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1.000 km, 10.000 anos

Exposición / Galeria Leme / Av. Valdemar Ferreira, 130 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
08 may de 2013 - 08 jun de 2013

Inauguración:
08 may de 2013

Comisariada por:
Alexia Tala

Organizada por:
Galeria Leme

Artistas participantes:
Marcelo Moscheta

       


Descripción de la Exposición

Marcelo Moscheta é um artista viajante que percebe suas viagens como uma maneira de levantar elementos para reconstruir cartografias através de lugares que não são dele próprios, através da coleta de pequenos elementos presentes na natureza para criar suas obras por meio de instalações, fotografias e desenhos. Em seu processo criativo existe um grande desejo de retratar seus deslocamentos por espaços geográficos distintos por meio da observação e coleta, se assemelhando a um trabalho arqueológico que lhe permite, como artista, capturar e repensar o próprio lugar onde esteve.

 

O titulo da exposição, 1.000 Km, 10.000 anos, alude ao presente e ao passado. Mil quilômetros é a distância percorrida pelo artista desde sua chegada ao deserto de Atacama até seu último deslocamento naquele território, ao que dez mil anos é o tempo no qual as primeiras civilizações Lincantanai começaram a habitar o mesmo deserto, estabelecendo assim uma relação espaço-temporal na sua maneira de ver a paisagem. A terra se apresenta para Moscheta como a representação do passado, da passagem dos ancestrais, da narração de uma história natural que acolhe o homem. Foi a partir de sua residência na Plataforma Atacama, idealizada pela curadora Alexia Tala, que nasceram os trabalhos que compõem a exposição.

 

Na obra Linha: Tempo: Espaço, que nasce formalmente da sua experiência in situ de alinhar pedras no Trópico de Capricórnio, Moscheta apresenta uma linha de 15 metros da mesma rocha replicada 3.000 vezes em cerâmica. Cada uma delas foi catalogada com uma chapa de cobre, mineral de maior extração no Chile, que registra as coordenadas dos deslocamentos do artista durante o período de dez dias em que residiu com base em São Pedro de Atacama.

 

Do outro lado da galeria encontra-se Espelho, uma base de mármore negro com um baixo-relevo e desenhada com grafite, que é o suporte da imagem de constelações estrelares e do trânsito dos satélites no deserto, referindo-se à história; por um lado o desconhecido que ainda se está por investigar, e, por outro, se refere novamente à tradições ancestrais, ao olhar dos nativos a partir do céu e sua leitura através de lâminas de água instaladas sobre o chão.

 

Tal como relatado por Patricio Guzmán - documentarista chileno/espanhol - em seu filme Nostalgia da Luz, o deserto de Atacama é uma conexão entre passado e futuro: passado ancestral em um dos desertos mais secos do mundo, cuja característica permite a conservação da história do homem. Da mesma forma, o estudo do céu, em um lugar sem umidade, também se ergue como o mais importante lugar do mundo para a observação de estrelas e galáxias. Moscheta relaciona ambos os mundos e os enfrenta ao colocá-los visualmente em diálogo, tentando analisar a experiência dos modos com os quais se habitou e ainda se habita o deserto.

 

Sobre o artista:

 

Marcelo Moscheta (São José do Rio Preto, 1976). Vive e trabalha em Campinas, São Paulo.

 

Com obras no acervo do MAM-RJ e Pinacoteca do Estado de São Paulo, entre suas exposições individuais se destacam: NORTE, Paço Imperial do Rio de Janeiro, Brasil (2012); 8ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil (2011); Mare Incongnitum, Centro Universitário Mariantonia, São Paulo, Brasil (2010); e Contra.Céu, Capela do Morumbi, São Paulo, Brasil (2010) e as coletivas: 12a Mostra Internacional de Arte, MACUF, La Coruña, Espanha (2012); 'An Other Place', Galerie Lelong, Nova York (2011); Prêmio PIPA 2010, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil (2010) e Ponto de Equilíbrio, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2010)

 


Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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