Descripción de la Exposición ------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------- Nesta segunda exposição organizada pelo Instituto Tomie Ohtake no ano em que comemora o centenário da artista que lha dá o nome, os curadores, Agnaldo Farias e Paulo Miyada, vasculharam o ateliê de Tomie - com a sua devida permissão - em busca da gênese de seu processo de trabalho. Dos milhares de esboços que a artista fez durante mais de seis décadas e das centenas que guardou, a dupla selecionou para a mostra cerca de cem materiais de estudos, entre colagens, desenhos, cadernos, croquis e maquetes de esculturas, que, divididos por famílias de linguagens, ocupam uma das salas do Instituto. Para refletir e contrapor entre o processo e a obra, outra sala abriga cerca de 30 trabalhos entre pinturas, gravuras e uma escultura. Um dos fatos que surpreenderam os curadores foi constatar que em todos os estudos desenvolvidos por Tomie, apesar das mudanças de cor ou material em todos os suportes e em cada fase, ela criou um vocabulário próprio de formas que vão e voltam como uma inundação em toda sua obra. '[...] suas linhas não têm começo nem fim, elas retornam sempre, como letras de um alfabeto pessoal que Tomie manuseia incessantemente, percorrendo-as em tamanhos, cores e materiais variados', afirmam os curadores. Por muitos anos, Tomie rasgou e recortou páginas de revistas brasileiras e japonesas - além de cartões postais, envelopes e o que mais lhe caísse nas mãos - a fim de criar os módulos de seus estudos para pinturas e gravuras. Segundo os curadores, tratam-se de colagens pequenas, nas quais interessa não apenas o tamanho e a cor dos pedaços de papel, mas também a textura e os detalhes que podiam ser cuidadosamente emulados em suas telas. Farias e Miyada descobriram também que, paralelamente, a artista preenchia cadernos e folhas soltas com dezenas de pequenos retângulos, cada um a síntese de uma pintura. Feitas com canetas coloridas, esferográficas, grafite e mesmo com picotes de papel, essas miniaturas podiam ser o ponto de partida de novas telas ou formar compilações de obras que, juntas, integrariam uma exposição. 'Esse jogo torna-se mais elaborado conforme notamos que, mesmo depois de consolidadas em uma pintura, as formas seguem vivas, escoam para novas telas, às vezes com outras cores e pinceladas, às vezes 'simplesmente' de outro tamanho. Se levarmos em conta suas gravuras, podemos desistir de vez de acreditar que as linhas de Tomie possam ser represadas em definitivo', completam.
Estudios de Tomie -dibujos, proyectos de esculturas, collages, etc.-