Descripción de la Exposición
Galeria celebra seu 10º aniversário com exposição a partir do dia 11 de dezembro.
Mostra reúne obras dos artistas Célia Euvaldo, Eduardo Sued e Maria-Carmen Perlingeiro, os mesmos que inauguraram o espaço há uma década.
A Mul.ti.plo Espaço Arte completa 10 anos de atividade neste mês de dezembro. Para celebrar a data, a galeria apresenta a mostra “COMO NA PRIMEIRA HORA”, com os artistas que participaram da inauguração do espaço, em 2010: Célia Euvaldo, Eduardo Sued e Maria-Carmen Perlingeiro. Com texto crítico de Paulo Sérgio Duarte, a exposição de aniversário abre em 11 de dezembro e fica em cartaz até 16 de janeiro. Os visitantes serão recebidos de acordo com os protocolos de saúde contra a Covid-19.
A paulista Célia Euvaldo traz seis pinturas em óleo sobre tela, em variados formatos, todas confeccionadas em 2020 e produzidas com seu permanente rigor. Célia é uma das raras artistas que domina a escala de suas pinturas e resolve cada novo trabalho através de um singular embate poético.
O carioca Eduardo Sued, que completou este ano 95 anos de idade e continua em plena atividade, apresenta um panorama de sua produção dos anos 80 até 2020. Dono de uma obra única, notável colorista e um dos maiores artistas brasileiros, Sued exibe nove pinturas.
Carioca radicada em Genebra, na Suíça, com formação na prestigiada École Supérieure d’Art Visuel, Maria-Carmen Perlingeiro apresenta suas translúcidas esculturas em pedra, especialmente o alabastro. Unindo materiais inesperados, Maria-Carmen afirma-se na cena da Arte Contemporânea brasileira bem como mundo afora como uma importante escultora. Nessa exposição, ela reúne um conjunto de objetos flutuantes que parecem negar a gravidade.
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Tamanho não é documento
por Paulo Sergio Duarte
Sabemos, todos, o quanto é importante um espaço generoso para abrigar exposições de arte contemporânea. Aqui, no Rio de Janeiro, lembro de imediato de quatro importantes galerias que tiveram seu projeto arquitetônico especialmente desevolvido para receber essa nova escala de trabalhos; não se trata de espaços adaptados a partir de residências ou lojas antes existentes. Mas o que o casal Stella da Silva Ramos, designer, e Maneco Müller, advogado, vêm provando ao longo dos últimos dez anos é que, como diz o ditado popular, “tamanho não é documento”. Maneco vem se dedicando ao mercado de arte há cerca de catorze anos; Stella, depois de trinta anos de atuar no campo do design gráfico, juntou-se ao marido na abertura da Mul.ti.plo, situada, no Leblon, acima da Livraria Argumento, portanto um endereço que já se tornara referência cultural no bairro e na cidade.
Com suas duas “pequenas” salas, se comparadas a outros espaços, vem apresentando exposições que se afirmam no calendário da cidade. Isso se deve ao bom olho dos dois parceiros e uma contínua elevada qualidade da programação. Quando inaugurou, em dezembro de 2010, a Mul.ti.plo apresentou os mesmos três artistas que agora comemoram sua primeira década de funcionamento: Célia Euvaldo, Eduardo Sued e Maria Carmen Perlingeiro, dois pintores e uma escultora. A inauguração foi um sucesso em todos os sentidos. Galeria lotada e venda de todas as obras expostas e mais aquisições fora da mostra. Ao contrário do que o nome pode indicar, a galeria sempre combina exposições em que ao lado de múltiplos, existem obras únicas. Às vezes só as últimas.
Foram muitas as exposições que me marcaram desde 2010: por exemplo, em 2012, a de Waltercio Caldas; no mesmo ano, a apresentação do Chelpa Ferro no espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico; em 2013, a de Antonio Dias, quando fui convidado a escrever o texto do catálogo; em 2014, a formidável apresentação de obras de Pedro Cabrita Reis, um dos mais importantes artistas contemporâneos, que a partir deste ano de 2020, passa a assinar somente Cabrita; em 2015, José Pedro Croft, com exposições simultâneas no Paço Imperial e na galeria; em 2019, Carlos Vergara e Roberto Magalhães, amigos desde os anos 1960, apresentaram obras recentes, e ainda no ano passado, um ponto culminante, com a apresentação de Múltiplos singulares de Cildo Meirelles, que há mais de vinte anos não realizava uma exposição individual no Rio de Janeiro. Nesses dez anos, praticamente todos os anos apresentaram uma exposição de Eduardo Sued, além de incursões por importantes nomes estrangeiros, entre os quais destaco o argentino Juan Melé (1923-2012), um dos precursores da arte concreta no continente.
Não contentes, subiram a serra e abriram, há três anos, no centro do Vale das Videiras, a Mul.ti.plo – Serra, em espaço bem mais amplo. Ali são realizadas outras tantas exposições inesquecíveis. Um mural de Célia Euvaldo, mostras de Daisy Xavier, Fernanda Junqueira, Rodrigo Andrade. Ainda no início de 2020, abriram a coletiva De vários Modos, com obras de Angelo Venosa, Carlos Vergara, David Almeida, Iole de Freitas, Marcos Chaves, Marina Saleme, Rodrigo Andrade, Teresa Salgado, Thiago Rocha Pitta e Walter Carvalho.
Logo em seguida, abriram uma exposição pelo centenário de Lygia Clark que teve um momento privilegiado, no dia 14 de março, na Fazenda Cachoeira. Carol Aguiar apresentou o monólogo Respire comigo, baseado nos diários e correspondência da artista, que já havia sido apresentado na om art, no Jóquei. Agora, com um magnífico cenário projetado por Alessandra Clark e Nuno Sousa, e iluminação do mestre Walter Carvalho. Tive o prazer de ser convidado para falar sobre a obra de Lygia e a interpretação de Carol. Foi minha última viagem desde o início da pandemia. O Vale das Videiras ganhou o cenário que permanecerá de modo permanente na Fazenda Cachoeira.
Esse resumo dá uma ideia da trajetória de dez anos da galeria que demonstrou que “tamanho não é documento”. Espero estar aqui para comemorar os vinte anos.
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2020.
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