Descripción de la Exposición
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), instituição da Secretaria de Estado da Cultura do RS (Sedac), inaugura neste sábado, 11.09.2021, uma ampla e extensa exposição que aborda as origens do museu e a constituição inicial de seu acervo nos anos 1950.
Trata-se da remontagem da “1ª Exposição de arte brasileira contemporânea”, que foi a mostra de estreia do MARGS, realizada em 1955, na Casa das Molduras. Criado no ano anterior por decreto do Governo do Estado do RS, sem ter sede própria nem acervo inicial, à época o MARGS ainda não dispunha de espaço adequado para realizar exposições e receber os visitantes.
Assim, a “1ª Exposição de arte brasileira contemporânea” não só marcou a estreia pública das atividades do MARGS, como também foi o evento que serviu para divulgar que o então recém-criado Museu estava em preparativos e com o acervo sendo constituído.
À maneira como foi anunciada em 1955, a mostra tinha por objetivo “colocar o público rio-grandense em contato com o que se produz atualmente nos grandes centros de atividade artística do país” e trazer artistas nacionais a fim de estabelecer intercâmbio mais intenso com o meio artístico no Estado. Mas com a exposição procurava-se cumprir ainda outra intenção, a de contribuir para a formação do acervo, o que resultou na aquisição por compra de um grupo de obras entre as que participaram.
Passados 66 anos, a presente exposição traz agora um resgate desta histórica e emblemática mostra do MARGS reunindo os trabalhos expostos incorporados ao acervo e até hoje presentes de Alice Brueggemann, Bustamante Sá, Caterina Baratelli, Di Cavalcanti, Henrique Cavalleiro, Iberê Camargo, Frank Schaeffer, Paulo Flores, Alice Soares, Angelo Guido, Edson Motta, Gastão Hofstetter, João Fahrion, Portinari e Trindade Leal.
Ao mesmo tempo, a mostra traz a público a reunião da totalidade das obras adquiridas para a coleção durante seu momento inicial de constituição ao longo dos anos 1950, sob comando de seu fundador, o artista e professor Ado Malagoli (1906-1994). Assim, a exposição apresenta um conjunto de mais de 120 obras de mais de 60 artistas.
Intitulada “1ª Exposição de arte brasileira contemporânea: 1955/2021 — Resgate da exposição de estreia do MARGS e formação inicial do Acervo”, a mostra tem curadoria do diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, e da curadora-assistente do Museu, Fernanda Medeiros.
O período de visitação das exposições no MARGS é de terça-feira a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h30), sempre com entrada gratuita, sem necessidade de agendamento. O Museu também oferece ao público visitas mediadas às mostras para grupos de até 6 pessoas, de quinta-feira a sábado, em 2 faixas de horários (10h30 às 12h e 14h às 15h), mediante agendamento prévio no Sympla (www.sympla.com.br/produtor/museumargs).
Desde sua reabertura, em 11.05.2021, o MARGS mantém uma série de medidas sanitárias e de regras de acesso para garantir uma visita segura e que ofereça uma experiência que possa ser aproveitada da melhor maneira: controle de fluxo de entrada e quantidade de público, uso obrigatório de máscara, medição de temperatura e respeito à distância de 2m.
TEXTO CURATORIAL
1ª Exposição de arte brasileira contemporânea: 1955/2021
Resgate da exposição de estreia do MARGS e formação inicial do Acervo
Por Francisco Dalcol
Diretor-curador do MARGS
Doutor em Teoria, Crítica e História da Arte
“1ª Exposição de arte brasileira contemporânea” foi a mostra de estreia do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, realizada em 1955, na Casa das Molduras.
Criado no ano anterior por decreto do Governo do Estado do RS, à época o MARGS ainda não dispunha de sede nem espaço adequado para expor e receber o público. Já havia a previsão de ser instalado provisoriamente no foyer do segundo andar do Theatro São Pedro, onde se planejava guardar o acervo e apresentar exposições com a adaptação do espaço, mas isso aconteceria somente em 1957.
Até lá, o Museu passou os seus anos iniciais sendo estruturado, sob a orientação do criador e primeiro diretor, o artista e professor Ado Malagoli (1906-1994), com assistência técnica das artistas e professoras Christina Balbão (1917-2007) e Alice Soares (1917-2005).
Assim, a “1ª Exposição de arte brasileira contemporânea” não só marcou a estreia pública das atividades do MARGS, como foi o evento que serviu para divulgar que o recém-criado Museu estava em preparativos e com o acervo sendo constituído.
À maneira como foi anunciada em 1955, a mostra pretendia “colocar o público rio-grandense em contato com o que se produz atualmente nos grandes centros de atividade artística do país” e “trazer artistas nacionais a fim de estabelecer intercâmbio com o meio artístico”.
Mas com a exposição procurava-se cumprir ainda outra intenção, a de adquirir obras para a formação do acervo, o que resultou na aquisição por compra de trabalhos entre os que participaram.
Passados 66 anos, a presente exposição traz agora um resgate desta histórica mostra do MARGS reunindo os trabalhos expostos incorporados e hoje presentes no acervo. Ao mesmo tempo, apresenta a totalidade do conjunto de obras adquiridas para a coleção durante seu momento inicial de constituição nos anos 1950. Assim, tem-se reunidas mais de 120 obras de mais de 60 artistas.
Intitulada “1ª Exposição de arte brasileira contemporânea: 1955/2021 — Resgate da exposição de estreia do MARGS e formação inicial do Acervo”, a mostra tem por objetivo revisitar as origens do Museu e da coleção por meio de uma abordagem curatorial voltada à experimentação de estratégias e modelos expositivos em contexto museológico.
O projeto dá sequência ao programa “História do MARGS como História das Exposições”, com o qual se procura trabalhar a memória da instituição de uma maneira experimental e inovadora, abordando a história do Museu, as obras e constituição de seu acervo e a trajetória e produção de artistas que nele expuseram, com projetos curatoriais que resgatam e reexaminam episódios, eventos e mostras emblemáticas do passado do MARGS, de modo a compreender sua inserção e recepção públicas.
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