Descripción de la Exposición
A Superfície tem o prazer de apresentar a exposição "27032025-6.720-280-68 / 24052025-5.328-222-68", individual da artista Ana Amorim, com abertura no dia 27 de março, quinta-feira. Com uma prática artístico-conceitual centrada no fazer diário, a mostra elucida a forma metódica com que a artista registra o tempo da própria vida, suas experiências e deslocamentos, transformando cada trabalho em uma prova inequívoca de sua existência. O próprio título da exposição reitera o exercício sistemático de registro da sua vivência: os localizadores, utilizados por Ana Amorim para taxonomizar sua produção, fazem referência tanto ao tempo fixado nos calendários (horas, dias, meses e anos), quanto ao tempo fugidio — as horas e os dias restantes para o final do ano, por exemplo.
Usando sistemas de registro variáveis e múltiplos suportes, sua trajetória se estrutura a partir de dois documentos fundamentais para a solidificação de seu compromisso consigo mesma e com seu trabalho: o manifesto Decisões Conceituais (1988) e, posteriormente, o Contrato de Arte (2001). Esses documentos, com definições rigorosas — como a utilização de materiais simples e recusa à mercantilização ou participação em exposições patrocinadas por empresas com condutas éticas questionáveis — determinaram a postura que manteve sua produção alheia aos circuitos comerciais por tantos anos. Para Gabriel Pérez-Barreiro:
O contrato é a base de nosso sistema legal e sua origem no latim significa “aproximar” (con-trahere), criar um vínculo ou ligação. O que os contratos de Amorim expressam é um forte desejo de estarem vinculados ao seu comprometimento com o fazer artístico, de tornar pública sua vontade de integrar arte e vida. Esse compromisso formal com o fazer artístico torna explícita a diferença entre produzir arte (por si só) e ser um produtor de arte (para um sistema que demanda).
Desde 1987, quando seu projeto toma a forma de Mapas Mentais, Ana Amorim acumula registros de sua vida. Os Livros de Mapas (1987/88), descritos pela artista como o “trabalho mais importante”, são os seus primeiros livros com registros de Mapas Mentais. Eles serão mostrados em uma pilha inviolável de cadernos atados, um localizador — como o próprio título da exposição — e um relógio de parede, cuja função é inserir o observador e o seu próprio tempo no trabalho. A instalação sintetiza o pensamento da artista: é no livro que acontece o primeiro registro, rápido e espontâneo, que marca mais um dia de sua existência. Há quase quatro décadas, a artista passa as suas noites, e muitas das vezes às madrugadas, desenhando todos os seus deslocamentos do dia.
Para Ana Amorim, a matéria prima de sua obra é a sua própria experiência no mundo, não havendo diferença entre fazer arte e viver. Com texto de Gabriel Pérez-Barreiro, a exposição reúne aproximadamente 20 obras que incorporam diferentes rotinas de mapas mentais e apresentam os diversos suportes elaborados pela artista ao longo dos anos.
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