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30 Pedras e 1 Sopro

Exposición / Módulo - Centro Difusor de Arte / Calçada Dos Mestres 34 A/b / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
09 sep de 2016 - 15 oct de 2016

Inauguración:
09 sep de 2016 / 18h

Horario:
De martes a sabado 15h - 19h30

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Módulo - Centro Difusor de Arte

Artistas participantes:
Carlos Alberto Correia

Teléfonos
351.213 885 570

Correo electrónico
modulo@netcabo.pt
Etiquetas
Escultura  Escultura en Lisboa  Video arte  Video arte en Lisboa 

       


Descripción de la Exposición

30 Pedras e 1 Sopro é uma exposição que mostra os dois mais recentes trabalhos de Carlos Alberto Correia, em suportes que são novidade na sua prática artística: o vídeo e a escultura. A apresentação do mundo tem sido tema central no trabalho de Correia. É a curiosidade de entender, estudar como nada é fechado e as coisas podem ser objecto de estudo com infinitas possibilidades de representações. Na observação das coisas que nos rodeiam, na vida, no Mundo, há coisas que são estanques e outras passageiras. Nesta exposição o artista apresenta dois distintos trabalhos mas que ambos remetem para objectos que têm uma história e que com a sua actualização contemporânea se fazem desagregar da sua essência original. O primeira trabalho, que podemos observar já dentro da galeria, é o vídeo "Blowing the static continuously". Neste vídeo de 4 minutos e 55 segundos está presente uma vela artificial e o artista, que numa acção de soprar, tem a esperança que surja qualquer efeito no objecto em estudo. O mundo mudou e o que em tempos seria normal é agora estranho. Questiona-se o efeito causa-efeito, e questiona-se também a natureza dos objectos - numa perspectiva generalizada -, as suas leis internas ou mesmo a sua significação. Será isto uma vela? A beleza do objecto (vela de cera) a que estávamos habituados, é diferente (se é que não é inexistente): o calor dissipou-se tanto na temperatura como no sentido atmosférico. A luz é mais fria e o desafio ao fogo apagou-se. Entende-se um objecto que tem a pretensão de ser uma vela. A materialidade é outra, o plástico é a sua plasticidade e a beleza da cera, em todos os seus estados, é uma coisa do passado. Já não há sexualidade envolvida e o gesto da mão sobre a vela é sem sabor e por consequência indiferente. O cansaço de assoprar não nos leva a nada a não ser para nos contar que este objecto veio para ficar. O segundo núcleo de trabalho, a série Fragments of Nature #2, é exposta na nave principal da galeria. São 30 pedras de amolar (ou de afiar), que diferentes de pedras de amolar naturais, são um composto de derivados, um processo de sinterização de pó de metal, pó de diamante, cerâmica, argila, silício, rochas compostas de minerais abrasivos, entre outros extractos. Por outras palavras, foi necessário extrair da natureza os elementos necessários com fim de produzir industrialmente estas pedras. É um processo cíclico, no sentido de que tudo começa na natureza (extracção dos materiais) passando pela transformação num objecto e acabando na escultura onde se dá a criação de uma ponte com o seu ponto de partida original estabelecendo uma relação visual à natureza e os seus inúmeros fragmentos. Surge o jogo de associações e procura da proveniência ou referente de cada fragmento, através de pormenores que nos lembra o deserto, o fundo do mar, planícies, costas marítimas, entre outros. Trata-se de uma imensidão que é reduzida à partícula imensurável para posteriormente dar lugar a um objecto físico que nos cabe na mão. E como a função, o poder e representação se tornam numa premissa na mão e vontade do ser humano. Por ocasião da exposição, será ainda publicado uma pequena publicação com texto de João Silvério.


Entrada actualizada el el 31 ago de 2016

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