plensa | José Rufino | Luiz Roque | Marcelo Moscheta | Marcos Fioravante | Marina Camargo | Mario Ramiro | Mário Röhnelt | Marlies Ritter | Martha Gofre | Nick Rands | Paulo Mog | Patricio Farías | Pedro Escosteguy | Perejaume | Rogério Livi | Rogério Severo | Shirley Paes Leme |Tula Angelopoulos | Túlio Pinto.
A curadoria também presta uma referência ao artista norte-americano Gordon Matta-Clark, colocando à disposição do público facsímiles de imagens de seu trabalho Odd Lots, que é conhecido hoje pelo nome de Reality Properties: Fake States.
-----------------------------
Aã por Laura Cattani e Munir Klamt – o duo Ío
Aã é uma expressão que se refere ao equilíbrio de duas partes de uma fórmula. Esta concisão do título tem dupla função: almeja a ideia de síntese, ao mesmo tempo em que busca justapor, em equilíbrio, partes que parecem inicialmente opostas em um sistema: o peso e a leveza; o acaso e a ação consciente; a paisagem e a propriocepção; a clareza e a indefinição.
Esta reflexão parte das indagações do duo de artistas Laura Cattani e Munir Klamt – que assinam como Ío –, ao desempenhar o papel de curadores. Os artistas partem de sua perspectiva poética, concepções de mundo e ironia para estabelecer relações entre obras do acervo da FVCB com elementos de fontes distintas, como peças trazidas de coleções particulares e museus (uma roleta do jogo do bicho, por exemplo), agentes do ecossistema que cerca a fundação (cupins, pássaros), intervenções sobre obras da coleção feitas pelos próprios artistas, e instalações desenvolvidas especialmente para a mostra por artistas convidados, inclusive com a ocupação, até então inédita, do espaço externo.
Assim, podemos ver como cada obra reflete a personalidade de seu criador, mas também explorar as possibilidades de fricção de suas sintaxes, suas polissemias, ou mesmo vê-las como elementos topográficos de um mapa mental, que busca entrelaçar ponderações sobre o papel da curadoria enquanto pensamento, no qual os artistas veem a si mesmos através do outro (obras que gostariam de ter feito, caminhos não percorridos ou insights que os fascinam) e o lugar em que este outro age (o espaço expositivo, sua arquitetura e o ecossistema circundante em que está inserido).
A proposta curatorial de Aã parte do Torus (ou Toro) – uma figura que corresponde a um espaço topológico homeomorfo ao produto de dois círculos, que funciona como se dobrássemos a realidade – como uma lâmina – e tornássemos conectados pontos que em um universo tridimensional fossem afastados. Conceitualmente, o Torus nos permite entender cada obra que compõe a exposição Aã, assim como a própria área em que esta está inserida, como pontos de passagem, alçapões ou trilhas que se conectam no agenciamento das ideias, no escasso uso cromático, na concisão e na pulsão das formas.
Actualidad, 20 sep de 2017
#loquehayquever en Brasil: homenajes, estrenos y colaboraciones internacionales
Por Paula Alonso Poza
El Instituto Tomie Ohtake rinde homenaje al maestro brasileño Luciano Figueiredo y Baró acoge la primera muestra de Felipe Ehrenberg después de su muerte el pasado mes de mayo.
Exposición. 02 sep de 2017 - 16 dic de 2017 / Fundação Vera Chaves - Viamão / Viamão, Rio Grande do Sul, Brasil
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España