A presença da sua obra neste lugar tem um significado muito particular, por diferentes razões. A primeira relaciona-se com o facto de terem sido muitos os momentos em que o artista se cruzou com Júlio Resende, que conheceu nos meados dos anos 50 e a quem o ligaria uma amizade e uma relação profissional. O seu percurso está ligado à Escola Superior de Belas Artes do Porto, instituição que começou a frequentar no ano em que Júlio Resende aí iniciava a sua carreira de professor e onde mais tarde entraria, ele próprio, para ensinar.
A segunda razão relaciona-se com o conteúdo da exposição. 60 desenhos e uma pintura permitirão, uma vez mais, explorar os caminhos que o desenho abriu na arte moderna e contemporânea, refletir sobre a sua relação com a pintura, debater a sua autonomia e testemunhar todas as derivações que a sua prática envolve.
Autor de uma obra...de grande sentido intelectual e de fôlego problematizante, profundo conhecedor da história da arte, Domingos Pinho tem trabalhado em ciclos reconhecíveis pela coerência dos seus pretextos e pela sua coesão formal, aspetos que estas séries de desenhos evidenciam.
Entrada actualizada el el 19 mar de 2019
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